E as marcas automóveis mais vendidas em Portugal em 2023 foram…
A Peugeot voltou a assumir o papel de líder nas vendas de automóveis, seguida da Renault e da Mercedes-Benz, segundo os dados revelados pela ACAP – Associação Automóvel de Portugal, que revelam terem sido matriculadas 236.053 novas viaturas (cerca de mais 50 mil do que em 2022, mas ainda longe das 267 mil de 2019), das quais 85% correspondem a ligeiros de passageiros.
Assim, em 2023 houve o mesmo trio de vencedores, que mostra estar de pedra e cal na dianteira. O quarto lugar também se manteve com a Dacia, que vende sobretudo a particulares, graças à política de preços baixos, e o quinto foi sustentado pela BMW.
As mudanças começam a seguir: a Volkswagen saltou duas posições, para sexto lugar, 11.220 unidades vendidas (+ 30,6%), e a Toyota caiu para sétimo, mesmo com um crescimento nas vendas (10.200 unidades, ou seja, mais 13%).
O oitavo lugar é uma novidade no top-10, e revela um feito, com um salto de 256,3%: a Tesla escalou dez degraus num só ano (estava em 18º no ano anterior), muito embalada pelos fortes cortes nos preços. Logo no arranque do ano, o Model 3 ficou dez mil euros mais barato; o Y passou a custar menos 3.000€. E não se ficou por aí: actualmente o primeiro é proposto por desde 39.990 euros (uma quebra de 15 mil face ao preço de 2022) e o segundo a partir de 45.490€ (uma redução de 4.500€).
Os últimos dois lugares do top-10 ficaram entregues à Citroën (que caiu da sétima posição, mas ainda assim cresceu ligeiramente) e à Seat, que registou um crescimento de 35,2%.
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Carros elétricos a crescer
A quota de mercado dos elétricos, eletrificados e grupos propulsores movidos a GPL ultrapassou os 50%, sendo que 18,2% dos veículos ligeiros de passageiros novos foram 100% eléctricos. Já os híbridos plug-in, que ainda beneficiam de enquadramento fiscal para empresas, viram as vendas aumentar de 10,3% para 13,6%, enquanto as matrículas de propostas a GPL subiram de 3,5% para 5,6%. Os híbridos que não podem ser carregados perderam, mas ligeiramente, de 15,4% para 14,5%.
O que continua em forte queda é o gasóleo, que já dominou o mercado. Atualmente, vale apenas 12%. Já os motores térmicos exclusivamente a gasolina caíram de 41,6% para os 36,1%.
Menos luxo
2023 terá sido um ano de retração, com os compradores a serem mais cautelosos com os seus gastos, à medida que a guerra na Ucrânia se arrastou, a inflação disparou e novos conflitos vieram mexer com o panorama internacional. Assim, os carros de luxo foram dos que mais perderam ao longo ano.
A Rolls-Royce, por exemplo, que tinha comercializado quatro unidades em 2022, apenas conseguiu escoar uma (- 75%), a Maserati passou de uma carteira de 83 modelos vendidos para apenas 47 (- 43,4%), a Jaguar de 479 para 284 (- 40,7%) e a Bentley de 65 para 55 (- 15,4%).
Mas nem todos perderam: a Land Rover mais que duplicou as vendas (1.175 unidades); Porsche cresceu 17,4% para 1.019 unidades; a Aston Martin matriculou 51 veículos (+ 27,5%); e a Ferrari conseguiu ultrapassar as vendas de 2022, de 32 para 33 automóveis.
As 20 marcas mais vendidas em Portugal em 2023
- Peugeot – 20.698 (+ 22,9%)
- Renault – 16.100 (+ 25,0%)
- Mercedes – 14.810 (+ 22,6%)
- Dacia – 14.803 (+ 45,2%)
- BMW – 13. 963 (+ 42,4%)
- Volkswagen – 11.220 (+ 30,6%)
- Toyota – 10.200 (+ 13,0%)
- Tesla – 9.329 (+ 256,3%)
- Citroën – 9.059 (+ 0,5%)
- Seat – 8.291 (+ 35,2%)
- Opel – 7.862 (+ 22,3%)
- Hyundai – 7.064 (- 2,7%)
- Kia – 7.012 (+ 9,2%)
- Ford – 6.224 (+ 6,1%)
- Nissan – 6.064 (+ 11,6%)
- Fiat – 5.632 (- 16,0%)
- Volvo – 5.118 (+ 42,1%)
- Audi – 5.049 (+ 34,5%)
- Skoda – 3.798 (+ 80,3%)
- Cupra – 2.522 (+ 52,4%)
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