O Renault Clio é um sucesso de vendas pelos mercados onde se comercializa, Portugal incluído, tendo sido o best-seller durante oito anos consecutivos, entre 2012 e 2020 (perdeu o título do mais vendido em 2021, para o Peugeot 2008, que voltou a segurar a liderança em 2022 (no ano passado, o Clio foi 5.º).
Numa altura em que a sua quinta geração já soma quatro anos, o Clio vai chegar com um importante facelift, com o objetivo de o alinhar com os modelos mais recentes da gama e de dotá-lo de uma série de características que o poderão voltar a colocar entre os primeiros.
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Design marcante
A postura do Renault Clio em estrada promete ser mais aguerrida e marcante depois de o automóvel incorporar os mesmos códigos estéticos que deram ao Austral, um SUV do segmento C, uma presença notável e que tem vindo a conquistar prémios e fãs.
As mudanças começam logo na dianteira, onde o carro ganha um novo olhar, com grupos óticos mais esguios e que, ao combinarem até cinco feixes que se adaptam, automaticamente, entre as luzes médias e máximas. A grelha foi esticada e apresenta um padrão axadrezado, com o logotipo do losango a sair de um friso superior, invadindo o capô, enquanto as laterais são marcadas pelas luzes de dia, em LED, que formam uma metade de um losango.
Atrás, o para-choques também foi redesenhado, enquanto as luzes traseiras também inovam ao exibirem uma cobertura cristalina. A gama inclui uma escolha de seis difusores, seis desenhos de jantes e sete cores para a carroçaria (Branco Ártico, Cinza Platino, Preto Pérola, Azul Ferro, Vermelho Decir, Cinza Rafal e Laranja Valencia), de acordo com os níveis de equipamento, sendo que aqui também há novidades: o Clio passa a ser disponibilizado no nível Esprit Alpine, com toques de desportividade, sem pôr em causa o requinte.
Interior sem couro animal
Apesar de passar a incluir uma versão de cunho desportivo, nas quais habitualmente se vê a utilização de peles animais, isso não vai acontecer no Clio. Com equipamento Esprit Alpine, os revestimentos passam a ser em couro sintético, feito a partir de fibras de origem biológica e poliéster. Noutras versões da gama, há novos estofos que recorrem a materiais de origem biológica, com tecidos criados a partir de celulose.
Outras mudanças podem ser vistas no painel de instrumentos, agora digital desde o nível de entrada, sendo que o sistema de infoentretenimento continua a assentar num ecrã vertical, cujas dimensões variam entre 7 e 10 polegadas, na diagonal, e que chega com sistema Easy Link compatível com Android Auto e Apple CarPlay, que passam a poder se acionados sem ligação por fio.
Nos sistemas avançados de assistência ao condutor (ADAS, na sigla original), há duas dezenas de tecnologias disponíveis, com destaque para o Active Drive Assist, que combina o cruise control adaptativo, o sistema de arranque e paragem automáticos e a manutenção na faixa de rodagem, o que configura a possibilidade de reclamar uma condução autónoma de nível 2, em que os sistemas atuam na condução, sem necessidade de alternar entre a direção, a aceleração ou a travagem. Na lista de ajudas ao condutor, de sublinhar ainda a existência de uma câmara de 360° e a travagem ativa de emergência com deteção de ciclistas e peões.
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Mecânicas eficientes
Não há uma grande revolução nas mecânicas, sendo, no entanto, de assinalar a decisão da Renault em descontinuar o 1300 cc a gasolina de quatro cilindros e 140 cv.
A oferta a gasolina arranca com o TCe 90, com caixa manual de seis velocidades, havendo depois duas propostas que associam aquele combustível fóssil à eletricidade, com o E-Tech Full Hybrid, que chega com mais 5cv de potência, passando de 140 para 145 cv, e ao GPL, com um bloco de 100 cv.
O Diesel mantém-se entre as propostas, com o Blue dCi 100, com caixa manual de seis velocidades.
O renovado Clio deverá começar a chegar a Portugal em setembro, sendo previsível haver preços já em julho. No entanto, a Renault deixa claro que as novidades não irão pesar na carteira dos clientes.
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