Bentley é, há mais de um século, sinónimo de combinação exclusiva de design e tecnologia, mas também de altas performances. O novo Flying Spur materializa em rigor essa filosofia britânica de pensar os automóveis de luxo, e traz consigo a versão mais potente de sempre para este modelo de quatro portas.
Com a designação Speed, monta o novo sistema de propulsão denominado de “Ultra Performance Hybrid”, que quase dispensa apresentações: é um híbrido, como o nome indica, plug-in, de ligar à corrente, e que atinge uma potência combinada de 782 cv e 1000 Nm de binário. São mais 147 cv e 100 Nm do que o anterior topo de gama, com mecânica de 12 cilindros a gasolina. O que permitiu, obviamente, progressos também ao nível das prestações: a marca anuncia 3,5 segundos de 0 a 100 km/h, em vez dos 3,8 segundos medidos na versão W12 que sai de cena. A Bentley iniciou a carreira do Flying Spur apenas com a motorização W12, tendo o V8 biturbo de 550 cv entrado em cena no final de 2020. Os dois despedem-se do catálogo.
Silêncio, que se vai conduzir elétrico
A bateria tem capacidade útil de 26 kWh e pode ser recarregada com corrente alternada de no máximo 11 kW, ou durante a condução. O sistema elétrico reduz espaço no porta-bagagens, que oferece uma volumetria total de 346 litros. Sofrível para um automóvel que mede mais de cinco metros (5,32 m de comprimento, por 1,98 m de largura e 1,48 m em altura). É que a conceção do Flying Spur privilegia claramente as quotas interiores de habitabilidade, em vez da capacidade da mala. A distância entre eixos atinge uns enormes 3.194 mm, o que se traduz em fartura de centímetros livres a bordo, em todas as direções. Espaço e muito luxo.
Cinco metros de luxo
A renovação exterior inclui uma nova grelha, para-choques redesenhados, um novo difusor e uma nova opção de jantes de 22 polegadas com dez raios. Já no interior, a Bentley estreia um padrão acolchoado Precision Diamond nos bancos e revestimento em pele com padrão 3D Precision Diamond nas portas e nos pilares B.
O interior do novo Flying Spur pode ser decorado a gosto. As opções incluem a escolha entre um ecrã de alta-definição de 12,3”, três mostradores analógicos ou uma superfície contínua de madeira artesanal, a que se soma uma lista de refinados itens no catálogo das opções pagas à parte.
A Bentley fala ainda em “dezenas de milhares de milhões de possibilidades de configuração à escolha, dada a infinita gama de possibilidades oferecidas pela Mulliner”, a divisão da Bentley dedicada à construção de carros sob medida.
Só a gama de pinturas tem 101 referências, mas pode incluir tintas personalizadas. No interior, a oferta inclui 22 cores primárias de couro, 11 tonalidades secundárias e quatro combinações de cores principais, o que permite mais de 700 combinações, somente no couro! E antes de adicionar costuras contrastantes ou detalhes personalizados. Depois há os folheados de madeira, os alumínios, os cromados, o carbono…
Os quatro assentos (é um 2+2 para garantir conforto máximo em quatro poltronas individuais), podem surgir equipados com sistema de ar condicionado e câmaras pneumáticas para minimizar o cansaço.
O recheio tecnológico também é de luxo, incluindo luzes full-LED Matrix, sistema de visão noturna (Night Vision) e Head-up display, além de cruise control ativo com vários controlos automáticos (faixa, velocidade e distância), para condução autónoma de Nível 2.
Tudo fabricado artesanalmente na Dream Factory da Bentley, em Crewe, com um número praticamente ilimitado de configurações possíveis. São empregues cerca de 100 horas para cada unidade que saia pronta da linha de produção.
Base (re)conhecida
Construído com recurso unicamente a ligas ligeiras, como alumínio e carbono, o Flying Spur está desenvolvido ao milímetro para disfarçar os mais de 2300 kg que acusa na balança e surge incrivelmente equilibrado. Da direção à travagem.
A plataforma é a mesma da geração cessante, arquitetura partilhada com o Porsche Panamera. Mas dispõe de suspensão pneumática que conta com novos amortecedores variáveis, e que agora contam com válvulas independentes para regular o fluxo de óleo na compressão e na extensão.
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De acordo com a Bentley, essas mudanças permitiram manter intactas as credenciais dinâmicas no modo Sport, nomeadamente a atitude em curva, mas “melhoraram significativamente” o conforto no modo Comfort. Conta ainda com sistemas como o Performance Active Chassis, Bentley Dynamic Ride e rodas traseiras direcionais, para apurar o desempenho em todos os modos de condução.
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