Mitsubishi ASX: Quem o viu… e quem o vê!

Com a chegada do novo ASX ao catálogo da Mitsubishi, onde os SUV e os 4×4 estão em maioria, a marca japonesa não só passa a dispor de um crossover a mostrar fortíssimas credenciais familiares para o desafio no competitivo segmento dos compactos de segmento B (o que vale mais vendas na Europa), como se reforça com um automóvel importante para reduzir a média de emissões da sua frota europeia, decisivo para cumprir as difíceis metas de anti-poluição.
Modelo-gémeo do Renault Captur, o Mitsubishi ASX de nova geração só difere em escassos elementos estéticos do irmão francês, quer no exterior, como no interior. É o resultado da partilha de sinergias levada ao extremo na Aliança, justificada pela Mitsubishi como o sinal inequívoco de que o fabricante continuará no Velho Continente.
“A Mitsubishi Motors tem uma tradição rica em SUV, tendo sido o primeiro fabricante a oferecer um SUV híbrido ‘plug-in’, primeiro com o Outlander PHEV e hoje com o Eclipse Cross PHEV. O formato SUV continua a crescer em popularidade na Europa e, com os híbridos ‘plug-in’ a tornarem-se o mainstream do mercado, estamos prontos para utilizar essa herança na próxima geração ASX. Estamos ansiosos para oferecer aos nossos clientes, atuais e futuros, esta nova adição altamente competitiva à nossa gama.”, comentou Frank Krol, presidente e CEO da Mitsubishi Motors Europe, durante a apresentação do modelo.
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Descubra as diferenças
Em março, o novo ASX começará a chegar às estradas nacionais, mas é possível que passe despercebido na paisagem automóvel, tal a colagem à imagem do SUV de segmento B da Renault. Para descobrir as diferenças há que fazer pontaria aos poucos elementos estéticos que os separam, além do emblema dos três diamantes da Mitsubishi e da sua inscrição na porta da bagageira. Caso das jantes de 17 ou 18 polegadas, que têm desenho exclusivo no ASX.
De resto, tudo igual, do estilo, incluindo as luzes LED em C e as entradas/defletores de ar à frente que também melhoraram a aerodinâmica, às medidas exteriores. A carroçaria do Mitsubishi tem os mesmos 4,23 metros de comprimento e quotas de habitabilidade copiadas a papel químico. A Mitsubishi não alterou um milímetro na ideia do Smart Cockpit do Captur, adicionando uma consola flutuante em posição sobreelevada para melhor ergonomia do posto de condução, podendo ser personalizada de acordo com os ambientes interiores e sendo que os seus contornos exteriores beneficiam de animação luminosa.
No topo da consola, encontramos ecrã multimédia de 12,2 polegadas, instalado na vertical, e que integra o sistema multimédia conectado, as regulações Multi Sense e os parâmetros dos sistemas de ajuda à condução. Um pouco mais à esquerda, destaca-se o quadro de instrumentos digital, que pode ter entre 7 e 9,3 polegadas e que permite alteração dos itens em visualização.
Só o emblema no volante é da Mitsubishi. Apresentação, ergonomia, qualidade de construção, conforto, versatilidade e equipamento são do Captur, que é das boas referências no segmento. E os trunfos incluem o compartimento da mala com 332 litros na configuração standart de cinco lugares a bordo, uma volumetria interessante, mas que ainda pode ser aumentada em 69 litros com avanço do banco traseiro sobre calhas no piso do veículo.
Base (re)conhecida
A plataforma CMF-B, base do Captur, também serve o novo ASX. Obviamente, trata-se de estrutura modular preparada para o futuro próximo, nomeadamente a admissão de fórmulas de eletrificação do automóvel, com os híbridos na linha da frente.
A arquitetura garante compromisso ótimo entre robustez e contenção no peso, inimigo do consumo e dos gases de escape e permite, igualmente, a adoção das mais modernas assistências eletrónicas à condução.
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Gama e preços para Portugal
O motor de entrada é o 1.0 turbo de três cilindros a gasolina, que anuncia 90 cv e 160 Nm de binário e está apenas disponível com a caixa manual de 6 velocidades, por preços a começar nos 24.590 euros, no nível de equipamentos Inform. O acabamento Invite, onde deverá estar a maior parte das vendas, custa mais 700 euros.
Segue-se o motor 1.3 turbo a gasolina dotado de sistema semi-híbrido (gerador de arranque por correia, em combinação com uma bateria de iões de lítio de 12V), com 160 cv e 270 Nm, associado a uma caixa manual de 6 velocidades ou automática de 7 velocidades e dupla embraiagem, em opção.
O ASX terá ainda uma versão “plug-in” (PHEV) de 160 cv de potência, conjugando motor de 1,6 litros a gasolina com dois motores elétricos e uma bateria de 10,5 kWh, que garante até 63 de quilómetros de autonomia sem emissões de escape.
Para estas duas versões, a marca japonesa ainda não tem toda a gama de preços definida, mas já anunciou que o PHEV estará disponível por 27.500 euros + IVA, ficando no primeiro escalão da tributação autónoma.
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