Foi batizado de T1 e, em 1950, era derivado do Volkswagen Carocha com o objetivo de transportar famílias numerosas. Mas acabou conhecido pela carinhosa alcunha de “Pão de Forma” e associado ao espírito de liberdade expressado pelo movimento de contracultura hippie da década seguinte.
Mais de 70 anos depois, vem aí a Volkswagen Multivan T7, que se inspira no modelo original para mostrar que, mesmo com o sucesso dos SUV, os monovolumes (e os movimentos de contracultura) não morreram.
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Assente na plataforma transversal modular MQB, em que assentam o Golf, o Passat ou o Tiguan, este novo MPV (multi purpose vehicle) chega com 4973 mm de comprimento e uma distância entre eixos de 3124 mm, o que faz de si um verdadeiro amigo da família: há sete lugares, mas o que é de facto impressionante é o flexível sistema de bancos (os bancos da segunda e da terceira fila podem ser ajustados longitudinalmente e os dois assentos da segunda fila são giratórios, permitindo momentos de alegre convívio entre os passageiros da traseira do carro.
O convívio é ainda potenciado pela inclusão de uma mesa que pode ser recolhida e andar entre as três filas de bancos, recorrendo a uma calha no piso. Além disso, a entrada e saída é facilitada graças ao facto de a porta traseira se abrir de forma elétrica (sendo até possível fazê-lo com as mãos ocupadas, passando o pé sob o piso do carro), além de as entradas laterais serem com portas deslizantes, permitindo o estacionamento em espaços apertados (com os espelhos recolhidos, tem 1941 mm de largura).
Como já se percebeu, espaço não falta a este monovolume familiar, nem para pessoas nem para bagagem: com as três filas de bancos montadas, a mala permite arrumar 469 litros (763 litros, na carroçaria esticada). Sem a terceira fila, há 1844 litros para ocupar; sem nenhum banco montado, o compartimento oferece uma volumetria útil de 3672 litros (4005, na longa).
Pelo que se percebe, a nova “Pão de Forma”, que deverá chegar a Portugal ainda este ano, é exemplar no que diz respeito a flexibilidade e versatilidade. Mas não se fica por aí, trazendo para o segmento o que de melhor se faz na casa de Wolfsburgo.
É o caso do painel, equipado com Digital Cockpit e um completo sistema de info-entretenimento, que admite estar 100% conectado o tempo todo. Além disso, traz todas as ajudas e assistentes que permitem facilitar a vida ao condutor, mas sobretudo tornar a condução uma experiência mais segura, podendo, graças à plataforma MQB, integrar o nível 2 da condução autónoma (cruise control adaptativo com manutenção no centro da faixa de rodagem).
Já na gama de motorizações, a estreia dever-se-á fazer com um motor a gasolina (o 1.5 TSI de 136 cv) e um híbrido plug-in. O eHybrid combina um motor 1.4 TSI de 150 cv e unidade elétrica de 85 kW para uma potência combinada de 218 cv e, graças a uma bateria de iões de lítio com capacidade de 13 kWh, autonomia para cerca de 50 quilómetros elétricos – falta homologação para saber se entrará no regime dos benefícios fiscais concedidos aos PHEV.
No entanto, ainda não é já que a Volkswagen desiste do diesel: mais tarde é esperado o conhecido e fiável bloco 2.0 TDI a debitar 150 cv, além de um potente 2.0 TSI de 204 cv a gasolina.
A gestão dos motores estará entregue, em todos os casos, a uma transmissão automática de dupla embraiagem, de seis relações no caso do plug-in e de sete nas restantes mecânicas.
Em termos de gama, a Multivan T7 apresentar-se-á com equipamento Multivan, Life e Style, não havendo para já expectativa de preços.
O que se sabe que não vai haver é uma versão comercial. Esta fica com as Transporter T6, que se mantêm em comercialização. E é muito pouco provável que se apresente numa versão 100% elétrica, já que para o ano é aguardado o lançamento do ID. Buzz que, com dimensões próximas da nova Multivan T7, oferecerá declinações para passageiros e para carga.
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