Naquela que foi uma das semanas mais importantes para o futuro da Alfa Romeo, o Governo de Itália declarou que a utilização do nome “Milano” – escolhido pela Marca para o seu novo modelo desportivo compacto, recentemente revelado – é proibida por lei.
Em Itália existe uma lei que obriga que todos os produtos com forte identificação italiana têm de ser produzidos em solo italiano, e o primeiro 100% elétrico da Alfa Romeo será produzido na fábrica polaca de Tychy.
O nome “Milano” foi escolhido para prestar homenagem à cidade onde a história da Alfa Romeo começou, em 1910. Apesar de a Alfa Romeo acreditar que o nome cumpria todos os requisitos legais e que existem questões muito mais importantes do que o nome de um novo automóvel, a Alfa Romeo decidiu alterá-lo de “Milano” para “Alfa Romeo Junior” no espírito de promover a
compreensão mútua entre o governo e o construtor.
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Segundo Jean-Philippe Imparato, CEO da Alfa Romeo, “decidimos alterar o nome, apesar de sabermos que não somos obrigados a fazê-lo, porque queremos preservar a emoção positiva que os nossos produtos sempre geraram e evitar qualquer tipo de controvérsia. A atenção que recebemos nos últimos dias para o nosso novo modelo compacto desportivo é bastante entusiasmante, uma vez que tivemos um número sem precedentes de visitas ao configurador online, o que fez com que o website ficasse bloqueado durante algumas horas.”
As encomendas do Alfa Romeo Junior abrem no próximo dia 12 de maio para a versão 100% “Elettrica”, sendo que uma versão “Ibrida” ficará disponível durante o mês de Junho.
Origem do nome “Alfa Romeo Junior”
Após o sucesso do Giulia e da sua versão coupé Giulia Sprint GT, concebida por Giugiaro para a Bertone, a Alfa Romeo passou a ter como objetivo atrair um público mais jovem e mais recente, ávido de um automóvel brilhante e exclusivo, sem custos excessivos de aquisição e de operação.
A 26 de setembro de 1966, o GT 1300 Junior foi apresentado em Balocco e, apesar da ausência do nome “Giulia”, tornou-se o líder de uma nova geração Alfa Romeo. De facto, as versões semelhantes da gama Spider seriam também identificadas com a referência Junior.
A principal variante mecânica é a adoção do motor de 1290 cc e dupla árvore de cames à cabeça, que – graças à fonte de alimentação única e à nova regulação das válvulas – debita 89 cv para uma velocidade máxima superior a 170 km/h, apenas ligeiramente inferior à do 1600, bem como o facto de poder proporcionar prestações e prazer de condução mais elevados. A carroçaria também foi atualizada com um acabamento dedicado e mais jovem.
Com vendas superiores a 92.000 unidades, o GT 1300 Junior tornou-se, rapidamente, no modelo mais vendido da gama e um verdadeiro símbolo de status da sua época.
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