Quando o Toyota Prius foi lançado, em 1997, rapidamente se tornou símbolo de uma consciência ambiental, tendo sido adotado por quem via no automóvel um bem racional, já que o sistema híbrido permitia poupar em combustível, mas também por quem compreendia que o automóvel era uma afirmação política e social. E o sucesso é visível nos números: em 25 anos, foram postas a circular quase cinco milhões de unidades em todo o mundo.
Agora, com uma Europa a apertar o cerco às emissões e com a morte dos carros a combustão anunciada para 2035, a Toyota não desiste de ir reduzindo a sua pegada ambiental já no presente, propondo, a partir da primavera, um Prius Plug-in.
Novo Toyota Prius: mais potente, mas mais eficiente
A quinta geração do Prius chegará aos mercados com um sistema plug-in hybrid (PHEV), com uma maior bateria de elevada capacidade associada a um gerador mais potente. O sistema elétrico une-se a um motor a gasolina de 2,0 litros para uma potência combinada de 223 cv, um salto face à anterior geração que debitava somente 122 cv.
O aumento de potência garante uma maior rapidez de aceleração (a marca fala em ir de 0-100 km/h em 6,7 segundos, quando a geração que substitui o fazia em 11,1 segundos), algo que é apoiado pelas linhas aerodinâmicas, desenhadas para otimizar o fluxo de ar e alcançar uma excelente eficiência de combustível, manuseamento e estabilidade.
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Mas, mesmo mais veloz, mantém a cartada da eficiência, ao poder rolar mais de 60 quilómetros em modo 100% elétrico.
Olhando para a Europa e para a média de quilómetros que um condutor no Velho Continente faz diariamente (em Portugal, aponta um levantamento do Eurostat reunido em 2021, a média diária é de 18,4 quilómetros), o Prius chega capaz de não gastar uma gota de gasolina no quotidiano. Mas não será um problema quando se quiser ir de passeio ou passar férias.
Isto acontece graças à inclusão de uma bateria de iões de lítio com uma capacidade de 13,6 kWh, com células de maior densidade energética, cuja autonomia pode ser esticada com um tejadilho com painéis fotovoltaicos para aproveitar a energia solar (um extra cujo preço não é conhecido e que não deverá ser lançado em todos os mercados).
Mais largo e mais dinâmico
O Prius vai chegar com um comprimento reduzido em quase cinco centímetros, mas mais largo em 2,2 centímetros, o que lhe confere uma presença em estrada mais possante e um desempenho mais agressivo.
Isso não é alheio ao facto de assentar na plataforma GA-C de segunda geração da Nova Arquitectura Global Toyota, apresentando-se mais leve, mas com uma maior rigidez torsional, o que, associado a um centro de gravidade mais baixo, vai imprimir maior emoção à condução. Mais ainda por propor uma posição de condução baixa, que irá potenciar um rolar desportivo.
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No interior, há mais espaço, tendo a distância entre eixos aumentado 5 cm, e, claro, ainda mais tecnologia, com um painel de instrumentos digital numa posição elevada, que torna o head-up display obsoleto. Ao centro do tablier, surge o ecrã que gere o sistema de info-entretenimento, com melhorias ao nível dos gráficos, mas também no tempo de resposta.
Duas coisas importantes que ainda não se sabem é o nível de segurança e o preço. Mas as referências passadas podem dar pistas: o Prius de 2016 obteve as cinco estrelas Euro NCAP, tendo sido lançado em Portugal dois anos depois a partir de 41.200€.
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