Os estudos indicam que tirar a carta de condução já não é objetivo prioritário para as novas gerações, mas ainda são muitos os que olham o automóvel como o maior símbolo de afirmação estatutária, o elemento diferenciador no grupo de amigos e o grande passo rumo à independência. Importa, contudo, que todo o entusiasmo natural em torno da compra do primeiro carro não resulte em escolhas precipitadas.
Mais do que o último grito tecnológico, para uma estreia confiante no mundo dos encartados tudo o que precisa é de um carro simples, acessível e robusto.
Compre um carro usado
Sobretudo para quem acabou de tirar a carta de condução, o primeiro carro será uma espécie de cobaia para todas as experiências permitidas longe da supervisão do examinador. Já a contar com as mais do que prováveis batidas e arranhadelas, deve pensar primeiro em comprar um carro usado. Durante os primeiros meses de habituação, a mecânica também vai ser castigada pela inexperiência do piloto, pelo que investir num carro novo não será a melhor opção.
Avalie as suas necessidades
A compra do primeiro carro não é uma aventura exclusiva de jovens recém-encartados. Muitos, por opção ou necessidade, foram adiando esse encargo. E, chegada à hora, há que avaliar as reais necessidades de transporte: se tem crianças que usam sistemas de retenção, precisa de mais espaço nos bancos traseiro; se a cadeirinha circula no banco da frente, o carro deve permitir a desativação do airbag.
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Faça uma pesquisa online
Quanto mais numerosa e diversificada for a sua pesquisa, maior é a probabilidade de acertar. E a internet será, nessa missão, a ferramenta ideal. No Standvirtual vai encontrar oportunidades de negócio, só tem de dedicar todo o tempo necessário para perceber quais as que realmente estão de acordo com as suas necessidades.
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Defina num orçamente e respeite-o!
O entusiasmo será grande, afinal foram muitos anos a sonhar em comprar o primeiro carro. E, por isso, estabelecer um valor máximo para a sua aquisição ajudará a refrear qualquer ímpeto consumista. Comece por pesquisar online, balizando o intervalo de preço que se enquadra nas suas possibilidades. E foque-se nesta amostra. Se recorrer ao crédito, faça todas as contas: juros, combustível, IUC, seguro, portagens, estacionamento.
Esqueça a regra dos três Bês
A regra do Bom, Bonito e Barato ficará para mais tarde. Na escolha de um primeiro carro o que mais importa é que seja bom e barato. Mesmo que o orçamento permita voos mais altos, revire de alto a baixo o mercado de usados: vai encontrar o que precisa. Procure modelos de marcas com histórico de fiabilidade (encontra os relatórios de qualidade e satisfação em sites da especialidade), privilegie mecânicas simples e prefira motores atmosféricos.
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Manual ou automático?
Se a ideia é aprender a conduzir e a retirar o melhor partido da máquina, mesmo que o famoso ponto de embraiagem lhe possa parecer um verdadeiro quebra-cabeças, é com caixa manual que deve começar. Por outro lado, se privilegia o conforto e a facilidade de utilização pode equacionar a compra de um carro equipado com caixa automática. Mas, atenção, não espere encontrar nos modelos mais acessíveis do mercado transmissões automáticas modernas; prepare-se, assim, para alguns solavancos…
Passe para o terreno
Encontrou o que procura? Então está na hora de tirar todas as dúvidas. A função do vendedor, profissional ou particular, é responder-lhe a qualquer questão. Faça os possíveis para ficar a conhecer em rigor o histórico do automóvel. Na impossibilidade de contar com a ajuda de um mecânico ou de alguém com conhecimentos na área, tome as rédeas do exame à máquina: procure pontos de ferrugem escondidos ou diferenças de cor nos painéis da carroçaria (podem indicar acidente), avalie o desgaste dos bancos, estofos e cintos (se for excessivo pode indicar que a mecânica é muito rodada). E, muito importante, assegure-se do bom estado dos pneus e travões.
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Passe para o volante
Passou no teste teórico? Chegou a hora de submeter o automóvel ao exame de condução. Mesmo os automobilistas com menos experiência podem detetar sinais de mau funcionamento da mecânica: ruídos estranhos ao ralenti, batidas na suspensão, estalos provenientes da direção, funcionamento irregular do motor. Experimente o ar condicionado, verifique o estado de todas as luzes do veículo. Confirme que não existem fugas de óleo suspeitas no escape ou no compartimento do motor. É também o momento para negociar o preço… ao cêntimo!
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