As carrinhas híbridas a gasóleo foram, durante algum tempo, um casamento que se julgou perfeito: unir uma poupada mecânica Diesel a um motor elétrico que conseguiria colocar a fasquia dos consumos ainda mais baixa, ao mesmo tempo que resolvia um dos maiores problemas dos automóveis movidos a gasóleo: as emissões de CO2 e de partículas nocivas para o meio ambiente e para a saúde humana.
Assim, chegou a existir um investimento nestas soluções. Mas, com as cada vez mais apertadas restrições aos carros a gasóleo – há regiões que já proibiram mesmo a circulação de ligeiros alimentados a gasóleo -, a maioria dos emblemas acabou por descartar esta solução, até porque não saía propriamente baratinha.
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Ainda assim, resistem no mercado, quer entre os novos quer nos usados, carrinhas a gasóleo (o sonho de há uma década de muitos automobilistas) apoiadas por um esquema elétrico – saiba qual se adequa melhor ao seu perfil e necessidades.
4 carrinhas híbridas a gasóleo
Mercedes-Benz C300 de Station
Se a ideia é adquirir uma viatura zero quilómetros, então a única marca que tem uma carrinha híbrida a gasóleo nova é a Mercedes-Benz, que continua a apostar numa tecnologia híbrida plug-in que combina uma mecânica turbodiesel e um motor elétrico. A fórmula surge com a denominação “de”, acrónimo de diesel elétrico.
Tecnicamente, o construtor recorre ao conhecido 2 litros com 194 cv e junta-lhe uma unidade elétrica de 90 kW (122 cv), alimentada por uma bateria de iões de lítio de 13,5 kWh, sendo este conjunto operado através de uma moderna caixa de velocidades 9G-Tronic, otimizada para um funcionamento híbrido.
Combinado, o conjunto debita uns expressivos 306 cv e um binário máximo de 700 Nm, disponível muito cedo (a partir das 1400 rpm) e por uma ampla faixa de rotação (até às 2800 rpm), números que permitem prestações de respeito, e que podem ser conjugadas com consumos baixos.
O 300 de admite o carregamento externo da bateria, o que permite percorrer até cerca de 40 quilómetros em modo elétrico (desde que não se carregue em demasia no acelerador…). Nos pontos negativos, uma mala “encolhida” pela arrumação das baterias, o que numa carrinha poderá ser confrangedor.
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Peugeot 508 RXH
A carrinha Peugeot 508 RXH é a variante híbrida do anterior Peugeot 508, com todas as credenciais reconhecidas do modelo, desde o interior confortável e espaçoso ao excelente desempenho dinâmico, somando-lhe a tecnologia híbrida que integrou um bloco a gasóleo. O botão de ignição começa por ligar o motor elétrico montado sobre o eixo posterior, que gera uma potência de até 37 cv. O binário em contínuo de 100 Nm também sobe até aos 200 Nm. A autonomia exclusivamente a eletricidade depende do nível de carga das baterias, e só consegue ser aproveitada desde que se circule a menos de 60 km/h. Já o bloco 2.0 HDi, de 163 cv, montado no eixo da frente, debita um binário máximo de 300 Nm às 1750 rpm.
Quando usados em conjunto, os dois motores permitem disfrutar de valências de um veículo de quatro rodas motrizes. O modo 4WD atribui a cada motor o respetivo eixo, mas a repartição do binário pode ir até 40% para as rodas posteriores. A gestão das quatro rodas motrizes, não permanentes, depende das condições de aderência e velocidade.
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Renault Grand Scénic Hybrid Assist
A Renault foi uma das marcas pioneiras entre os carros elétricos. Mas isso não significa que descurou a investigação da tecnologia híbrida, a qual começou a desbravar com um Diesel eletrificado.
A solução técnica que a marca francesa considerou para o Grand Scénic foi a mais simples e dispensava investimentos avultados, garantindo resultados interessantes. O sistema híbrido, denominado de Hybrid Assist, combina o 1.5 dCi de 110 cv e um motor elétrico de 10 kW, que substitui o motor de arranque e alternador e fornece assistência ao motor térmico, associado a um sistema elétrico de 48 V. A solução permite uma redução nos consumos e nas emissões até 10%, mas também melhores prestações graças à entrega de binário adicional que pode atingir os 15 Nm.
A Renault anuncia um consumo em misto de 3,6 l/100 km e emissões de CO2 de 94 g/km (em ciclo NEDC). A bateria de tração de 48 volts está escondida sob o piso traseiro, o que permitiu não mexer nas cotas de habitabilidade. Além disso, tanto a volumetria na bagageira como os sete lugares individuais foram mantidos.
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Volvo V60 D6 AWD PHEV
A marca sueca também foi das primeiras a utilizar um motor Diesel num híbrido com a função “plug-in”. A estreia da tecnologia deu-se na V60, uma carrinha espaçosa e confortável, que passou a conseguir percorrer até 35 quilómetros livres de emissões.
O módulo híbrido inclui uma bateria de iões de lítio de 11,2 kWh, localizada por cima das rodas traseiras, para alimentar o motor elétrico acoplado ao eixo anterior. O funcionamento da tecnologia gere-se mediante cinco modos de condução: Hybrid, Pure, Power, AWD, Save. Por defeito, a V60 PHEV arranca no primeiro, funcionando em simultâneo os dois motores: o elétrico com 68 cv e o Diesel de cinco cilindros em linha com 215 cv. O modo Pure permite a condução 100% elétrica, até uma velocidade máxima de 125 km/h. No modo Power, são os dois motores chamados à ação na potência máxima de 280 cv, enquanto a função Charge transforma o motor Diesel em gerador de energia elétrica, carregando a bateria até esta recuperar autonomia de 20 quilómetros.
A carga total da bateria, só é possível com fonte de alimentação externa, num posto público ou em tomada doméstica de 220V.
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