A verificação da pressão e a observação do estado do piso dos pneus não são as únicas práticas de manutenção importantes para que as “borrachas” no seu carro tenham prestações corretas e uma vida útil mais prolongada. É necessário também estar atento a eventuais desequilíbrios devido a impactos, que só se corrigem com a calibragem e o alinhamento das rodas.
Para que serve o alinhamento?
De acordo com os especialistas, um carro desalinhado, por exemplo com um fator de 2,5 graus de convergência, pode provocar um aumento de até 16 por cento no consumo de combustível, além de que reduzirá a vida de um pneu em cerca de 20 por cento. Números que ajudam a explicar por que é tão importante que se proceda ao alinhamento dos pneus sempre que colocam novos (ou no caso de um embate num passeio ou de uma passagem mais violenta num buraco).
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Como sei que está desalinhado?
O pneu é uma espécie de caixa negra do automóvel, uma vez que regista os erros cometidos pelo seu condutor, seja numa falha pontual ou numa utilização continuada. As marcas ficam gravadas na borracha.
Através de um simples exame visual, conseguimos analisar vestígios de pancadas e também o estado de desgaste dos pneus e verificar se este está a acontecer de forma irregular. Mas há outros sintomas de uma situação de desequilíbrio nas rodas de um veículo, como o desconforto no rolamento, durante o qual surgem vibrações na direção que poderão causar danos na própria estrutura do veículo. Isto porque as vibrações propagam-se para outros componentes e órgãos mecânicos, como a suspensão, acelerando a sua degradação.
O surgimento precoce de ruídos parasitas nos componentes do interior da viatura, como o tablier, consola e painéis das portas, também podem ser o resultado de rodas desalinhadas durante um longo período.
Como funciona o alinhamento 3D?
Regularmente, devemos proceder à verificação e, se necessário, à correção da geometria do veículo. As três formas de proceder à medição do alinhamento das rodas são semelhantes.
No método tradicional, a medição é feita por meio da projeção de um canhão de luz. Outro método, segue o mesmo procedimento, mas usa laser, o que aumenta consideravelmente a precisão. Em ambos, o equipamento emissor de luz ou de laser está preso à roda do carro e o feixe luminoso é apontado para o painel onde são feitas as respetivas medições.
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No entanto, nenhuma oferece a garantia de precisão do alinhamento 3D, que é também o procedimento mais caro dos três.
Em causa estão dois grandes ângulos, nomeadamente o sopé, que confere um desgaste muito particular aos pneus na zona dos ombros, e ainda a convergência, fator que determina a resistência ao rolamento, pois garante o paralelismo entre as rodas – se elas não estiverem de facto paralelas, vai haver arrastamento e, por via disso, aumento do consumo de combustível por um acréscimo de esforço mecânico e um desgaste anormal dos pneus.
Como funciona?
Com o método de alinhamento 3D, é feita a medição das três dimensões através de um programa de computador que contém informações de fábrica dos automóveis e é ajustado com as medidas exatas do veículo. Esses dados são, então, comparados com os obtidos por meio da medição para, em caso de necessidade, se realizarem os ajustes.
O mecânico começa por instalar sensores nas quatro rodas do veículo e movimenta os pneus nas várias direções: para frente, para trás e para os lados. Uma câmara presente no equipamento captura as informações recolhidas pelos sensores e estes dados são analisados pelo programa de computador, que compara com as especificações de fábrica.
O diagnóstico é feito por computador, que também debita todas as informações sobre os ajustes necessários.
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