Na era da eletrificação do automóvel, não se despreza nenhum caminho. Os fabricantes admitem todos os tipos de fórmulas que possam acelerar o ritmo da mudança de paradigma na indústria. Mas se a aposta no formato SUV é, aparentemente, garantia de sucesso, estimando-se que este tipo de carroçaria possa crescer 300% nos próximos três anos, enquanto os híbridos a gasolina tendem a aparecer na linha da frente desta corrida à apregoada “ecomobilidade”, o recurso aos híbridos a gasóleo não é tão frequente.
Seja pelo atual período de descrédito das mecânicas a gasóleo ou pelas importantes limitações técnicas (peso, custos de produção superiores), a solução mais engenhosa para ajudar os motores Diesel a poluírem e a consumirem menos parece estar nos mild-hybrid (semi-híbrido), com um sistema elétrico de voltagem inferior a 60 V a apoiar o motor de combustão.
Conheça as opções de SUV híbridos a gasóleo disponíveis no mercado.
Mercedes-Benz GLE 300de 4MATIC
SUV híbrido ‘plug-in’ a gasóleo no mercado há o Mercedes-Benz GLE 300de. Tecnicamente, este automóvel partilha a totalidade do sistema elétrico com o Classe E, com o Diesel de 4 cilindros, 2 litros de capacidade, injeção direta common rail, turbina de geometria variável e sistema moderno de descontaminação dos gases de escape (AdBlue), em associação a um motor elétrico com 122 cv (90 kW) integrado na caixa automática de 9 velocidades. O pacote de baterias de iões de lítio tem 13,5 kWh de capacidade e o carregador de 7,4 kW (de série) permite recuperar de 10 a 100% da carga em 2h30. Teoricamente, o Mercedes-Benz percorre 50 km com a mecânica térmica parada, à velocidade máxima de 130 km/h. Quanto a prestações, o rendimento combinado do sistema atinge os 320 cv e os 700 Nm, números responsáveis por performances de muito bom nível – 210 km/h velocidade máxima e 6,8 s de 0 a 100 km/h. Para este SUV híbrido, a Mercedes-Benz homologou uma média de 0,8 l/100 km, com média de 20 g/km nas emissões de CO2.
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Kia Sportage 1.6 CRDI 7DCT MHEV
A novidade mais importante do catálogo do revisto Sportage está na mecânica, com a introdução da inédita versão Eco-Hybrid, uma motorização semi-híbrida Diesel, baseada, como é habitual nos mild-hybrid, num sistema de 48 volts e num gerador que substitui o alternador convencional e tem como missão assistir o motor a gasóleo 1.6 CRDi. Com esta solução a Kia afirma que pode conseguir uma redução de 15% nas emissões de CO2, em 4% no novo ciclo WLTP e de 4% nos consumos. Ao contrário dos esquemas híbridos tradicionais, no Sportage o motor elétrico não transmite a potência diretamente às rodas motrizes, sendo antes um auxiliar do motor de combustão, por via de uma correia de transmissão. Esta unidade atua essencialmente nos arranques e nas subidas, transmitindo força adicional e reduzindo, assim, o esforço solicitado ao motor de combustão. Por outro lado, nas descidas, em desaceleração ou nas travagens, a energia cinética do veículo é convertida em energia elétrica para recarregar a bateria. E sempre que não há solicitação do acelerador, o motor de combustão desliga abaixo dos 30 km/h, aumentando a poupança.
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Audi Q5 40 TDI
Já disponível para encomenda desde junho, a primeira atualização da 2.ª geração do Audi Q5 deverá chegar ao mercado no outono, com mais e melhores conteúdos técnicos e tecnológicos, uma imagem retocada e mais 19 mm de comprimento. Entre as novidades, o sistema de infoentretenimento MIB3 com um processador mais rápido, que alimenta o monitor tátil de 10,1’’ no topo do painel de bordo, ao centro, que se combina com o Audi Virtual Cockpit (monitor com 12,3’’) e Head-Up Display em opção. No lançamento, só uma versão: o 40 TDI com motor 2.0 a gasóleo (204 cv), caixa automática de 7 velocidades (S tronic) e tração integral. Neste SUV, além da bateria convencional de 12V, existe uma bateria complementar de 48V, de iões de lítio, para armazenamento da energia recuperada por uma máquina elétrica durante as desacelerações e travagens. Este sistema encarrega-se do arranque da mecânica de combustão interna (que pode desligar-se na condução para permitir o movimento por inércia), contribuindo para redução dos consumos e das emissões de escape. A marca anuncia 5,3 l/100 km de consumo médio.
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Range Rover Evoque MHEV
Na segunda geração do Evoque, o SUV compacto da Land Rover recorre a uma evolução da plataforma do antecessor, a permitir mais rigidez (13%), cotas habitáveis mais generosas e compatibilidade com diferentes níveis de eletrificação – híbrido plug-in e mild-hybrid. O primeiro, em exclusivo com o novo bloco de 1,3 litros a gasolina da marca; o segundo compatível com os Diesel na gama. Assim, no portefólio do novo Range Rover Evoque, com exceção da motorização D4 (2.0 Diesel/150 cv) quando combinada com a caixa manual e tração dianteira, todas as outras são MHEV (Mild-Hybrid Electric Vehicle), designação utilizada pelo fabricante para designar o seu sistema de hibridização leve, que recorre a um sistema elétrico paralelo de 48 V, associado a uma bateria de lítio composta por 14 células de 8 Ah e um motor-gerador ligado por correia à cambota. Como outros sistemas semelhantes, não permite a condução em modo exclusivamente elétrico, mas apoia a ação do Diesel para redução de 6% no consumo de combustível (menos 8 g/km de CO2). Também melhora as prestações, graças aos 140 Nm de binário extra fornecidos pelo motor elétrico, no arranque, nas retomas de velocidade em acelerações fortes. No Evoque MHEV, o sistema start-stop desliga o motor ainda com o carro em movimento, até uma velocidade de 17 km/h. O sistema está disponível nas versões de 150, 180 e 240 cv, associados a uma caixa automática ZF de nove velocidades e tração às quatro rodas.
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