A Administração Nacional de Segurança do Tráfego Rodoviário dos Estados Unidos da América ordenou o recolher de mais de dois milhões de Teslas, o que configura praticamente todo o parque automóvel da marca nos EUA. Na Europa, a agência que supervisiona a segurança daqueles modelos disse não haver razão para fazer o mesmo.
Mais de dois milhões de veículos da marca Tesla foram retirados de circulação nos EUA, depois de a Administração Nacional de Segurança do Tráfego Rodoviário (NHTSA, na sigla original) ter considerado que há problemas com o Autopilot, sistema de condução autónoma no centro de uma investigação em curso.
De acordo com a Tesla, os 2,03 milhões de automóveis dos modelos S, 3, X e Y, com ano de produção a partir de 2012, receberão novas salvaguardas para a utilização do sistema avançado de assistência ao condutor Autopilot, já que uma investigação concluiu que a tecnologia, que nos EUA admite a ultrapassagem em autoestrada sem interferência do condutor, é usada onde não deveria ser permitido, nomeadamente em estradas nacionais, sem separador central e com apenas duas vias, uma por sentido.
Uma das componentes do Autopilot é o Autosteer, que mantém uma velocidade ou distância predefinida e opera no sentido de manter um veículo na sua faixa de rodagem.
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Desde 2016, a NHTSA abriu mais de três dúzias de investigações especiais de acidentes da Tesla em casos em que sistemas de condução semiautónoma estariam a ser usados, com 23 mortos relatados até o momento.
A investigação da NHTSA sobre o Autopilot permanecerá em aberto enquanto o organismo monitoriza a eficácia das soluções da Tesla.
Na Europa, a autoridade neerlandesa (RDW), que supervisiona a aprovação dos Teslas na Europa, adiantou não estar a planear qualquer recolha. Isto porque, explicou a RDW, há diferenças entre as funções do Autopilot que estão disponíveis nos mercados europeu e americano. As “diferenças residem, por exemplo, na forma como é efetuada a “monitorização dos condutores e no aviso dado ao condutor quando o sistema é utilizado de forma abusiva”, especificou a RDW.
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