Os carros clássicos continuam a mover cabeças por onde passam, não só por fazerem lembrar uma altura em que os automóveis não eram todos iguais, mas também por ser cada vez mais raro vê-los a rolar nas estradas portuguesas. Conheça os carros clássicos 4×4 que continuam tão atuais como no dia em que foram lançados.
Fiat Panda 4×4
Se até a colecção milionária de Ricardo Sáragga, avaliada em 11 milhões de euros e que foi a leilão no ano passado, tinha um Fiat Panda, não há lista que possa ser feita sem incluir este ícone citadino ao qual foram dadas capacidades extras. Com tração dianteira ou às quatro rodas, acionada por alavanca (e até em andamento!), o pequeno e leve Panda passou a prometer, a partir de 1983, levar o seu condutor a todo o lado, não o deixando ficar mal seja qual for o traçado. De referir que a mecânica 4×4, simples e eficiente, foi da responsabilidade da austríaca Steyr-Puch, que trabalha os Mercedes G-Class ou o Jeep Grand Cherokee. O apetecível Série 1 surgia com motor 965cc da Autobianchi.
Lada Niva
Ainda em produção, ao fim de mais de quatro décadas (mas com a designação de Lada 4×4), o Niva é um jipe russo que prima pela robustez, capaz de enfrentar um inverno na Sibéria, e, no caso das primeiras gerações, pelo charme de representar um mundo que já não existe. Com tração integral permanente, o Lada Niva apresentava características invejáveis para o todo o terreno, com ângulos de ataque de 38º, de saída de 32º e ventral de 30º. A potência máxima, de apenas 73 cv, era amplamente compensada pelo binário de 120 Nm.
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Land Rover Defender
O novo Land Rover Defender vai até entrar no próximo filme de James Bond. E, com uma ajudinha do 007, poderá vir a tornar-se um ícone. Mas, no imaginário coletivo, é o velhinho Defender que continua a inspirar emoções e suspiros. Apresentado pela primeira vez em 1948, conquistou prontamente pelas robustez e durabilidade, sendo que a marca estima que aproximadamente dois terços de todos os veículos produzidos ainda se encontrem em circulação. Mas o nome Defender só surgiria no início da década de 1990 (antes disso, eram denominados por Série 1, 2 ou 3). E, com este nome, ganhou o clássico motor turbodiesel Td5.
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Nissan Patrol
Mais uma lenda e um ícone entre os carros todo o terreno. O Patrol, disponível desde 1951, começou logo por se apresentar em várias soluções, mediante as necessidades: chassi de cinco portas com distância entre eixos curta (SWB) ou longa (LWB), sendo que a última deriva numa proposta pick-up e noutra de cabina. Destaque para os modelos de terceira geração, produzidos entre 1980 e 1989, que foram os últimos a ostentar a marca Datsun – tal como resto da gama Nissan, o Patrol perdeu a referência à Datsun em meados daquela década.
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Range Rover
Um todo o terreno de luxo, mas que é visto por muitos como uma obra de arte – não é à toa que foi exibido no Museu do Louvre. A primeira geração, construída entre 1970 e 1996, permanece como a mais emblemática. Entre as primeiras motorizações encontram-se motores Rover a gasolina (o V8 redesenhado a partir do original da General Motors) e a gasóleo, conseguindo-se facilmente distinguir estes modelos pelos faróis redondos.
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Suzuki Samurai
Um pequeno todo o terreno com desmesuradas ambições – tal como, aliás, o seu atual sucessor, o Jimny. De mecânica simples, este jipe é fácil de manusear, ainda que requeira uma sensibilidade extra – sendo pequeno e leve, até parece que foi feito para voar. Em 1984, este Samurai apresentou-se com um motor de 1,3 litros, 4 cilindros e transmissão manual de 5 velocidades. O charme é inigualável e vale-se das mexidas efetuadas nesta geração, tanto por fora (destaque para a mais corpulenta grelha dianteira) como por dentro, com bancos mais confortáveis e um painel atualizado.
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Toyota Land Cruiser
Com uma história de quase 70 anos, o Land Cruiser (cujo nome só surgiu uns anos após o arranque da produção) é reconhecido por aguentar temperaturas extremas, sendo extremamente popular tanto em África como na Oceânia. Também por isso é um dos veículos, ainda hoje, mais requisitados em conflitos armados. Para um uso de lazer, trata-se de um dos mais versáteis modelos da história dos jipes, sendo capaz de se adaptar a todo o tipo de necessidades: as configurações vão desde os jipes com capota em lona até versões mais familiares de cinco portas.
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