A única coisa de que tem certeza é de que precisa de um carro com espaço – mas como saber se o que se adapta melhor ao que se pretende é um monovolume ou um SUV? É certo que, por uma questão de moda, a resposta SUV quase estaria na ponta da língua, mas nem sempre este tipo de carroçaria (versátil, é verdade!) é a resposta para as necessidades.
Antes de tomar uma decisão, compreenda melhor cada uma das carroçarias e aprenda a reconhecer o que as distingue. E, no fim, escolha a que servir melhor.
Monovolume para toda a família
A ideia do monovolume passa por destinar ao mercado dos ligeiros de passageiros um furgão em miniatura, que pode apresentar-se com cinco lugares e uma gigantesca mala ou com sete bancos, sendo assim capaz de servir famílias numerosas. Além disso, como o monovolume é mais alto do que um sedan, do que um hatchback ou mesmo do que uma carrinha (sim, estas também podem ter sete lugares…), há a possibilidade de aproveitar o espaço vertical.
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Aliás, o espaço dentro do habitáculo é o grande trunfo de um monovolume, ideal para quem tem várias crianças pequenas e precisa de fazer viagens com regularidade: um monovolume facilmente se sente como se estivéssemos na sala lá de casa. Além disso, a altura ao solo similar a um compacto não atrapalha a entrada e a saída dos mais pequenos – algo que num SUV poderá não ser tão simpático.
Outra característica que se encontra com facilidade nos monovolumes são as portas de correr, que permitem arrumar o carro em lugares apertados sem medo que uma porta escape e bata no carro estacionado ao lado.
Por fim, os monovolumes não foram pensados para serem aceleras – afinal, são, primeiro de tudo, carros de família. Assim sendo, não se verá um monovolume em modo acelera. Por outro lado, o facto de andar menos significa que também será mais poupado nos gastos.
SUV para ir a (quase) todo o lado
Se um dos pontos positivos de um monovolume é a curta distância ao solo, uma vez que facilita a entrada e a saída das crianças, num SUV são precisamente os centímetros a mais que ganham pontos valiosos, sobretudo para quem não se fica pelo asfalto e gosto de se aventurar em passeios longe do alcatrão. É que, mesmo que se tenha entre mãos um SUV sem tração integral (de gestão eletrónica ou não), é sempre mais fácil viver aventuras, desde que os caminhos escolhidos não sejam de elevada dificuldade.
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Além de que, claro, também pode ser um excelente carro de família, mais ainda quando os miúdos começam a crescer. Até os que se inserem no segmento B, têm, normalmente, boas quotas de habitabilidade, e tão depressa se está a levar os miúdos à escola como a seguir a embrenharmo-nos pela floresta para fazer um piquenique longe de toda a gente.
A cereja no topo reside no facto de se poder, atualmente, escolher um SUV para quase todos os gostos: há os pequenos, os médios e os grandes; há os a gasolina, a gasóleo, híbridos, “plug-in” e até 100% elétricos; há os 4×2 e 4×4; há os que chamam a cidade de casa e os que sonham a cada instante com estradões de terra. Além de haver SUV de cinco lugares, mas também SUV pensados para sete ocupantes, o que desafia o reinado dos monovolumes.
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Por fim, uma característica que tanto pode pesar para o bem como para o mal. Para quem procura potência e um comportamento desportivo, será mais fácil de os encontrar num SUV do que num monovolume, até pela forma como o próprio chassis se comporta: o SUV é mais ágil e adorna menos do que um monovolume, por natureza avesso às curvas.
Poderá parecer que ter potência e um toque de desportivo vão diretamente para a lista dos prós, permitindo inscrever os SUV no tipo de carroçaria a considerar. Mas quando se observa tanto a conta no posto de combustível (afinal, quanto mais se corre, mais fome se tem…) como o peso das emissões de CO2 nos impostos, percebemos que é de pensar pelo menos duas vezes – iremos mesmo fazer o tal piquenique no meio da floresta ou esse cenário não passa de um desejo que nunca cumpriremos?
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