A Audi está a arrumar a casa e, com isso, optou por descontinuar o bem-sucedido A4, sucessor do Audi 80, já que os números pares passam a ficar reservados aos elétricos, que já são um trio: depois do Q4 e do Q8, o Q6, do segmento médio, está a chegar por estes dias. Com esta política, passa o A5 a assumir o lugar privilegiado de dar resposta ao segmento dos executivos médios “premium”.
O novo A5 chega, até ao final do ano, em forma de berlina e carrinha, com cinco portas em ambas as carroçarias, 4,83 metros de comprimento e 1,86 m de largura. A distância entre eixos de 2,896 metros foi usada para aumentar o espaço na segunda fila, onde dois adultos sentir-se-ão como que numa sala de estar (três, que se conseguem arrumar, irá penalizar quem ocupa o lugar do meio), e não tanto para oferecer uma generosa bagageira: a berlina arruma 445 litros; a carrinha, 476 litros (menos que o A4 e também que a maioria dos rivais). De série, em todas as versões, há porta da bagageira com abertura e fecho automáticos.
O Audi A5 é proposto em quatro novas variantes: como A5 e S5 Limousine e como A5 e S5 Avant, sendo os primeiros modelos a serem lançados sobre a Plataforma Premium de Combustão (PPC), desenhada especificamente para automóveis movidos por combustíveis fósseis (assim como a PPE foi delineada para servir modelos elétricos).
Mild hybrids, primeiro; depois, plug-in
Por altura do lançamento, as mecânicas dividem-se por quatro motores, todos com algum tipo de apoio elétrico, à exceção do bloco de entrada de gama, o 2.0 TFSI 150 cv, que resiste ainda à eletricidade.
Os restantes, que contam com um sistema de hibridização que se situa a meio caminho entre um híbrido leve e um híbrido convencional, dividem-se entre dois a gasolina (2.0 TFSI MHEV de 204 cv e 3.0 TFSI V6 MHEV de 367 cv) e um Diesel (2.0 TFSI com 150 cv). Mais adiante poderemos contar ainda com, pelo menos, um plug-in e… um R5!
O sistema híbrido, explica a marca, inclui duas máquinas elétricas: uma, que põe o motor de combustão a trabalhar e alimenta os consumidores elétricos convencionais, e outra, de 24 cv e 230 Nm, que é capaz de mover o carro sem a intervenção do motor de combustão, embora apenas a velocidades muito baixas e em condições muito específicas (manobras de estacionamento, por exemplo). Também significativamente mais potente é o sistema de travagem regenerativa, que pode recuperar 25 kW de potência máxima.
Veja todos os Audi A5 usados à venda no Standvirtual
Tanto o motor a gasolina de 204 cv como o de 367 cv chegam com um turbocompressor de geometria variável, que permite uma resposta mais rápida do motor, mesmo quando este está a trabalhar a rotações muito baixas. A caixa de velocidades é sempre automática e a tração pode ser dianteira ou integral (quattro), consoante o motor selecionado.
O motor mais potente é o da versão mais desportiva, o chamado S5 (e S5 Avant), que inclui uma afinação diferente para a suspensão, direção e outros elementos que afetam diretamente a condução, como um diferencial traseiro com sistema de vetorização de binário e vários elementos estéticos distintivos, tanto no exterior como no interior.
Habitáculo digital
Uma das grandes novidades do A5 encontra-se no seu interior, com um tablier totalmente repensado e que passa a ser composto por um painel curvo e fluído, a que a Audi chama de
ecrã panorâmico MMI e que consiste em dois ecrãs OLED: o Virtual Cockpit de 11,9 polegadas e um centro de controlo do sistema multimédia de 14,5 polegadas. Além disso, pode ser acrescentado um terceiro ecrã à frente do passageiro, a partir do qual é possível reproduzir conteúdos multimédia. O condutor pode ainda apoiar-se num opcional head-up display de realidade aumentada, que promete transformar a experiência de condução.
Leia também: