O VW Polo não precisa de apresentações. Há mais de 30 anos nas nossas estradas, tem sido uma aposta ganha desta marca e um modelo de eleição dos portugueses. Fomos ensaiar a geração mais recente e esta é a nossa análise.
Motorização e Condução
Dotar um veículo com quase 1.200kgs, com um pequeno tricilíndrico de 75cv parece quase uma maldade!
Sobretudo quando se trata de um bloco atmosférico com uns reduzidos 95Nm de binário, obrigando a trabalhos redobrados com a caixa manual de 5 velocidades, para o manter na sua faixa ideal de funcionamento, ou seja, acima das 3.500rpms.
O problema é que nessa rotação, ou acima, o ruído e as vibrações do tricilíndrico fazem-se sentir de forma notória e nos questionamos porque não optamos pela versão 1.0TSI com 95cv?’
As performances puras deste VW Polo deixam a desejar, com uma aceleração dos 0-100km/h a tardar mais de 15s e uma ainda assim aceitável velocidade máxima a chegar aos 170km/h.
Dado que para manter um andamento aceitável com esta motorização é necessário carregar com vontade no pedal da direita, o consumo médio de 4.8 l/100 anunciado pela marca é uma verdadeira miragem e, numa utilização real, não são de esperar médias abaixo de 6.5/7.0 l/100. Que podem ainda agravar-se com lotação completa e ar condicionado ligado.
O Polo apresenta um comportamento geral muito aceitável, dono de uma enorme estabilidade e com um pisar sempre confortável. Todavia, revela alguma tendência para balancear a carroçaria quando em traçados mais sinuosos.
Com uma cilindrada de apenas 999cc e emissões de 110g/km a cumprir com a norma Euro 6, o valor anual de IUC cifra-se em 102.81€.
Interior
Mas é quando paramos e guardamos tempo para apreciar o interior deste Polo que percebemos que o melhor estava para vir.
Comecemos pela qualidade interior que o destacam imediatamente da concorrência. Uma escolha de materiais cuidada, com plásticos moles e agradáveis ao toque, a par com uma qualidade de construção superior, num ambiente tecnologicamente avançado e de grande modernidade.
Depois temos a posição de condução, excelente por sinal, graças às amplas regulações do banco do condutor, também ele bastante confortável e com bom apoio, bem como do agradável volante multifunções.
O espaço a bordo faz-nos esquecer que estamos dentro de um Polo, mais se aproximando de um VW Golf de há 10 anos atrás. Quer na dianteira com desafogo em todas as direcções, quer nos lugares traseiros, onde 2 adultos viajam com excelentes níveis de espaço e conforto.
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A bagageira é a maior de entre os seus concorrentes apresentando 351 litros de capacidade, suficientes para ombrear com concorrentes de segmentos superiores. Já para não falar que se optarmos por rebater os bancos traseiros, esse espaço cresce acima dos 1.125litros! É caso para especular se a 1º geração do Polo não caberia dentro desta mala?
Exterior
No plano estético, o design geral é mais sofisticado do que em anteriores gerações. No entanto, a traseira parece-me não acompanhar a modernidade do conjunto, destoando com uma frente moderna e mergulhante, pretendendo conferir-lhe um evidente ar de família.
Com um ar robusto e encorpado, muito espaçoso e moderno, mas algo anémico no plano prestacional, este VW Polo viverá de quem aprecie sobretudo a sua elevada qualidade e releve para segundo plano o capítulo prestacional.
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