Desde o 166 Inter, apresentado no Salão de Turim de 1948, como o 1.º modelo de produção da marca fundada por Enzo anos antes, a Ferrari não parou mais de surpreender com lançamentos bem-sucedidos de automóveis desportivos fora de série, modelos 100% novos, versões revistas e atualizadas ou edições especiais. Mas poucos momentos na história foram de tantas novidades no emblema do “cavallino rampante”. Depois de dois recordes de vendas quase consecutivos (10.131 unidades em 2019; 11.155 em 2021), pela primeira vez em 75 anos, a Ferrari passou a ter na gama um automóvel com o formato insuflado da moda e 4 portas, o Purosangue, com 4,973 m de comprimento e 3,018 metros entre eixos, para um leque muito mais alargado de potenciais clientes. Ao mesmo tempo, revelados os primeiros superdesportivos com sistemas híbridos, em Maranello, trabalha-se na modernização da histórica fábrica, para a adaptar às exigências da produção do primeiro modelo 100% elétrico (2025) da marca. Contudo, sendo o ciclo de vida de qualquer Ferrari é de 4 a 5 anos, dois estão em fim de carreira.
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Olhando ao manancial de tecnologias e ao nível de sofisticação do SF90 Stradale e do 812 GTS, ninguém diria que a Ferrari se prepara para colocar ponto final na comercialização de ambos. A Ferrari pronunciou-se sobre o fim do coupé e do descapotável num documento relativo aos resultados de vendas do primeiro semestre de 2024. Ao que tudo indica, o primeiro será em breve substituído por um novo modelo, de que se conhece apenas algumas fotos espia. O segundo já tem um sucessor apresentado, o 12Cilindri Spider. O adeus ao SF90 não inclui as versões mais extremas do modelo que só começaram a ser produzidas por estes dias.
SF90 Stradale, um ícone
O substituto do SF90 já foi avistado em Maranello. Espera-se que apresente algumas mudanças estéticas, mantendo a forma geral do modelo que sai de cena, acreditando-se que use o mesmo sistema de propulsão híbrido plug-in que combina motor V8 biturbo de 4,0 litros, a debitar 780 cv e 800 Nm, e três motores elétricos (dois deles em cada uma das rodas da frente e um integrado na caixa de dupla embraiagem de oito velocidades), com 220 cv cada.
Também ganhou uma versão Spider, mas a declinação mais extrema chama-se SF90 XX Stradale, com 1030 cavalos, uma série especial e limitada baseada no SF90 Stradale, desenvolvido para registar na pista de Fiorano um tempo de apenas 1’17.309?, o que representou um novo recorde para automóveis homologados para circular em estrada.
812, número mágico
Chegou ao catálogo da marca italiana de Maranello aquele que é porventura o melhor modelo com motor dianteiro da Ferrari, apropriadamente batizado com o nome da sua mecânica: o motor V12 de aspiração natural. Denominado 12Cilindri (italiano para “12 cilindros”), vem substituir o 812 Superfast, superdesportivo que estreou uma evolução do mítico V12 italiano, com 6,5 cm3 de cilindrada e a debitar 800 cv de potência, com a adoção de um sistema de injecção directa com pressão a 350 bar. A marca anunciava acelerações de 0 a 100 km/h em 2,9 segundos e uma velocidade máxima de 340 km/h.
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Roma segue o mesmo caminho
Ao contrário dos SF90 Stradale e 812 Superfast, o Roma teve a sua sentença lida logo no arranque de 2024. Quatro anos após o seu lançamento, a Ferrari anunciou que iria descontinuar o Roma, que representava uma das opções mais acessíveis na linha Ferrari.
O Roma impôs-se como um verdadeiro desportivo de 2+2 lugares, com um motor V8 biturbo que desenvolve uma potência de cerca de 620 cv e 760 Nm, anunciando 0 a 100 km/h em apenas 3,4 segundos.
O Roma despede-se, mas mantém-se no catálogo o Roma Spider, embora com um preço bastante superior ao do coupé, bem acima dos 400 mil euros.
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