A Lamborghini está na fase final do “Direzione Cor Tauri”, programa que tinha como objetivo, precisamente, reduzir as emissões de CO2 em 50% até 2025. Para cumpri-lo, a marca italiana do Grupo VW projetou um pacote de investimentos de mais de 1500 milhões de euros, num plano em três fases: na primeira, em 2021 e 2022, produção de motores a gasolina ainda mais potentes para versões novas de Huracán, Aventador e Urus, incluindo dois V12; na segunda, em 2023, no 60.º aniversário da marca, lançamento do primeiro híbrido fabricado de série, o Revuelto (o Sián fez-se apenas numa edição limitada a 63 unidades); e, em 2024, a conclusão da eletrificação da gama, com a apresentação do primeiro 100% elétrico. Chama-se Lanzador, nome de touro bravo, como manda a tradição, e ainda não chegou às estradas. A Lamborghini, afirma o presidente Stephan Winkelmann, não ambiciona antecipar-se às rivais! O objetivo, diz, é: “sermos os melhores”.
Quanto custa um Lamborghini novo?
E, pelo menos, no estilo preconizado pelo concept já revelado, não há nada igual: o Lanzador apresenta-se como crossover de três portas, de linhas super agressivas e aerodinâmicas, e com interior inspirado na aviação, na configuração de 2+2 lugares. A marca chama-lhe Super GT, algo a meio caminho entre o SUV Urus e o muito mais radical Huracán Sterrato.
ADN desportivo
Desde o início da década, a Lamborghini teve anos consecutivos de crescimento nas vendas, êxito a que não é alheio o lançamento do Urus, o primeiro SuperSUV com tudo o que associamos ao ADN da marca italiana, do desenho às proporções da carroçaria, do motor às performances e à dinâmica desportiva, com prazer de condução e emoções à Lamborghini. Agora, o desafio do Lanzador será afirmar-se como representante legítimo desta linhagem, mas trocando os potentes motores de combustão por elétricos.
Ainda pouco se sabe sobre o sistema elétrico que dará vida ao novo modelo de Sant’Agata Bolognese, mas podemos acreditar que a plataforma será, certamente, a versátil e moderna SSP, que pode montar opções com três e até quatro motores elétricos. Em que ficamos?
Aponta aos 1000 kW de potência
O primeiro modelo 100% elétrico da marca de Sant’Agata Bolognese será animado por dois motores elétricos (um por eixo) que, em conjunto, rendem mais de 1000 kW (1360 cv!).
Atualmente, no catálogo da Lamborghini, o Revuelto possui um sistema híbrido que combina a potência dos motores elétricos com a variante atualizada do V12 de 6,5 litros para debitar nada menos que 825 cv às 9.250 rpm e 725 Nm. O que resulta numa potência total de 1.015 cv.
Já o Lamborghini Temerario, também equipado com sistema híbrido, que casa motor a gasolina que desenvolve 800 cv, (potência específica de 200 cv/litro!), conta com três motores elétricos de 150 cv integrados com o objetivo de tornar toda a cadeia cinemática muito compacta. O resultado são 920 cv.
O Lamborghini Lanzador não poderia chegar ao mercado com credenciais inferiores, até porque a sua natureza elétrica obriga os italianos a puxar dos galões. Será elétrico, sim, aborrecido, nunca!
A tecnologia da bateria é outro mistério por desvendar, mas os primeiros avanços sobre o tema afirmam que o Lanzador terá autonomia máxima de 560 quilómetros entre carregamentos.
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