Com o preço a que está a energia, a simples decisão de fazer férias longe de casa já implica o uso da calculadora. É nestas alturas que as formas alternativas de mobilidade automóvel são olhadas como hipóteses realistas para baixar as contas. O GPL, por exemplo, tem um preço por quilo que é quase metade do litro da gasolina sem chumbo de 95 octanas. E, claro, a eletrificação também tem de ser chamada para uma análise dos custos por quilómetro.
Gasolina e GPL, gasóleo ou eletricidade? Qual compensa mais?
Dependendo do modelo, compensa ter um carro a gasóleo se forem percorridos mais de 15.000 quilómetros por ano. Mas, quando a esta equação juntamos os veículos movidos a GPL o processo de tomada de decisão complica-se. É que neste tipo de veículos compensa o consumo ligeiramente superior com um preço bastante inferior daquele combustível face aos restantes. É verdade que os combustíveis tidos como tradicionais têm as suas vantagens. No entanto, no momento de avaliar qual o tipo de motor a escolher, os automobilistas devem considerar mais do que apenas os quilómetros percorridos. Existem vantagens nos dois tipos de motorizações. E os elétricos, onde ficam?
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Esta comparação não deve esgotar-se nos custos de utilização, mas também a agradabilidade no uso (performances incluídas) e a funcionalidade dos diversos sistemas. Isto supondo sempre que estamos a falar de modelos de preços minimamente alinhados, com exceção do veículo elétrico, tendencialmente mais caro, mesmo que depois se acrescentem vantagens fiscais para um determinado tipo de cliente.
Motores convencionais são os mais práticos
Comecemos pela facilidade de utilização. Não é segredo que as infraestruturas de abastecimento, apesar do forte avanço da rede de postos elétricos em Portugal, ainda não estão adaptadas às motorizações alternativas.
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O problema do GPL será de facto contar com uma oferta limitada de locais para abastecer o gás. No entanto, como os sistemas disponíveis no mercado são bi-fuel há a garantia de não ficar apeado quando o gás se esgota. O sistema bi-combustível funciona de forma perfeita, não se dando sequer pela passagem de gasolina para GPL e vice-versa. A troca pode ser feita num botão na consola ou de forma automática quando se acaba um dos combustíveis.
Já o reabastecimento do gás é mais trabalhoso: obriga a enroscar um adaptador no bocal do GPL e as bombas do gás de petróleo liquefeito nunca estão no mesmo local das de gasolina.
Já nos elétricos o problema pode ser a sua ainda curta autonomia, face às outras mobilidades aqui em exame, só sendo verdadeiramente prático para quem disponha de garagem com tomada própria, ou método de carregamento no trabalho.
Por outro, tem a facilidade de poder deixar o “depósito” a atestar quando se vai dormir, estando a 100% pela manhã. Nos últimos tempos, multiplicaram-se os postos de recarregamento rápido (80% da carga em 30 minutos), mas os preços algo elevados ainda fazem muitos condutores torcer o nariz a esta alternativa. Nos Diesel, facilidade máxima. As infraestruturas de abastecimento foram projetadas desde sempre a pensar neles.
Ligado à corrente ou a todo o gás?
Alternativas com características tão diferentes diferem igualmente na agradabilidade da condução. Arranjar uma mecânica que não gaste quase nada é fácil, difícil é casar consumos baixos e andamento despachado.
Num modelo a GPL moderno é difícil dizer em que modo o carro está a funcionar, mas há diferenças ligeiras na disponibilidade da mecânica quando está a gás. E, associado ao facto de estarmos quase sempre a falar de sistemas associados a motores térmicos de baixa cilindrada, não é provável que vá encontrar nenhum Hamilton dos semáforos com um dístico azul no carro (deixou de ser obrigatório, já agora!).
Quanto custa um carro elétrico novo?
Ao contrário, para quem não tem de se preocupar com autonomia, acelerar a fundo num elétrico é quase sempre sinónimo de sair disparado e deixar os outros para trás. Nos Diesel, há de tudo um pouco, do mil-e-trezentos ao V6, aqueles de utilização mais suave e os desportivos, mesmo se também estes ainda revelam dificuldades nas rotações muito altas.
Qual a opção mais em conta?
Qual é afinal a vantagem económica que cada uma desta formas de mobilidade automóvel nos oferece? O gasóleo é mais caro do que o GPL, que tem consumos mais altos, mas custa metade. A eletricidade, comparativamente, permite um custo por quilómetro imbatível, mas há outros custos associados: pode não pagar IUC como os outros.
Conclusão: faz poucos quilómetros, não faz viagens e tem garagem com tomada? Renda-se à entusiasmante experiência de guiar um elétrico. Se quer fazer muitos quilómetros… esqueça-o e vire-se para o Diesel, que lhe dá grandes autonomias com bom compromisso entre custos, agradabilidade e prestações. Por fim, o sistema GPL dá-lhe a maior autonomia de todos, com custos por quilómetro que podem ser mais baixos que o Diesel se escolher sempre a opção a gás.
Mas são tantas as variáveis, que o melhor é socorrer-se de ferramentas que permitam adaptar a sua pesquisa às suas reais necessidades de transporte. Um bom simulador, para perceber quanto realmente lhe entra e sai do bolso com cada motorização, encontra-se em Mobzero.
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