KGM aposta nos SUV e o Torres é o primeiro trunfo

No xadrez, as torres são peças valiosas do ponto de vista estratégico, tanto no jogo posicional quanto no ataque decisivo. E o mesmo no futebol moderno, quando para atacar a baliza adversária, muitas vezes, avançam as “torres”. O Torres não tem inspiração em nenhum dos dois desportos (o próprio importador, a Astara, não soube explicar a origem do nome…). Mas podia, uma vez que assume claramente o estatuto de ponta-de-lança na estratégia da regressada marca sul-coreana, por combinar o formato SUV da moda (representa cerca de 45% do mercado de ligeiros de passageiros), com a tecnologia de propulsão do momento, 100% elétrica.
Grande! Torres é maior do que parece
Com 4,7 metros, o Torres EVX é 17 centímetros mais comprido do que um Peugeot E-3008, o que o coloca mais próximo de um BMW iX3 ou de um Tesla Model Y, a meio caminho entre os segmentos C e D-SUV. E tem imagem robusta conferida por vários elementos de estilo originais, sobretudo na dianteira com os faróis diurnos em LED dispostos numa linha descontínua a toda a largura do carro. As restantes óticas estão dispostas bem nas extremidades do veículo, o que o faz parecer ainda mais largo.
De perfil, são as cavas das rodas alargadas para receber jantes de 20 polegadas e os vincos que se estendem quase até meio das portas a conferirem músculo a todo o conjunto. Há ainda pequenos detalhes, como as argolas de amarração no capô, que não tendo qualquer utilidade sem ser estética, ajudam ao visual aventureiro.
Quanto custa um KGM Torres novo?
A traseira, não menos inspirada, tem o puxador do portão da mala na lateral, apesar de a abertura desta realizar-se para cima (!?), ao mesmo tempo que o painel traseiro imita o formato da caixa da roda de substituição, mas serve apenas para o estilo. E funciona.
Interior desafogado e digital
Por dentro, o amplo espaço que oferece traduz essas medidas avantajadas. Com uma distância entre eixos de 2.680 mm, o SUV elétrico da KGM permite acomodar cinco adultos sem apertos, inclusivamente os passageiros que viajam atrás, que dispõem de muito espaço para as pernas e também em altura. A isto junta-se a boa capacidade da mala, anunciada com 703 litros de volumetria (medidos até ao teto e não à chapeleira), número que mais do que duplica depois de rebatidos os encostos dos bancos posteriores. O espaço e a versatilidade são, assim, dois dos argumentos do interior do Torres, que adere também à digitalização. O painel de Instrumentos conta com um ecrã de 12,3″, enquanto o sistema de multimédia e a navegação estão associados ao ecrã tátil central de 12,3″. A consola central alberga um pequeno seletor de velocidades, muito mais pequeno do que o comando da caixa automática da versão com motor de combustão.
Também há a gasolina
Além da versão 100% elétrica, a gama de motorizações do Torres contempla também uma versão a gasolina, que coloca sob o capô um motor de 1,5 litros, turbo, com 163 cv de potência e 280 Nm de binário, acoplado a uma caixa manual ou automática, ambas de seis velocidades.
Bateria para 500 quilómetros
A versão 100% elétrica do Torres EVX também está disponível numa única configuração de tração dianteira, com motor de 207 cv de potência e um binário de 339 Nm, alimentado por uma bateria de iões de lítio com 73,4 kWh de capacidade. O motor elétrico e a bateria (Blade Battery) são fornecidos pela chinesa BYD, agregado que permite ao SUV anunciar uma autonomia de 505 km em ciclo urbano ou 460 km em ciclo combinado (norma WLTP). Quanto aos carregamentos, recorrendo a um posto de 120kW, é possível restabelecer 80% da bateria em 37 minutos. 7h45 é o tempo necessário para carregar a totalidade da bateria recorrendo a um carregador AC interno de 11kW. O Torres EVX tem também capacidade V2L, o que lhe permite fornecer energia a pequenos eletrodomésticos.
Modos de condução e níveis de equipamento
Todas as versões do KGM Torres EVX disponibilizam três modos de condução: Normal, Eco, para poupança de energia, e o modo Sport, que privilegia as prestações, com a marca a anunciar 8,3 segundos para cumprir a aceleração de 0 a 100 km/h. Mas só há dois níveis de equipamento desta versão elétrica – K3 e K5.
Os acabamentos distinguem-se pela dotação de elementos de segurança e conforto, uma vez que a oferta já é bastante completa desde a variante de entrada, que inclui os ecrãs multimédia e de instrumentos com 12,3 polegadas, ar condicionado automático bizona, jantes de 18 polegadas, Iluminação Full-LED e cruise-control adaptativo.
O K5 acrescenta ainda carregador sem fios para smartphone, bancos em pele (os dianteiros aquecidos e ventilados), jantes de 20 polegadas, teto de abrir, portão traseiro elétrico, câmara com visão 360, além de elementos de segurança adicionais, como o airbag de joelhos do condutor. Quanto a preços, arrancam nos 45.900 euros do nível K3.
Além do Torres, o catálogo da KGM em Portugal inclui mais cinco modelos: Tivoli (B-SUV), Korando (C-SUV), Rexton (D-SUV) e Musso (pick-up), já em comercialização através de uma rede de dez concessionários distribuídos pelo continente e ilhas e com suporte técnico prestado por igual número de pontos de assistência.
No que respeita à garantia de fábrica, a gama KGM beneficia de 5 anos ou 100.000 km nos modelos equipados com motor de combustão interna. O Torres 100% elétrico inclui uma garantia de 7 anos ou 150.000 km e de 10 anos ou um milhão de quilómetros para a bateria de tração.
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