A Nissan acelera a fundo na eletrificação, com os japoneses totalmente convictos de que o prazer de condução e a tecnologia de baterias no automóvel não são incompatíveis. O Nissan Ariya Nismo, a versão mais desportiva do SUV 100% elétrico, é disso o exemplo mais recente, ao trazer para a estrada grande parte dos ensinamentos das pistas, nomeadamente do grande palco da Fórmula E, com o cunho especial do gabinete de competição e performance da Nissan.
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Apesar de manter a configuração de dois motores elétricos (um por cada eixo, a permitir a tração integral) do Ariya com bateria de 87 kWh e-4ORCE, nesta versão Nismo a potência combinada é elevada a bem mais expressivos 435 cv, com um binário instantâneo nas rodas de 640 Nm. Um “pulo” de 41 cv e 40 Nm, que tem correspondência nas performances. A marca anuncia para o Ariya Nismo apenas 5 segundos na medição de 0 a 100 km/h e pouco mais de 2 segundos para recuperar de 80 a 120 km/h.
Mais músculo por dentro e por fora
O modelo trabalhado pela Nismo, que aliás representa o regresso desta divisão desportiva ao continente europeu, dispõe de tratamento específico na área da aerodinâmica, com apêndices desenvolvidos com o intuito de melhorar a resistência ao ar e aumentar a “downforce”, que faz com o SUV elétrico acelere nos eixos e mantenha atitude quase neutra em curva, independentemente da velocidade.
Com um novo para-choques inferior prolongado, um spoiler traseiro estilo “ducktail” e um difusor traseiro duplo para orientar o fluxo de ar, o modelo ficou ligeiramente mais longo do que o Ariya convencional, com 4,65 metros de comprimento (+5 cm). Mas, mais importante, o coeficiente de sustentação (CL) do Ariya Nismo registou uma melhoria impressionante de 40%, com 0,11 em vez dos 0,18 do Ariya padrão. “Spoilers”, entradas de ar e jantes de 20” específicas, com um design de raios finos: tudo contribui para esse mesmo efeito.
O GT-R o quê?!
Para “petrolheads”, apaixonados por carros desportivos, o Nissan GT-R, ou Godzilla como ficou conhecido, é uma espécie de instituição. Mas, surpresa, o Ariya Nismo ultrapassa o desportivo GT-R (calma!!) na capacidade em curva e nos valores de força lateral. Quem o diz é a própria Nissan e justifica com a presença de uma suspensão dinâmica que inclui molas, estabilizadores e amortecedores modificados, a trabalharem em conjunto com um chassis altamente equilibrado para eliminar movimentos desnecessários do veículo e aumentar o controlo do movimento de rolamento.
Nota ainda para a direção assistida, que altera a assistência dependendo da velocidade: ao circular a velocidades mais baixas, como em cidades e ruas residenciais, a força da direção é reduzida, tornando as manobras mais fáceis. Em autoestrada, a velocidades mais elevadas, a direção torna-se mais dura proporcionando uma sensação mais neutra e estável.
Botão mágico no interior
Como desportivo que se preze, o Ariya Nismo conta com vários elementos específicos focados no desempenho, caso do i-Booster, que aumenta a eficácia dos travões ou o sistema de quatro rodas motrizes e-4ORCE numa versão melhorada para suprimir a subviragem em momentos de alta aceleração, enquanto oferece uma redução de 12% no desempenho do rastreio em linha em comparação com a tecnologia da versão base.
Mas não poderia faltar o botão de comando dos modos de condução, neste caso com um programa NISMO, para máxima performance. Os condutores podem mudar para o modo de condução “Normal”, sempre que a toada não seja desportiva.
Quando chega a Portugal?
Não há ainda data confirmada para o lançamento do Ariya Nismo em Portugal, mas sabe-se já que começará a chegar à Europa em janeiro de 2025, em quatro cores, incluindo uma nova – NISMO Stealth Grey – com o tejadilho preto. As cores serão ainda complementadas por um toque vermelho picante à volta do rebordo inferior do modelo.
No interior, destaque para os bancos desportivos de série, fabricados num material semelhante à camurça. Há ainda pespontos vermelhos no volante, juntamente com os detalhes em vermelho característicos da Nismo, porque para os génios deste programa não basta sê-lo, há que parecê-lo também.
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