Cinto de segurança de 3 pontos faz 61 anos

É provavelmente um dos equipamentos que mais vidas salva todos os dias na estrada. O cinto de segurança de três pontos, que, além de agarrar pela barriga, cruza sobre o peito, mantendo a pessoa “agarrada” ao banco, reduz o risco de ferimentos e mortes entre os ocupantes dos bancos da frente em cerca de 45%, podendo chegar a 50% – e está hoje de parabéns, ao completar 61 anos.
O modelo que estreou este sistema de segurança dos ocupantes foi um PV544, entregue a um cliente por um concessionário Volvo da localidade sueca de Kristianstad, no condado da Escânia, no Sul do país. Em simultâneo, a marca apostou em incluir o cinto de segurança de três pontos no P120 (Amazon). E não se ficou por aí… Na altura de patentear a invenção, a Volvo optou por a registar de forma aberta. Ou seja, o cinto de segurança de três pontos ficou automaticamente disponível para quem quer que o quisesse adotar, obedecendo ao compromisso com a segurança pelo qual a marca sueca é conhecida até hoje.
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É certo que a utilidade de tal equipamento ainda chegou a ser questionada e foram várias as marcas que inicialmente torceram o nariz ao gasto extra. Havia até quem visse o cinto inventado pelo Nils Bohlin como um limite às liberdades individuais, descrevendo-o como incómodo.
A lenta revolução do cinto de segurança
Foram precisos quatro anos e vários estudos para que a Volvo se decidisse a exportar o cinto de segurança de três pontos para outros mercados além do nórdico, chegando aos Estados Unidos em 1963. E, mesmo assim, convencer os condutores a usarem o precioso engenho careceu de investimento e de anos de experiência. O ponto de viragem deu-se em 1967, quase uma década depois da estreia na Suécia, quando a marca apresentou os resultados de inúmeros testes, que revelavam a forma eficaz como este cinto protegia o ocupante do veículo, e o “28.000 Accident Report”, relatório sobre os acidentes de viação na Suécia ao longo de um ano, comparando as sequelas para os ocupantes com e sem cinto: o uso não só salvava vidas como reduzia a gravidade das lesões entre 50% e 60%.
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Mais de seis décadas após a sua invenção, não é fácil contabilizar com exatidão o número de pessoas salvas graças à utilização do cinto de segurança de três pontos, mas o seu potencial para vir a salvar ainda mais vidas não é desprezado, sobretudo em regiões em que o seu uso ainda não é muito abrangente, como acontece em África, na Ásia ou na América do Sul.
Atualmente, a Organização Mundial da Saúde afirma que o uso do cinto de segurança reduz o risco de ferimentos e mortes entre os ocupantes dos bancos da frente cerca de 45%, podendo chegar a 50%.
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