Sendo a carroçaria da moda, muito desejada por oferecer uma posição elevada de condução e acessos facilitados, além de desafogado espaço interior, um SUV também constitui uma oportunidade para desbravar novos terrenos. Será a tração integral essencial? Quais os prós e os contras?
Os sport utility vehicles (SUV) entraram no léxico natural de qualquer automobilista desde o advento do Nissan Qashqai, em 2006. É certo que antes já havia SUV, mas eram associados quase sempre a veículos enormes e com capacidades exímias de todo o terreno.
De início pensou-se ser uma moda passageira, mas os números mostravam claramente que os condutores de todo o mundo sonhavam com um automóvel do mesmo género. Vai daí, primeiro timidamente e, depois, mais descaradamente, todas as restantes marcas se aventuraram no subsegmento. E, hoje, o difícil é encontrar um coupé ou um sedan na gama de alguns emblemas. Já SUV não faltam: há os mini, os utilitários, os compactos, os grandes, os luxuosos. E depois de escolher o tamanho resta saber se o melhor é optar por um 4×2 ou por um 4×4.
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Vantagens da tração integral num SUV
Com toda a eletrónica a funcionar a nosso favor, os carros de quatro rodas motrizes actualmente oferecem um sistema que monitoriza as rodas individualmente. Quer isto dizer que maior potência e binário não são enviados em igual medida para todas as rodas ou divididos entre o eixo dianteiro e o traseiro, mas antes para a roda específica que está a precisar de corrigir a aderência. Isto é particularmente útil em situações que envolvem pisos molhados (no aquaplaning, por exemplo, o sistema poderá ser um forte aliado), com gelo ou neve.
Ou seja, quando aceleramos sob condições meteorológicas adversas ou num piso escorregadio, um carro de tração dianteira, que só tem potência nas rodas da frente, poderá facilmente ziguezaguear, em busca de aderência, ao passo que um 4×4, quase imperceptivelmente, irá proporcionar uma condução sem quaisquer turbulências.
Outro ponto positivo a considerar é que um carro de tração integral será, à partida, mais potente que um que tenha apenas tração dianteira ou traseira. E caso a ideia seja tirar partido do automóvel para passeios domingueiros fora de estrada, dando utilidade à sua significativa distância ao solo, a tração integral irá permitir aventuras mais arriscadas — se for esse o caso, tome nota que a maioria dos SUV não traz roda sobressalente e apenas o kit de emergência; será uma boa ideia ocupar a bagageira com um pneu extra quando sair para o mato.
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Desvantagens da tração integral num SUV
Apesar de ser uma excelente parceira em tornar as viagens mais seguras, a tração integral não tem apenas aspetos positivos.
Para começar, um carro com tração integral (que, no caso dos eléctricos, implica ter dois motores, um por eixo) é mais caro alguns milhares de euros. Por isso, antes de se tomar a opção deve-se ter em conta a utilidade que lhe será dada. Se o automóvel for para ser usado nos trajetos diários entre casa e trabalho, para levar os miúdos à escola e passar pelo supermercado, apenas justificará a tração integral se as viagens forem realizadas em regiões onde o gelo nas estradas seja uma constante.
Depois, também óbvia desvantagem, é o maior consumo de combustível. Isto acontece porque, por um lado, os veículos de tração integral são mais pesados e, por outro, porque o motor precisa de fornecer potência a todas as rodas. Ainda assim, os sistemas atuais reduziram significativamente este revés ao permitirem que a tecnologia seja acionada apenas quando necessário.
Resumindo, a decisão de adquirir um SUV com ou sem tração integral terá de ser analisada consoante as necessidades. Não havendo uso para dar às quatro rodas motrizes, uma solução 4×2 sairá mais barata e ainda permitirá muitos passeios off-road, desde que pouco exigentes.
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