O seguro automóvel é obrigatório. Sem ele nenhum carro pode circular e mesmo o facto de ter o veículo em garagem não impede que se tenha de assumir um seguro – a responsabilidade civil deve estar sempre resguardada desde que o automóvel reúna condições de circulação. Porém, há vantagens inegáveis, como a assistência em viagem que não se esgota no automóvel.
A assistência em viagem é, aliás, uma das coberturas mais importantes que o seguro automóvel faculta, já que também pode ser acionado pelo tomador, mesmo que a viagem não inclua o carro segurado, podendo ser chamada a intervir a partir de qualquer ponto, ou seja, independentemente da distância a que se está do domicílio. Além disso, as garantias oferecidas pela assistência em viagem vigoram em todos os países da União Europeia (e na maioria dos restantes do Velho Continente).
O que inclui a assistência em viagem?
Independentemente do país europeu onde se encontrar, a assistência em viagem inclui o fácil acesso a um assistente telefónico no momento do sinistro, mas também a alguém que pode prestar informações úteis durante o percurso (há até pacotes de assistência em viagem com serviço de conciérge, uma espécie de assistente pessoal para responder a todo o tipo de dúvidas).
Outras situações dependerão do seguro escolhido, mas pode estar incluída na assistência em viagem ajuda na substituição de um pneu, na falta de energia para mover o carro, seja esta de origem fóssil ou elétrica, ou mesmo quando há um erro no abastecimento (se verteu gasolina num Diesel ou o contrário, chame a assistência de imediato) ou caso tenha perdido as chaves (ou até deixado as mesmas no interior do veículo trancado…).
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A assistência em viagem servirá ainda para, em caso avaria, requisitar um veículo de substituição. No entanto, a disponibilidade da viatura de substituição será limitada e raramente é facultada em caso de acidente – tenha em atenção ao que o contrato do seguro diz sobre este item, já que pode ser muito diferente de companhia para companhia.
Além das várias garantias da assistência em viagem associada ao seguro, há instituições que apostam numa espécie de oficinas móveis, capazes de resolver pequenos problemas a meio do caminho: além de mudar um pneu, como referido, é possível ter os níveis dos fluídos repostos, se alguma luz relativa aos mesmos acender, trocar uma lâmpada fundida, que nos impediria de continuar a circular, ou fazer a mudança da bateria encostado a uma berma.
Assistência em viagem, com ou sem o seu carro
A assistência em viagem reflete o seu seguro: a ideia passa por minimizar imprevistos, logo há várias coisas que estão incluídas e que os tomadores dos seguros nem sequer sabem. É que a “assistência em viagem” não é “assistência em viagem enquanto conduz o seu automóvel”. Por exemplo, mesmo sem que o veículo em causa esteja envolvido, de qualquer parte do mundo, o tomador do seguro pode acionar a assistência – em caso de acidente, mas também se ocorrer doença súbita.
Em ambas as situações, no estrangeiro, poderão estar previstas as despesas médicas, cirúrgicas, farmacêuticas e de hospitalização. No entanto, salvo em situações de emergência médica, o tomador do seguro deverá seguir as indicações da assistência que tratará de o encaminhar a um serviço médico da sua escolha.
Além disso, algumas apólices preveem a possibilidade de um familiar se juntar ao tomador do seguro doente, responsabilizando-se pelas despesas com bilhete de ida e respetiva estada. A companhia poderá ainda adiantar fundos, caso esta cláusula esteja incluída – normalmente estas vantagens fazem parte de pacotes premium.
Leia bem o seguro antes de o assinar
Se é verdade que a assistência em viagem pode constituir um poderoso aliado do tomador de um seguro, por outro, é importante, antes de assinar o contrato com a seguradora, a leitura dos condicionantes, como, por exemplo, a quantidade de vezes que se pode chamar o reboque sem custos acrescidos. E, se se der o caso de já ter ultrapassado as vezes incluídas, é importante verificar o valor do reboque por quilómetro antes do mesmo carregar o carro.
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Outro fator a ter em conta é que, tal como acontece com o resto do seguro, se a assistência for acionada por um acidente ou uma avaria no decorrer de uma prática desportiva ou de competição poderá não servir para absolutamente nada. A maioria das apólices descarta este tipo de atividades, o que significa que o seguro deixa de ter validade assim que se inicia uma corrida numa pista, por exemplo.
No que diz respeito aos ocupantes, apesar de ser comum o referido anteriormente, como a cobertura das despesas médicas e farmacêuticas, assim como o repatriamento (tanto do veículo como do tomador, em vida ou após o falecimento), as despesas de funeral não fazem parte das obrigações das companhias de seguros.
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