Range Rover elétrico: um estatuto bem protegido
O formato SUV da moda na indústria automóvel atraiu até os fabricantes mais elitistas no mercado (Bentley Bentayga, Lamborghini Urus, Rolls-Royce Cullinam e Ferrari Purosangue são exemplos), obrigando o Range Rover a reagir para não comprometer o título de referência na categoria que mantém desde o lançamento do topo de gama original, em 1969.
E a empreitada, que arrancou com o lançamento da quinta geração do topo de gama, que substituiu o modelo apresentado em 2012, tem de incluir todas as fórmulas de eletrificação. Em 2024, às motorizações MHEV e PHEV, somar-se-á uma inédita versão BEV, com até 500 km de autonomia.
Elétrico como um V8
Para já a Land Rover não revelou mais do que algumas imagens “teaser” daquele que será o seu primeiro automóvel 100% elétrico, acompanhadas de uma informação importante: o Range Rover elétrico terá a mesma performance do V8, com que partilha a plataforma MLA e a mesma linha de montagem em Solihull, Inglaterra.
A confirmarem-se números semelhantes aos do “mild hybrid” de 615 cv, o novo modelo cumprirá a aceleração de 0 a 100 km/h em 4,5 segundos e será capaz de atingir uma velocidade máxima de 260 km/h.
Quanto custa um Range Rover novo?
Contudo, e ainda segundo o fabricante britânico, o Electric ultrapassará claramente o modelo a combustão (L460) em matéria de conforto: será “o mais refinado e o mais silencioso” Range Rover alguma vez produzido, elevando os padrões do histórico modelo, graças a um sistema de cancelamento de ruído de última geração e ao nível de qualidade e acabamentos superior em todo o habitáculo.
Recordista de patentes
Mais refinado e silencioso, o Range Rover Electric ainda assume outro estatuto especial na história do icónico modelo de todo-o-terreno, o de inovação. O construtor britânico assume que o número de patentes registadas para o novo automóvel elétrico é superior ao de qualquer outro dos seus antecessores. Isto deve-se, em parte, à necessidade de manter-se intacto o legado histórico da marca em fora de estrada.
O modelo equipado com sistema elétrico de 800 V (semelhante ao usado no Porsche Taycan, para carregamento ultrarrápido de 350kW, a permitir recargas de 10 a 80 por cento em menos de 30 minutos, mesmo para uma bateria de 100 kWh ou mais) não renuncia à capacidade dinâmica acima da média na estrada e fora dela. Pelo contrário, com uma capacidade de passagem a vau até um máximo de 850 mm, o mesmo que um Defender da geração atual com suspensão de molas helicoidais, a Land Rover apresenta-o como tão ou mais capaz do que os congéneres a combustão, com sistema de tração integral (iAWD) de comando eletrónico (Intelligent Driveline Dynamics) que monitoriza a aderência e a condução, permanentemente, para otimizar a repartição do binário entre os eixos e as rodas traseiras, e integra, ainda, um autoblocante traseiro ativo.
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Atualmente, a marca já acumula milhares de quilómetros de testes ao programa 4×4 que atua sempre que o SUV sai do asfalto, para adaptação de chassis, eletrónica e mecânica ao modo de ação selecionado, e a sua compatibilidade com a tecnologia de baterias oriundas das instalações do Electric Propulsion Manufacturing Centre, em Wolverhampton.
Já disponível para reserva
Mais informações e especificações técnicas só ficarão disponíveis mais próximo da data da apresentação oficial, calendarizada para meados de 2024. Mas a Land Rover já abriu a fase de pré-reservas para o Range Rover Electric, que chegará ao mercado com a garantia de Thomas Müller, diretor executivo de Engenharia e de Produto da JLR, de que “os ingredientes que sustentam o sucesso do Range Rover permanecem inalterados – agora com emissões zero.”
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