21 abril 2023

Diferença no impacto ambiental entre um carro a gás e um carro a gasolina

Diferença no impacto ambiental entre um carro a gás e um carro a gasolina

Consequência imediata da guerra na Europa, o preço do petróleo voltou a disparar e não foi preciso muito até termos de desembolsar mais uns valentes cêntimos por cada litro de gasolina ou gasóleo. E é nestas alturas que as formas alternativas de mobilidade automóvel são olhadas como hipóteses realistas para baixar as contas.

O GPL (Gás de Petróleo Liquefeito), por exemplo, tem um preço por litro que é menos de metade do da gasolina sem chumbo de 95 octanas. E, claro, além de uma análise dos custos por quilómetro, também pesa cada vez mais a vertente ecológica da coisa. Vamos a contas!

Para o cálculo da economia na utilização de veículos movidos a GPL considera-se uma quilometragem média anual de 15.000 km, acréscimo de consumo de 10 a 15%, custo de instalação entre 1500 e 2000 euros e que o preço de venda do combustível (GPL) se mantém entre 50 a 60% do valor da gasolina s/chumbo 95.

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E, nas emissões, embora o GPL Auto ou AutoGás seja um subproduto da refinação de petróleo, é menos poluente quando comparado aos combustíveis mais utilizados, como a gasolina.

Para além de não libertar partículas nocivas, também não contém chumbo nem impurezas e tem um muito baixo teor em enxofre (algumas partes por milhão). De acordo com os dados da Associação Europeia de Gás Liquefeito, este tipo de combustível emite menos 75% de CO (monóxido de carbono) e menos 10% de CO2 (dióxido de carbono) do que os motores a gasolina.

Nos vários estudos comparativos realizados, foi ainda possível observar uma redução de até 40% nas emissões de óxidos de azoto (Nox) e nas emissões de hidrocarbonetos não queimados (HC).

Além disso, os automóveis movidos a GPL produzem cerca de menos 30% de ruído comparativamente com os automóveis equipados com motores a gasóleo e são também mais silenciosos do que as mecânicas a gasolina.

Mais amigo do ambiente… e do motor

O GPL Auto é atualmente o combustível alternativo mais utilizado em todo o mundo, com 26 milhões de veículos a nível mundial, sendo que 15 milhões circulam na Europa. E, em alguns países, como é o caso de Espanha, o AutoGás tem o certificado de ECO, que funciona como atestado ambiental.

A somar aos valores mais reduzidos nas emissões de gases poluentes para a atmosfera, os motores preparados para funcionamento misto gasolina /GPL revelam, por regra, menor desgaste que outros semelhantes que funcionam apenas a gasolina.

O facto pode ser explicado por a combustão do gás ser mais limpa e não provocar contaminação no óleo do motor além de produzir menos resíduos, permitindo, deste modo, alargar os intervalos entre mudanças de óleo com consequente diminuição dos custos com manutenção.

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Mais prós e contras

Em matéria de comodidade, o sistema bicombustível funciona de forma perfeita, não se dando sequer pela passagem de gasolina para GPL e vice-versa. A troca pode ser feita num botão na consola ou de forma automática quando se acaba um dos combustíveis.

No entanto, é de referir que o reabastecimento é mais trabalhoso – e nem é por obrigar a enroscar um adaptador no bocal do GPL. As bombas do gás de petróleo liquefeito nunca estão no mesmo local das de gasolina, o que obriga a mover o carro de uma para a outra.

Além disso, apesar da progressiva banalização, o GPL ainda não está disponível em todas as áreas de abastecimento, e o melhor é programar viagens com isso em mente, de forma a saber de antemão onde pode reabastecer o depósito de GPL. É que não irá ficar nunca parado a meio caminho graças ao depósito de gasolina, mas as contas sairão inflacionadas, e lá se vão os benefícios de ter um automóvel bifuel.

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