A manutenção automóvel periódica é essencial para cuidar e prolongar a vida útil do seu veículo mantendo em bom estado funcional das peças e da sua segurança.
Todos sabemos que uma manutenção automóvel cuidada e atempada pode evitar problemas a médio e longo prazo. As recomendações gerais que cada construtora automóvel prevê devem ser levadas à risca e cada condutor deve tê-las sempre em mente.
Na verdade, a aquisição de um carro implica sempre muitos cuidados a ter e que nos podem custar a durabilidade e boa preservação do mesmo. Desta forma, para que possa perceber quais as principais assistências ao seu veículo a incluir na sua rotina diária, preparamos um guia prático de manutenção automóvel.
Este guia irá elucidá-lo quanto às principais revisões periódicas, qual a altura da inspecção do seu veículo quais as peças ou componentes mais comuns que devem ser ciclicamente substituíveis.
Manutenção automóvel – dicas essenciais e preventivas
1. Inspecção Periódica Obrigatória
Começamos o nosso guia prático de manutenção automóvel por uma parte muito importante: as inspecções periódicas obrigatórias. Estas, conforme o nome indica, são de carácter obrigatório e a sua realização é limitada por prazos.
As inspecções periódicas obrigatórias servem para confirmar com regularidade a manutenção das boas condições de funcionamento dos automóveis, assim como a sua segurança. Para tal, são levadas em conta as características originalmente homologadas, bem como possíveis transformações dos veículos, autorizadas pelos termos do artigo 115º do Código da Estrada.
Se se questiona sobre quando deve levar o seu carro à inspecção, saiba que as inspecções periódicas (tanto a primeira, como as restantes) têm prazos limite para a sua realização.
Caso pretenda viajar e esse período coincida com a data da inspecção, pode ficar descansado, uma vez que segundo o Decreto-Lei nº 144/2012, anuncia que as “ inspecções periódicas podem, ainda, ser realizadas durante os três meses anteriores à data prevista”.
2. Revisão Automóvel
Enquanto as inspecções periódicas obrigatórias têm um prazo estipulado para a sua ocorrência, as revisões já não. Contudo – e por norma – cada fabricante define o período recomendado para que os veículos procedam às revisões. Tal informação é descrita no manual do proprietário (dentro de cada veículo).
Para evitar problemas graves que possam colocar em causa a segurança do condutor, o mesmo deve saber quando proceder à revisão dos componentes do seu carro.
Por outra perspectiva, a assiduidade destas mesmas revisões podem também depender dos hábitos de condução de cada condutor. Tudo depende da quantidade de quilómetros que faz por dia ou do tipo de estradas que percorre.
Se por exemplo, utiliza na maior parte do tempo as auto estradas, provavelmente os pneus serão os mais afectados devido à fricção obtida dos mesmos a alta velocidade. Se percorre por estradas mais sinuosas, com muitas travagens e pára arranca, serão os travões, suspensão e embraiagem que irão suportar maiores desgastes.
Estas avaliações já recaem para o lado do condutor por forma a avaliar qual o tipo de desgastes estão mais presentes, e assim, entender se vale a pena substituir algumas peças ou componentes mais antecipadamente.
De qualquer forma, leia sempre as indicações descritas no manual do proprietário para saber qual a melhor altura para levar o seu carro à revisão automóvel.
As revisões servem para garantir que o seu veículo circula com regularidade em bom estado. Nestas, são inspeccionados o óleo do motor, os componentes eléctricos, os diversos filtros, a água do radiador, os travões, as luzes, o alinhamento do carro, pneus, entre outros.
3. Pneus
A vida útil de um pneu não vem inscrita num manual, nem tem grande forma de se prever. Esta é outra atenção que depende sobretudo da sensibilidade entre cada condutor.
O desgaste dos pneus pode variar consoante uma data de factores como o design e geometria dos mesmos, o clima, as condições da estrada, os hábitos de condução do condutor (travagens e acelerações em excesso), o peso do veículo, tipo de percursos (citadinos ou auto estadas), entre outros cuidados essenciais.
De acordo com a Michelin, 10 anos é o limite máximo para substituir os pneus de origem por uns novos, mesmo que o seu estado destes estejam aparentemente bons. A mesma recomendação aplica-se também aos pneus sobresselentes.
Outras recomendações mais pontuais como estar atento ao desgaste irregular dos 4 pneus, o alinhamento da direcção e uma pressão de ar correctamente colocada, podem prolongar a vida útil dos pneus do seu automóvel.
Já em condução. procure evitar estradas sinuosas ou ruas particularmente danificadas e de piso irregular. Evite também as tampas de saneamento mais salientes, passar por cima de pedras ou gravilha e os longos trajectos em estradas de paralelo.
A substituição dos pneus deve ser feita sempre que:
- Existir algum furo no piso, com mais de 6mm de diâmetro;
- O piso estiver desgastado para além da profundidade do piso recomendada pelo Código da Estrada;
- O flanco estiver danificado;
- O bordo do pneu (talão) estiver danificado ou deformado.
Relembre ainda que a altura do piso mínima permitida por lei dos pneus é de 1,6 mm para veículos ligeiros e de 1 mm para motociclos e pesados.
Recorde que a sensação desconfortável na condução pode indicar os danos nos pneus ou o desgaste excessivo. Se durante a condução sentir vibrações ou perturbações ao volante, reduza a velocidade e evite continuar na faixa de rodagem e tente imobilizar o seu veículo num local seguro. Se algum pneu estiver danificado, esvazie-o e substitua-o pelo sobresselente.
Como mudar um pneu:
- Desligue o carro e accione o travão de mão;
- Coloque um objecto pesado na frente das rodas dianteiras e traseiras;
- Encaixe o macaco – se não souber qual o local exacto, leia o manual de instruções;
- Levante o macaco até que ele suporte o peso do carro, de forma perpendicular ao chão e sem levantar o carro;
- Desaperte, sem desprender totalmente, os parafusos (girando no sentido oposto ao dos ponteiros do relógio);
- Accione o macaco para remover o pneu;
- Remova os parafusos totalmente;
- Retire o pneu furado ou estragado e coloque-o sob o veículo, para diminuir acidentes no caso de queda do veículo;
- Coloque o novo pneu e encaixe de novo os parafusos;
- Aperte os parafusos à vez, numa sequência alternada, até que estes fiquem bem firmes;
- Baixe o carro com cuidado para que o seu peso não fique apoiado sobre no novo pneu;
- Desça o carro na totalidade e retire o macaco, acabando de apertar os parafusos;
- Guarde o pneu retirado na bagageira e procure levá-lo para reparação.
4. Escovas do para-brisas
Num bom guia prático de manutenção automóvel não podemos descurar falar sobre a substituição das escovas do limpa para-brisas. Embora possa parecer algo relativo, a verdade é que circular com escovas fora de condições, dificulta a visão e a segurança do condutor e dos passageiros.
Assim sendo, recomenda-se que se faça uma substituição periódica das mesmas, preferencialmente uma vez por ano, antes da chegada do inverno.
Se as escovas movimentarem-se dificilmente e fizerem barulho, é provável que estas se encontrem no final do seu ciclo de vida. Opte por as substituir com brevidade.
Além destas recomendações, sugerimos que consulte o manual do proprietário, a fim de fazer as devidas manutenções por conta própria. Lembre-se que a forma como cuida do seu carro pode fazer toda a diferença e prolongar o seu ciclo de vida útil mantendo a mesma qualidade e sanidade de todos os componentes e consumíveis.
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