Conduzir até um centro de inspeção automóvel pode não ser o momento mais prazenteiro para um automobilista, mas não há como lhe escapar. Porém, para não sair de lá com um chumbo (e consequentes gastos extra), saiba o que pode fazer para garantir que o seu carro passa à primeira e reveja previamente todos os pontos mais críticos.
Inspeção automóvel: 3 graus de gravidade
Na avaliação feita aos veículos pelos inspetores, nem todos os defeitos têm a mesma gravidade. Há as que não põem em causa a revalidação do título e as que mandam o carro encostar às boxes.
Para se perceber o que pode levar um carro a chumbar é preciso compreender que existem anomalias de três distintas gravidades.
Defeitos de tipo 1:
Os defeitos registados com “grau 1” são leves, ou seja, são assinalados e convém que na inspeção seguinte tenham sido corrigidos, mas não impedem o automóvel de circular. Isto porque são anomalias que não afetam nem as condições de utilização do veículo nem as suas obrigações de segurança para com os ocupantes e para os outros. Podem ser uma lâmpada fundida, uma das luzes dos piscas avariada ou um limpa para-brisas que não funciona.
Mas, apesar de os defeitos de “grau 1” não serem preocupantes, convém prestar atenção: se forem detetados muitos (mais do que cinco), o inspetor poderá decidir uma reinspeção e, até à data desta, todas as minudências deverão ser corrigidas.
Defeitos de tipo 2:
Depois, há os defeitos de “grau 2”, tidos como graves. Nestes casos, as anomalias identificadas afetam as condições de utilização ou de segurança, mas não impedem o carro de circular, ainda que muitas vezes só o possa fazer sujeito a algumas condições. Um problema com a suspensão, por exemplo, pode determinar que o veículo só possa rolar sem carga e sem ocupantes até que seja cumprida uma reinspeção.
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No âmbito dos defeitos graves, também podem ser consideradas alterações ao veículo que não foram devidamente homologadas – neste caso, é necessário proceder à homologação antes de regressar ao centro de inspeções. Caso a mudança não seja homologada, será necessário revertê-la para voltar a ser um “bom aluno”. Por isso, o ideal é não avançar com nenhuma alteração (de pneus, jantes, cores, etc.) antes de verificar a sua possível homologação.
Defeitos de tipo 3:
Por fim, há o muito grave “grau 3”. E se for o caso muito provavelmente terá de voltar para casa a pé. É que uma anomalia catalogada com o “grau 3” põe em causa de tal forma a utilização ou a segurança que o veículo é imediatamente mandado parar. Um caso que pode justificar é o mau funcionamento dos travões.
A reinspeção
Um chumbo pode ocorrer por terem sido observadas mais do que cinco deficiências do tipo 1 em códigos de deficiência diferentes; uma ou mais deficiências do tipo 2 ou 3; e sempre que não seja efetuada a correção da deficiência ou deficiências anteriormente anotadas (1 passa a 2), exceto as relacionadas com livrete.
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Sempre que tal ocorre, o facto obriga a uma reinspecção, agendada para os 30 dias que se seguem. Durante este tempo, o proprietário do carro poderá tratar de todos os detalhes mencionados pela reprovação do inspetor. Mas, caso este tenha comentado qualquer falha que não achou ser motivo de sinalização, aproveite para a corrigir – é que há detalhes que são de avaliação dúbia e outro inspetor poderá considerar a mesma anomalia de forma diferente.
E não tente voltar exatamente com os mesmos defeitos. É que isso apenas obrigará a uma nova marcação, desta vez nos 15 dias seguintes, e a um somar de gastos.
Quanto custa a inspeção e reinspeção automóvel
No caso de um automóvel ligeiro, a inspeção regular tem um custo de 31,51€ e uma reinspecção de 7,89€, a que se soma, claro, as deslocações e o tempo gasto – é que o processo em si não demora mais do que 15 minutos, mas não é invulgar encontrar longas filas de espera.
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