Furar pneu estrada pedir reembolso

Redação

29/11/2023

4 min

Furou um pneu num buraco na estrada? E agora?

As rodas sobressalentes dos automóveis não estão na lista de prioridades da maioria dos condutores. Muitas vezes, apenas quando aparece um pneu furado é que se descobre onde está guardado o sobressalente ou simplesmente que ele não existe. Sim, porque a grande maioria dos carros novos vendem-se sem pneu sobressalente… No local onde deveria estar a roda de substituição de dimensões normais, encontra-se outra, mais pequena e estreita, a qual rapidamente ganhou a designação de pneu de emergência. Embora com a aparência de um pneu normal, apenas permite rodar a velocidade muito limitada (80 km/h) e em distâncias curtas. Grandes vantagens: poupa espaço na bagageira e é mais leve.

Pneu suplente carro Standvirtual

À partida, a ideia parece boa, mas ainda há quem torça o nariz. Mas, o processo de emagrecimento forçado dos veículos, em nome da redução de consumo e emissões, tem trazido outras soluções. A roda foi substituída por um kit de reparação ou pneus especiais que podem continuar a rodar mesmo depois de furados. Chamam-lhes Run-Flat. Os construtores justificam com números estatísticos: a roda sobressalente só é necessária, em média, cada 5 ou 6 anos; rouba espaço e aumenta o consumo de combustível e, consequentemente, as emissões de CO2.

Como os furos não têm horas marcadas, os dias da antiga roda sobressalente não acabaram. De resto, esta apresenta várias vantagens importantes. Desde logo, porque basta o trabalho da troca deste equipamento para poder prosseguir a viagem sem restrições. Já o caso da roda de emergência é bastante diferente. A velocidade máxima é limitada a apenas 80 km/h, o que obriga a adequar a condução à diminuição da estabilidade do veículo. Por isso, deve ser utilizado durante o tempo estritamente necessário, até à oficina mais próxima. Será preferível montar pneus com sistemas tipo Run-Flat? Em princípio, a resposta é afirmativa, porque não implicam a troca imediata em caso de furo, permitindo-nos continuar a circular. Contudo, não permitem velocidades elevadas. E são caros!

Artigo relacionado: Pneus Run Flat: o que são e como funcionam

Sobre os kits de reparação ou espumas antifuros, quem os usou debaixo de chuva sabe perfeitamente que a missão não é fácil, além de arriscar uma valente constipação. Sendo que, remendando o pneu deste modo, também só poderá circular até 80 km/h, e por pouco tempo – depois, os pneus deverão ir para o contentor do lixo, pois não admitem quaisquer remendos.

E de quem é a culpa?

Nem todos os danos nas rodas são provocados por ação indevida ou distraída do condutor. Os buracos na estrada nem sempre estão devidamente sinalizados. E quando tal acontece pode e deve exigir reembolso à entidade responsável pela manutenção da via. Para o efeito, vai ter de reunir provas que permitam demonstrar de forma inequívoca que a responsabilidade é da empresa concessionária da estrada, de uma Câmara Municipal ou da Infraestruturas de Portugal.

O Automóvel Club de Portugal (ACP) elaborou uma lista de procedimentos, que deve cumprir rigorosamente se pretende ser indemnizado pelo sucedido:

1.Tire fotografias ao buraco na estrada causador do dano.

2.Chame as autoridades (como a PSP ou GNR) ao local, para efetuarem o levantamento do auto.

3.Contacte com a entidade responsável pela via, para comunicar a ocorrência, reportando os elementos anteriores, de modo a ser efetuada uma peritagem e a orçamentação do dano.

Não precisa furar para ter problemas

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O embate violento de um pneu no lancil do passeio ou noutro obstáculo rígido provoca arrepios. Sabe-se como é importante para a segurança da condução que os pneus estejam em perfeitas condições e também que são caros – se o incidente causar estragos irreparáveis e implicar a compra de um pneumático novo.

O embate em pedras ou a passagem por estradas muito degradadas, mesmo a velocidades moderadas, também agridem os pneus. Na maioria destes casos, os pneus não perdem imediatamente pressão (o que é traiçoeiro…).

Lembre-se que rodar com o pneu quase vazio acentua ainda a fricção do pneu ao dobrá-lo em contacto com o solo e sobre os rebordos da jante, provocando aquecimento excessivo da borracha – e, logo, risco superior de rebentamento.

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