Tesla China, SAIC, Chery, Geely, Great Wall Motors, Changan e BYD. São estes os agentes que parecem estar a produzir a mudança no mapa mundial das exportações de automóveis, colocando a China, pela primeira vez na história, no topo da lista dos países exportadores.
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A SAIC Motor, sediada em Xangai, foi a marca que mais contribuiu para a mudança de paradigma, sobretudo através da marca MG, que se comercializa também em Portugal. Por cada três automóveis exportados, um é fabricado pela SAIC. Já a BYD, que no ano passado se consagrou como a maior produtora de veículos elétricos e eletrificados (e que acaba de chegar a Portugal), ficou-se pelo 9º lugar, com 58 mil unidades exportadas.
Os dados são do primeiro trimestre, mas nada indica que o ritmo venha a abrandar. De acordo com a Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis, em Abril, o volume mensal de exportação atingiu as 376.000 unidades, um aumento de 170% quando comparado com o mesmo mês de 2022.
A Associação Chinesa de Automóveis de Passageiros prevê que a tendência de crescimento se mantenha, apontando um saldo anual para 2023 de quatro milhões de veículos exportados.
De notar que, antes de 2020, as exportações anuais de veículos da China andavam em torno de um milhão por ano. Foi em 2021 que o peso dos veículos chineses disparou para mais de o dobro, o que permitiu ao país reclamar um lugar no top-3, ultrapassando a Coreia do Sul e ficando atrás apenas da Alemanha (2º) e do Japão (1º). No ano seguinte, a China escalou mais um degrau, substituindo a Alemanha no segundo lugar, com 3,11 milhões de veículos exportados. E tudo aponta para que ainda neste ano se ponha em bicos dos pés e ultrapasse o Japão.
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Em termos de destinos, os dez principais mercados que contribuíram para o crescimento chinês foram a Rússia, os Estados Unidos, o México, o Reino Unido, a Bélgica, o Japão, a Austrália, a Alemanha, os Emirados Árabes Unidos e a Coreia do Sul, de acordo com a Administração Geral das Alfândegas da China.
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