De olho no passado, a indústria automóvel inspira-se nos clássicos que contribuíram de forma ativa para a democratização da mobilidade e do automóvel na Europa para projetar os ícones da terceira década do século XXI. Para tal, combinam tecnologia elétrica com as silhuetas intemporais dos originais.
Modelos de carros elétricos inspirados no passado
Fiat 500e
O 500 entrou na história da Fiat em 1957 para suceder ao Topolino, combinando dimensões muito compactas (2,97 m de comprimento), um peso reduzido e um preço acessível. Fórmula de tremendo sucesso que os números ilustram: construíram-se quatro milhões de unidades até ao ponto final na produção, em 1975. E se o 500 original contribuiu fortemente para a democratização da mobilidade na Europa, o seu sucessor pretende ter um papel semelhante na eletrificação.
A Fiat produziu um citadino com uma imagem inspirada no desenho do modelo da década de 1950. No entanto, enquanto o original contava com motores térmicos traseiros e tração às rodas posteriores, o carro novo tem uma arquitetura moderna – leia-se motores elétricos (95 ou 118 cv) instalados à frente e tração dianteira. O comprimento aumentou para 3,84 m, mas a lotação do habitáculo – quatro lugares – manteve-se.
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Honda e
A Honda estreou-se no mundo dos carros elétricos com este citadino alimentado por baterias, inovador e de estilo inspirado na primeira geração do Civic, de 1972. O elétrico japonês está disponível no mercado português desde junho do ano passado, numa versão base, com 136 cv ou na versão Advance, com 154 cv. Seja qual for a versão, o Honda e apresenta-se com uma carroçaria de 5 portas, com menos 10 cm de comprimento face ao Jazz, com linhas simples, quase minimalistas.
A piada está mesmo nos detalhes, seja na configuração das portas à face com o vidro, criando uma aparência de janela sem moldura, ou nos puxadores exteriores que saltam assim que o condutor se aproxima com a chave ou quando ativa a chave digital através da aplicação para smartphone My Honda+. De série, tem câmaras laterais no lugar dos convencionais espelhos retrovisores.
No interior, a maior área do ‘tablier’ digital é ocupada por dois ecrãs táteis de 12,3’’, mas podem existir até cinco! A anos luz do painel espartano do Civic da década de 70 que o inspira…
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Renault 5
O 5 é marcante na história da Renault, com mais de 5,5 milhões de exemplares vendidos entre 1972 e 1996. Foi neste clássico que a marca do losango encontrou inspiração para o Renault 5 Prototype, um estudo que antecipa um automóvel 100% elétrico para lançar no mercado europeu até 2025.
A Renault inspirou-se nas estratégias da Fiat e da Mini (o plano do 500 foi de Luca de Meo, agora aos comandos da marca francesa) e pode dizer-se que os designers fizeram uma brilhante reinterpretação do estilo original. Sem ser retro, o protótipo identifica, de imediato, os genes do mítico antecessor. O trabalho no protótipo não foi de tema livre. Foi um trabalho de reinterpretação do R5 e da sua projeção para o futuro, para o tornar num objeto moderno, desde os faróis e luzes diurnas, de formato retangular na parte inferior, que lembram os faróis de nevoeiro da época, até à icónica silhueta do R5.
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Mini Cooper SE
Na Mini, o sucessor do icónico clássico de três portas original de 1959 seguiu a ordem natural das coisas: tornou-se elétrico. O Cooper SE traz uma inevitável mudança de paradigma na histórica marca britânica, mas sem beliscar o que ainda resta da sua herança clássica. Incluindo nas características de estilo que se reconhecem a um Mini, para o bom e para o mau. Lindo de morrer, continua exíguo na habitabilidade e bagageira como o 3 Portas de há 60 anos.
A grande revolução está, portanto, sob o capot, com motor elétrico de 184 cv, associado a uma bateria de iões de lítio com capacidade aproveitável de 28,9 kWh (32,6 kWh no total) para uma autonomia anunciada de 234 km entre carregamentos.
A bateria pode ser carregada até 80% da sua capacidade total em 2,5 horas através de uma Wallbox da Mini ou doméstica (a 11 kWh; trifásica), fornecidos de série. Ou entre 3,2 e 4,2 horas em Wallbox (7 kWh; monofásica). Para enchê-la a 100% demora-se 3,5 horas. Numa estação de carregamento rápido (50 kWh), bastam 35 minutos (80%) ou 1,4 horas (100%).
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Volkswagen Pão de Forma
Por ocasião da revelação oficial do SUV-Coupé ID.5, a Volkswagen fez questão de dar mais provas de empenho na sua estratégia de conversão da sua gama de modelos para uma boa parte de veículos elétricos. Plano que não deixará de fora os comerciais. Confirma-o a apresentação recente da versão final do ID.Buzz, a reinterpretação moderna do mítico Pão de Forma.
O modelo, ainda debaixo de forte camuflagem, permite já observar algumas evoluções da estética face ao protótipo apresentado em 2017 e estará disponível nas versões de carga e de passageiros, usando várias derivações da plataforma MEB, com diferentes distâncias entre eixos e baterias com até 111 kWh de capacidade. O arranque da produção na Alemanha está previsto para finais de 2022.
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