Tesla

Redação

10/07/2021

6 min

Quanto tempo duram as baterias dos carros elétricos?

Num mundo tão cheio de incertezas, mesmo a utilização de um automóvel convencional não é 100% isenta de preocupações, dependendo da fiabilidade e durabilidade de cada modelo. Já a escolha de um carro elétrico pressupõe uma questão ainda mais preocupante: quanto tempo duram as baterias dos carros elétricos?

É que, em caso de avaria, a sua substituição pode tornar-se num autêntico pesadelo, tendo em conta o elevado custo que, para já, estas operações envolvem.

Mas nem tudo são motivos para ficar apreensivo e não nos podemos esquecer que tudo o que ler a seguir está em vias de ser melhorado, porque os construtores não param de fazer evoluir a eficiência e a durabilidades das baterias.

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De volta, por breves instantes, aos carros convencionais, convém recordar que a garantia mecânica dos fabricantes costuma oscilar entre um mínimo de dois anos e um máximo de sete. Números que não impedem que tantos companheiros de quatro rodas cumpram, no nosso país, 20 ou mais anos de bons e leais serviços.

Quanto tempo duram as baterias dos carros elétricos?

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No caso dos carros elétricos, há dois tipos de garantia: a do carro e uma específica para a bateria. O mais comum é a garantia da bateria de um carro elétrico ser de oito anos ou um determinado número de quilómetros. O que ocorrer primeiro.

No caso da Tesla, os quilómetros da garantia aumentam ao mesmo ritmo que se sobe na gama, variando entre os 160 mil do mais acessível Model 3 e os 240 mil dos Model X ou Y. Mais recentemente, o Lexus UX 300e subiu a fasquia a este nível, anunciando 10 anos de garantia ou… um milhão de quilómetros, o que deve chegar para proporcionar paz de espírito aos utilizadores do modelo.

 

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Como diria um político, há mais vida além da garantia das baterias. Pelo que o que fica estabelecido contratualmente, não significa que o carro vá de imediato precisar de substituir a bateria, quando for atingida essa meta.

A verdade é que, do mesmo modo que os automóveis convencionais continuam a funcionar para além da garantia, nos elétricos, a partir daí pode contar com vários anos de utilização.

Em que condição está a bateria de um carro elétrico ao fim de alguns anos?

Normalmente, os construtores referem que a bateria deverá conservar 70% da sua capacidade aquando o termo da garantia. Ou se preferirmos, haverá uma perda ao nível da autonomia de 30% neste período.

Um estudo efetuado em 2019, que incluiu 21 carros elétricos, concluiu que as baterias perdiam, em média, 2,3% por cada ano de condução. Significa isto que, por exemplo, um carro com uma autonomia de 240 quilómetros via dissipar algo como 27 quilómetros de autonomia ao fim de cinco anos de utilização.

No entanto, dada a constante evolução tecnológica, é possível que estes dados já estejam algo desatualizados. A autonomia dos veículos elétricos melhora quase a cada dia que passa e o ciclo de vida da bateria também. Uma vez que as baterias são o componente mais caro de um veículo elétrico, é para aqui que está a ser canalizado muito do foco da investigação e desenvolvimento.

Como resultado deste esforço, na compra de um novo carro elétrico hoje, o mais provável é a bateria durar mais do que a vida útil do veículo (o italiano Alessandro Volta, que inventou as modernas baterias em 1800, por certo ficaria orgulhoso). Já a longevidade de um motor elétrico é, em teoria, imensa.

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Como será fácil de perceber, as grandes baterias dos automóveis elétricos – colocadas no espaço sob o piso do veículo – não têm nada a ver com as pequenas baterias que auxiliam os carros convencionais animados apenas por motores de combustão interna. Ao contrário destas, o fim de vida de uma bateria de um veículo elétrico não significa autonomia zero, mas antes uma diminuição considerável da sua capacidade, tendo em conta os sucessivos ciclos de carga/descarga.

Artigo relacionado: Como carregar um carro elétrico em casa

Isto significa também que estas baterias podem ter uma segunda vida, que poderá passar, entre outros usos, por funcionarem como pontos de armazenagem estacionária de eletricidade, sendo recicladas após esta segunda fase de utilização.

Em termos climáticos, o calor pode afetar a durabilidade da bateria, mas não a sua performance. Já o frio pronunciado diminui a performance da bateria (menor autonomia), mas não a sua duração.

Uma imobilização prolongada de um automóvel elétrico quando a temperatura é elevada e/ou quando a bateria está carregada na totalidade também pode ter um impacto negativo na duração da bateria. Portanto, se precisar de imobilizar o seu carro elétrico durante um período longo, o melhor é protegê-lo do calor e deixar o nível de carga da bateria abaixo dos 80%.

Cuidado com os carregamentos rápidos

É certo que a garantia de fábrica prevê que ao fim de oito anos a bateria ainda tenha uma capacidade de 70%, mas tal como acontece com as garantias dos automóveis, a mesma não se responsabiliza pelo mau uso. E aqui podem entrar os carregamentos rápidos, tão úteis quanto prejudiciais.

Assim, não é conveniente recorrer demasiado aos sistemas de carregamento rápido nem, em alguns casos, carregar a bateria do seu modelo elétrico na totalidade.

Artigo relacionado: Como manter as baterias dos carros elétricos

Para manter a bateria com o melhor desempenho possível, recomenda-se manter o nível de carga entre 60% e 80%, minimizar a utilização de sistemas de carga rápida, porque aquecem a bateria, e evitar temperaturas extremas durante longos períodos de tempo.

Também não convém deixar descarregá-la totalmente, mas esse risco ninguém deseja correr sob pena de ficar parado. Além de muitas marcas já optarem por ter uma reserva de bateria para precisamente evitar estas ocorrências. Ou seja, depois de a autonomia marcar zero, ainda há uma percentagem de bateria presente.

 
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