Qual a diferença entre GPL e GNC? Explicamos tudo neste artigo

GPL e GNC são ambos gases que podem ser usados como carburantes. No entanto, há diferenças entre ambos, assim como vantagens e desvantagens. Explicamos quais.
O que é o GPL?
O GPL (Gás Liquefeito de Petróleo também conhecido por Gás de Petróleo Liquefeito) é uma mistura de hidrocarbonetos leves, compostos maioritariamente por propano (C3H8) e butano (C4H10), que, por sua vez, são obtidos através do gás natural e petróleo bruto (crude), permitindo, sem adulterar em demasia a performance de um automóvel, reduzir as emissões e, assim, diminuir o impacto no meio ambiente.
Também por ser mais barato (o quilo de GPL custa, actualmente e em média, 85 cêntimos) torna-se mais económico alimentar um automóvel a GPL, não obstante o facto de o carro precisar de mais GPL do que de gasolina para se mover. Por exemplo, um mesmo carro pode gastar 5 litros de gasolina a cada cem quilómetros ou 8 quilos de GPL. Isso significa que, a gasolina, o peso de percorrer cem quilómetros é de 8,60€, enquanto a GPL o gasto se fica por 6,80€ — ao fim de mil quilómetros, é uma diferença de 18 euros.
A composição do GPL faz com que seja fácil armazená-lo, transportado e distribuído, contribuindo para a existência de vários postos de abastecimento.
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O que é o GNC?
O Gás Natural Comprimido (GNC) é um biogás, sendo produzido a partir da decomposição de materiais orgânicos por bactérias na ausência de oxigénio, o que faz com que seja uma fonte de energia renovável.
No entanto, ao contrário do GPL, há maiores dificuldades no seu transporte, armazenamento e distribuição. Isto porque, por um lado, precisa de ser comprimido a 250 bar e, por outro, porque o seu transporte apenas pode ocorrer num raio de até 300 quilómetros do local em que o gás foi comprimido, o que poderá explicar a maior dificuldade em encontrar um posto de abastecimento.
Porém, o GNC não tem só desvantagens. O facto de emitir menos gases poluentes faz com que não contribua para o agravamento do efeito de estufa e é um dos combustíveis com melhor custo-benefício (um quilo custa em média 2,20€, mas o seu aproveitamento permite um automóvel movido a este tipo de combustível reclamar um consumo de apenas três litros, o que faz com que se percorra 100 quilómetros por 6,60€).
Além disso, a sua utilização prolonga a vida útil dos equipamentos e reduz a necessidade de limpeza e manutenção do sistema de combustão. Além disso, é seguro, uma vez que, em caso de vazamento, se dissipa com grande rapidez.
Diferenças entre GPL e GNC
A similaridade das siglas pode induzir-nos em erro e achar que são a mesma coisa. Mas isso não é verdade.
Enquanto o GPL é um gás em estado líquido, o GNC, muitas vezes denominado como GNV (Gás Natural Veicular, que se divide entre GNC para ligeiros e GNL para pesados), encontra-se em estado gasoso.
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A pressão de armazenamento é uma das grandes diferenças entre os dois. O GPL é armazenado em pressões baixas, o que não se torna exigente para os tanques onde é armazenado e transportado, tornando mais barato os processos, enquanto o tanque de GNV precisa comprimir o gás a uma alta pressão (cerca de 200 bar).
Vantagens do GPL e GNC
Como já observámos, em qualquer dos casos, uma das vantagens óbvia é a poupança imediata nos postos de abastecimento. Mas também permite poupança com a manutenção, o que se traduz numa economia significativa sempre que o carro tiver que fazer uma visita à oficina.
Para quem procura uma solução menos penalizadora para o ambiente e ainda não se rendeu à eletricidade (seja pelos preços elevados dos veículos seja pelas dificuldades relacionadas com o carregamento), um carro a GPL ou a GNC pode ser a resposta, ao ter reduzidas emissões de CO2 e de outras partículas nocivas para o ar e diretamente para a nossa saúde.
Os veículos GPL ou GNC beneficiam ainda de medidas fiscais, pensadas para as empresas: na aquisição, locação ou transformação, é possível deduzir 50% do IVA, desde que o custo do veículo não ultrapasse os 37.500€.
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