O Volkswagen Golf é o carro mais vendido na Europa, e a 8ª geração deste modelo carrega consigo um legado pesado. São 45 anos de história e mais de 35 milhões de unidades vendidas nas 7 gerações anteriores.
Mas conseguirá este Mk8 fazer jus ao nome Golf e continuar assim uma história de sucesso durante os próximos 6 anos? Vamos conhecer todos os argumentos do novo Volkswagen Golf.
Volkswagen Golf Mk8: mais conservador, mais Golf
O Volkswagen Golf é um modelo ao qual ninguém fica indiferente. Todos os petrolheads lhe reconhecem um grande valor. E todos aqueles que consideram o automóvel apenas um meio de locomoção, sabem, quase por cultura geral, que o Golf é um carro de excelência.
Na verdade, ao longo da sua história, este modelo sempre se suportou em dois pilares: oferecer o produto mais completo possível ao preço mais justo do mercado.
Contamos nesta 8ª geração do Volkswagen Golf com um design conservador, mas não entediante, uma aparência desportiva, mas não deselegante e dimensões generosas, mas não colossais.
Nesta 8ª geração foi replicada na íntegra a receita aplicada nas anteriores 7, mas ainda mais aprimorada: com os toques de tecnologia e segurança que um modelo de 2020 merece, e que notamos sobretudo quando entramos a bordo.
Análise Interior
É comum dizer-se que não há automóveis perfeitos, mas simplesmente há alguns carros que têm menos falhas do que outros. E apesar do Volkswagen Golf ser reconhecido como um automóvel que não se compromete em nenhum capítulo, sendo competente em todas as frentes, há ainda assim que analisar todos os factos de forma racional.
E comecemos por falar de espaço. A bagageira deste Golf Mk8 oferece 380L de capacidade, e o espaço disponível para os passageiros do banco traseiro é também praticamente o mesma da geração anterior. Isto porque o MK8 utiliza exatamente a mesma plataforma do Mk7 lançado em 2012, mantendo, por isso, as dimensões exteriores e o espaço a bordo praticamente inalterados.
No entanto, na parte frontal do habitáculo, o novo Golf está praticamente irreconhecível e respira tecnologia. De série, encontramos nesta nova geração um quadrante 100% digital, personalizável, e um ecrã central de dimensões bastante generosas para controlar a climatização e o sistema de infoentretenimento, que é bem completo por sinal, usando o último sistema do grupo Volkswagen.
No entanto, o novo Volkswagen Golf assume-se como um automóvel que está na vanguarda da tecnologia, e mesmo as versões base contam com todas as ajudas à condução como o Lane Keeper Assistant (LKAS) e Cruise Control Adaptativo, com Alerta e Atuador de Colisão frontal, ou ainda sistemas de conectividade com o smartphone Apple Carplay e Android Auto, sem fios.
Algo que a Volkswagen manteve também da geração anterior foi a qualidade dos materiais e robustez da montagem do interior.
Encontramos materiais suaves nos sítios onde tocamos com maior regularidade e plásticos mais sólidos nas zonas inferiores do habitáculo, não ficando a dever em nada a qualquer concorrente premium deste segmento, como o seu “irmão” Audi A3, o Mercedes Classe A ou BMW Série 1, apesar, de ao contrário dos demais, este ser um automóvel para massas e não propriamente um carro premium.
Ao volante
A maior revolução do Mk7 para o Mk8 são mesmo as motorizações, e é por elas que começamos a falar.
Desde logo destaque para o e-Golf que não tem sucessor nesta nova geração. Ao invés disso, a Volkswagen apostou nos modelos ID., sendo que não existe uma versão 100% elétrica no novo Golf.
Mas existem versões eletrificadas: tanto híbridas plug-in como mild-hybrid.
O híbrido plug-in, o novo Volkswagen Golf GTE conta com o bloco 1.5 a gasolina, de 4 cilindros, associado a um motor elétrico que totaliza 245cv e 50km de autonomia 100% elétrica.
Nas motorizações a gasolina encontramos o modesto bloco de 3 cilindros e 1000 de cilindrada que dispõe de 110 cavalos, ou ainda duas opções no bloco de 4 cilindros 1.5, que dispõe de 130 ou 150cv, sendo que nesta versão pode estar equipado com caixa manual de 6 relações ou DSG de 7 velocidades, e ainda tecnologia mild-hybrid, que ajuda bastante no capítulo dos consumos.
Nos diesel, o 1.6TDI também desapareceu e encontramos apenas um bloco 2.0TDI, de 4 cilindros. As potências, essas variam entre os 110, 150 ou 200cv para a versão GTD.
A versão ensaiada contava com o bloco 1.5 a gasolina e 150cv de potência. Um motor possante, sempre disponível, capaz de acelerar dos 0 aos 100km/h em menos de 8 segundos, e que fruto da tecnologia mild-hybrid é capaz de consumos na ordem dos 6L/100km em ciclo misto, ou na casa dos 5L a velocidades constantes de auto-estrada.
No que à condução diz respeito, o Volkswagen Golf continua a ser igual a si mesmo. É um típico Golf, um típico carro alemão. Muito fácil de manobrar, todos os pedais, controlos e o volante estão ergonomicamente bem colocados, e a taragem da suspensão é firme, mas não desconfortável, encorajando até a algumas incursões mais desportivas.
Em comparação com o seu concorrente direto, o Volvo V40, o Volkswagen Golf é claramente superior no capítulo dinâmico, e no que toca a acabamentos, esta 8ª geração é também ela bastante mais requintada, uma vez que o Volvo V40 tem já alguns anos e não teve, para já, substituto.
Mas o novo Volkswagen Golf, mesmo quando comparado com os automóveis premium como o Audi A3, o Mercedes Classe A e o BMW Série 1, não fica muito atrás. Nota-se que o interior não tem a mesma atenção ao detalhe e o exterior não é tão vistoso, mas no que toca a condução, iguala qualquer um dos outros modelos.
Preços
Quanto a preços, o novo Volkswagen Golf está disponível a partir dos 26.000€. No entanto, no Standvirtual, é possível encontrar alguns modelos semi-novos e já com algum equipamento a partir de 22.000€.
Os preços estendem-se até aos 36.000€ se quiser optar por uma versão GTE, ou seja, um híbrido plug-in, e um carro com 245 cavalos.
