O antigo patrão da Fórmula 1 Bernie Ecclestone acumulou, ao longo da sua vida, lendas do desporto motorizado. Agora, com 94 anos, decidiu que não queria deixar os 69 automóveis como herança, arriscando o fim da coleção, e decidiu vender o conjunto de carros históricos.
A decisão foi anunciada no fim do ano passado e não foi preciso muito tempo para que se destacasse um interessado: Mark Mateschitz, o herdeiro da Red Bull, a empresa de bebidas energéticas cofundada pelo pai, Dietrich Mateschitz, cujo património líquido ascende a 40 mil milhões de dólares (a Forbes diz que é a 38ª pessoa mais rica do mundo).
Não há o valor exato do negócio, mas tudo aponta para que Mateschitz tenha pago cerca de 600 milhões de euros pela frota, que inclui Ferraris pilotados pelos campeões mundiais de F1 Niki Lauda, Mike Hawthorn e Michael Schumacher, Brabhams pilotados por Carlos Pace, Lauda e Nelson Piquet, e um Brabham-Alfa Romeo que foi conduzido uma única vez. E a transação não envolveu apenas dinheiro: o austríaco comprometeu-se a manter o conjunto e a torná-lo acessível ao público.
“Estou mais do que feliz com o destino que lhes foi dado. Não os teria vendido a ninguém se não soubesse onde iriam acabar. Vão construir algo como um museu e é aí que vão ficar”, disse Ecclestone à agência Reuters. E concluiu: “Foram para uma boa casa, que é o que realmente me interessa.”
Já Mateschitz, que detém uma participação de 49% na Red Bull desde a morte do pai, em 2022, manifestou-se feliz com o acordo e grato pela confiança: “Estou muito satisfeito por Bernie ter depositado a sua confiança em mim para cuidar desta coleção historicamente significativa”, disse ao “Daily Mail”, deixando a promessa de que aquela “será cuidadosamente preservada, expandida ao longo dos anos e, num futuro próximo, disponibilizada ao público num local apropriado”.
Os especialistas dizem que esta terá sido a maior transacção da história do colecionismo automóvel. O conjunto estava avaliado em cerca de 500 milhões de libras, perto de 600 milhões de euros.
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