O automóvel é hoje um dos pontos-chave para a descarbonização do planeta, com cada vez mais gente a optar por um veículo mais verde, seja na forma elétrica, seja recorrendo às diferentes soluções híbridas (mild, full, plug-in).
No entanto, qualquer uma destas soluções custa dinheiro. Primeiro, porque é necessário investimento para trocar de carro; depois, porque um veículo híbrido, plug-in ou elétrico ainda é mais caro do que um com motor térmico, seja a gasolina ou a gasóleo.
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Porém, com as cada vez mais apertadas regras de emissões e com os centros urbanos a excluírem a circulação de veículos mais poluentes, urge encontrar uma solução. Em Lisboa, por exemplo, desde 15 de janeiro de 2015, que um carro anterior a 2000, ano em que entrou em vigor a norma Euro 3, não pode circular na ZER 1, isto é, no eixo entre a Av. da Liberdade e a Baixa. Já a ZER 2 (Avenida de Ceuta; Eixo Norte-Sul; Avenida das Forças Armadas; Avenida EUA; Avenida Marechal António Spínola; Avenida Infante Dom Henrique) passou a estar interdita a veículos fabricados antes de 1996, que não respeitem a Euro 2.
A solução Ultimate Cell
Para quem não pode mesmo deixar de entrar na cidade, uma solução pode estar na tecnologia Ultimate Cell, que otimiza a combustão interna dos motores, reduzindo o consumo de combustível e emissão de gases poluentes. A Ultimate Power, uma empresa portuguesa que criou o sistema, garante que este é capaz de diminuir o gasto de combustível até 5%. Mas mais interessante (e ambiciosa) é a capacidade de redução de gases nocivos para o ambiente: até 80%.
Testado e aprovado para instalação pelo IMT (Instituto da Mobilidade e dos Transportes de Portugal), o dispositivo, feito em Portugal, custa cerca de 280€. No entanto, o retorno, garante a marca que produz esta tecnologia, não tarda: para quem possua um carro a gasolina com um consumo médio de 8,0 l/100km e percorra uma média de 25 mil quilómetros por ano, a poupança anual andará perto dos 500€.
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Soluções premium: cruise control adaptativo e modo vela
Ainda pertencem a segmentos mais recheados de tecnologias, e mais dispendiosos, mas começam a ser cada vez mais democráticos. Falamos, por exemplo, do cruise control adaptativo, muitas vezes um opcional que pesa na fatura de aquisição, mas que acaba por ser uma mais-valia no quotidiano.
Primeiro, porque permite que o automóvel siga o fluxo do trânsito sem que o condutor tenha de ter grande interferência e, depois, porque esta tecnologia faz uma gestão inteligente do consumo de combustível, não queimando nem em demasia, nem criando queimas por defeito.
Outra possibilidade passa por escolher um automóvel que permita “andar à vela”. Isto é, sempre que o condutor levanta o pé do acelerador, nem recorra ao ponto morto (a velha técnica de poupar combustível que hoje não adianta de nada), o carro mantém a velocidade, desacoplando o motor da transmissão. Há ainda modelos que simplesmente desligam o motor.
Poupança sem gastos: sistema Start & Stop
Para poupar em combustível e reduzir a emissão de poluentes não é, porém, obrigatório gastar dinheiro. Um dos sistemas que atualmente equipa qualquer carro é o Start & Stop, de paragem e arranque automáticos do motor.
Não sucumba à tentação de desligar esta tecnologia e faça um bom uso da mesma, sempre que tiver de parar o carro no trânsito. Em alguns modelos, basta usar o travão; noutros, é necessário colocar a caixa em neutro: informe-se sobre como o melhor mecanismo de acionar o Start & Stop do seu veículo.
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E, além de conseguir poupar na ida à bomba e de ser mais amigo do ambiente, depressa se vai habituar ao silêncio no habitáculo sempre que está parado.
Corte no desnecessário
Outra forma de poupar, é certificar-se que rola com o mínimo de peso possível. Não deixe coisas esquecidas pelo porta-bagagem, no porta-luvas, sob os assentos: tudo somado, vai pesar na conta final do combustível, mas também nas emissões produzidas.
Além disso, é importante não prejudicar a aerodinâmica, o que acontece sempre que se abre uma janela ou se decide carregar o tejadilho.
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