A expressão em português tem alguma piada, já que “wrapp” é embrulhar. E “car wrapping” podia ser, tão somente, embrulhar o carro, qual presente a entregar no Natal. Mas não. O “car wrapping” é, isso sim, um belo e económico presente para o dono de um carro farto da cor, cansado dos riscos, a desejar aquele mate dispendioso ou inovar com combinações de padrões à altura do seu gosto.
Melhor: o “car wrapping” é mais barato que uma nova pintura e preserva a pintura original quando se fartar ou quiser vender o veículo. Na verdade, é também uma forma de proteger a cor original.
Como se processa o “car wrapping”?
O processo é simples e usa um vinil de grande qualidade e resistência. Não compromete a pintura original do veículo, faz-se com alguma rapidez e, melhor de tudo, é reversível. Essa camada de vinil, como um tecido finíssimo, pode ter as cores e padrões que bem entender, e aplica-se em mate, metalizado, brilho, semibrilho, com textura ou fibra de carbono. E se pensava que este “makeover” só se fazia no exterior do veículo, desengane-se: o interior do veículo também pode sofrer estas transformações. Mais… o alvo pode nem ser um carro, mas um motociclo ou um barco ou as próprias jantes, frisos, grelhas ou outras peças cromadas.
Depois de aplicada, toda a película é escovada, o que oferece um acabamento perfeito em termos de uniformização da textura. Além disso, é resistente à água e a altas temperaturas. Quando lhe apetecer, é mandar tirar. Por baixo, imaculada, mesmo que custe a acreditar, estará a pintura original e sem riscos ou sinais do tempo e exposição ao sol.
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Quanto a cores, depende da marca, mas a maior parte oferece mais de 300 possibilidades de cores e combinações.
Quanto custa?
Mas vamos ao que interessa: quanto custa tudo isto? Na verdade, depende. O veículo tem de ser analisado no local e perceber o quão exequível é e o que há a ser revestido. Além disso, a cor e o revestimento que o cliente deseja também pesa na fatura, mas o valor pode variar entre os 500€ e mais de 5000€.
Se não incluir os espelhos, para-choques ou puxadores, consegue poupar alguma coisa, mas já se fazem muito boas e completas aplicações por 1500€.
O processo de aplicação pode demorar entre dois e três dias, dependendo do veículo e das escolhas do cliente, já que algumas peças terão de ser removidas, para uma aplicação mais perfeita e cuidada, e instaladas novamente.
Quanto mais peças a desmontar e a voltar a pôr no lugar, mais caro se tornará o capricho, uma vez que terão de ser contabilizadas mais horas de mão-de-obra.
Detalhe a ter em conta é que algumas empresas, por receio de não conseguir garantir a pintura original, recusam-se a fazer o serviço em viaturas que tenham sido produzidas antes de 2000.
Como conservar?
Não basta “embrulhar” o carro com um novo visual. Depois, há cuidados a ter, como lavar com alguma frequência, nunca recorrendo à escova nem à cera quente. É dar uso aos braços e fazer a coisa pessoalmente.
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A própria empresa onde fizer o “car wrapping” vai dar-lhe estes conselhos e poderá, inclusivamente, fornecer produtos de limpeza próprios para a manutenção e preservação da película. No entanto, também poderá encontrar soluções à sua medida.
Para saber onde realizar o “car wrapping”, faça uma pesquisa online e encontrará várias empresas que fazem a aplicação na sua área de residência. Poderá ainda obter algumas ideias sobre a competência dos vários locais ficando atento aos comentários em vários fóruns sobre a satisfação dos clientes.
E lembre-se sempre: valores muito baixos poderão ser razão para torcer o nariz e desconfiar.
Havendo mudança de cor, convém recordar que a legalização no IMT tem de ser feita e a alteração registada por um custo de 30€. O melhor de tudo? O serviço pode ser feito online.
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