A historia da Cupra

Redação

21/01/2022

5 min

A história da Cupra

A Cupra como marca é um bebé com menos de quatro anos. Mas, antes de ser um emblema, já era um modo de vida e reunia um séquito de fãs do espírito desportivo que cultivava ao serviço dos SEAT.

Corria o ano de 2018, quando a Cupra se emancipou, assumindo o seu lugar no mundo automóvel como uma marca autónoma, ainda que sob a proteção (e o empurrão) da SEAT, emblema espanhol que integra o Grupo Volkswagen. Para muitos foi uma operação suicida, mas o arrojo também lhe granjeou elogios.

Ainda assim, o arranque fez duvidar se não seria mais do mesmo, sendo que para primeiro veículo da sua gama foi apresentado uma versão de um SEATt: o Cupra Ateca, que foi levado ao Salão Automóvel de Genebra, ao mesmo tempo que era apresentado, num stand ao lado, o Leon ST Cupra R, o último SEAT a ser Cupra, mas não o último Cupra adotado da SEAT. Confuso? A imprensa especializada e os clientes também ficaram: afinal, o que distinguiria um SEAT Leon Cupra de um Cupra Leon?

A resposta chegou um ano depois, com o seu primeiro modelo construído de raiz, que brilharia em Genebra em 2019. O Cupra Formentor, um desportivo num corpo a reclamar estatuto de SUV, que impressiona pelo estilo agressivo, pela forma como abraça a estrada e pelas suas credenciais, sobretudo das declinações VZ (de veloz), de 245, 310 e 390 cv, as duas últimas com quatro rodas motrizes. Mas há mecânicas mais modestas, de 150, 190 e 204 cv, havendo até alternativas menos violentas para o ambiente, com os híbridos “plug-in” de 204 e 245 cv, capazes de percorrer cerca de 50 km sem emissões.

Quanto custa um Cupra novo?

Subitamente, a criação da Cupra fazia sentido: o Formentor nunca poderia ser um SEAT. Ao mesmo tempo, lançou o Cupra Leon, e o familiar compacto da SEAT parece ter desaparecido sob a capa Cupra, dando lugar a um automóvel completamente diferente.

A evolução continuou e, enquanto vão desenvolvendo o Cupra Tavascan, um SUV coupé com propulsão 100% elétrica, revelado em Frankfurt em 2019, lançaram no fim do ano passado o Cupra Born, um exercício desportivo, cheio de alma, genica e agilidade, 100% elétrico.

À conquista do reconhecimento

Ao mesmo tempo que saem para a rua modelos que não deixam ninguém indiferente, a Cupra aposta em esticar os seus tentáculos a outras áreas e assim obter o reconhecimento de que necessita. Atualmente, é um dos patrocinadores do Futbol Club Barcelona e, em 2020, o Formentor tornou-se o carro oficial do clube, ao mesmo tempo que o guarda-redes Marc-André Ter Stegen é um dos principais embaixadores da Cupra.

O Formentor foi ainda carro oficial do World Padel Tour, reunindo nesta modalidade vários embaixadores de peso: Fernando Belasteguín, Pablo de Lima, Alejandro Galán, Alejandra Salazar, Ariana Sánchez, Paula Josemaría, Agustín Tapia e o casal formado por Federico Chingotto e Juan Tello.

No mundo das artes, a Cupra conseguiu pôr um pé, recrutando figuras conhecidas, como os atores Daniel Brühl e Nathalie Emmanuel e o músico de jazz Kamasi Washington, tendo coproduzido uma série de ficção científica, criada por Albert Uria, com estreia prevista para este ano. Chama-se RPM e conta com Juana Acosta, Eduard Fernández e Natalia Reyes.

Antes de o ser já o era

A Cupra como marca pode ser muito recente, mas o nome não é estranho aos mais atentos. Afinal, já contava com uma história com mais de 20 anos quando deu o grito da independência.

Tudo começou em 1996, quando a Seat criou o nome Cupra (acrónimo para CUP-RAcing) para o inscrever nas versões topo de gama desportivas. O primeiro a exibir tal designação foi o Ibiza de segunda geração, que se apresentou com três portas e motor sobrealimentado de 16V, ostentando ainda a designação GTI, que viria a ser abandonada. Afinal, Cupra já era sinónimo de desempenho.

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Em 2000, o destaque foi para o Leon Cupra, mas ainda estavam mais mudanças na manga. Nos lançamentos que se seguiram, a SEAT passou a criar para-choques dianteiros e traseiros exclusivos e muito equipamento. Tudo para distinguir os Cupra da restante gama, com uma cartada guardada que foram as versões limitadas dos modelos que acumulavam o nome Cupra R (de Racer) e traziam uma mecânica mais apimentada e detalhes de design ainda mais únicos.

Ao longo dos anos, a Cupra desenvolveu uma linguagem de design muito própria, o que lhe permitiu conquistar os amantes do estilo desportivo e afirmar-se hoje como um emblema com futuro.

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