Os construtores optam cada vez mais por seguir as leis do mercado que glorificam os SUV com formas mais redondas e maior vocação citadina e colocam os jipes com reais aptidões TT entre as espécies ameaçadas. Haverá ainda solução para os fãs da condução longe do asfalto? Estes quatro SUV não o vão deixar ficar mal!
Land Rover Defender 110 P400 S
Entre os proprietários do modelo de referência entre os 4×4 puros, no catálogo da Land Rover desde 1990, a chegada de uma nova geração com posicionamento (ainda) mais premium foi tudo menos pacífica. Mas, independente das críticas lançadas à nova imagem e ao upgrade tecnológico, há algo que não mudou no ícone britânico: as fantásticas credenciais off-road.
A Land Rover recorreu à plataforma D7x (o x significa para utilização extrema), de construção monobloco leve em alumínio — até 2016, estrutura de longarinas e travessas com eixos rígidos —, para criar a carroçaria mais rígida de sempre da marca.
Três vezes mais rígida do que os desenhos tradicionais da carroçaria e chassis, é a base perfeita para a suspensão independente pneumática ou helicoidal, ao mesmo tempo que permitiu a integração dos sistemas mais modernos do Terrain Response 2, que inclui função Wade que facilita passagens a vau, incluindo transposição de cursos de água. O programa é tão completo que reconfigura o funcionamento da ventilação e a circulação do ar no interior do automóvel, suaviza o funcionamento do acelerador, aumenta a altura da carroçaria ao solo (a suspensão pneumática permite até mais 75 mm ou menos 50 mm), regula a atuação dos diferenciais e ativa o programa Wade Sensing para o condutor observar o nível de água por onde… acelera. Não há SUV mais capaz em fora de estrada.
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Jeep Compass Trailhawk 4xe
A versão híbrida plug-in do Compass combina o motor elétrico que atua no eixo traseiro (até 130 km/h) e o bloco 1.3 a gasolina que faz mover as rodas da frente, configurando 240 cv de potência, boa tração e força disponível para gerir em cinco modos de condução do Select-Terrain: Auto, Neve, Areia, Lama e Pedras. Cada um destes programas regula a assistência da direção, resposta do acelerador e da caixa de velocidades, do controlo de tração, estabilidade e ABS, de acordo com as características do piso. Depois ainda há a função 4WD Lock, para condução sempre com tração às quatro rodas e o modo 4WD Low, que replica o efeito de uma transmissão com redutoras.
A todo este manancial para a condução em todo-o-terreno, a versão Trailhawk ainda acrescenta ao Compass proteção adicional em chapa no fundo, suspensões off-road que são 1,3 cm mais altas do que as convencionais (total de 213 mm) e melhorados ângulos de ataque (30,4) e de saída (33,3). Por tudo isto, nenhuma dúvida que, não sendo um 4×4 puro e duro como o Wrangler, este SUV exibe os pergaminhos da Jeep em fora de estrada.
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Nissan X-Trail e-Power
O X-Trail IV surge com base na mesma plataforma do novo Qashqai (arquitetura técnica CMF-CD, desenvolvida com a parceira Renault e preparada para as fórmulas de eletrificação), mas com distância entre eixos esticada e altura ao solo desafogada, confirmando a vocação mista dentro e fora de estrada.
O SUV de 7 lugares combina tecnologia híbrida e-Power com sistema e-4ORCE, com uma resposta de passagem de binário para o trem traseiro 10.000 vezes mais rápida do que um sistema mecânico de tração integral. Com a tecnologia e-4ORCE, o binário é distribuído para a frente e para trás para maximizar a aderência dos pneus de acordo com as condições da superfície da estrada e a posição do automóvel, enquanto a travagem é controlada individualmente em cada uma das quatro rodas.
Graças a este controlo preciso do sistema de dois motores e das capacidades de vectorização de binário de travagem, o automóvel mantém o rumo certo quer a estrada esteja molhada, com óleo, escorregadia com folhas molhadas ou coberta de neve, sendo que o binário máximo instantâneo garante também capacidade para rolar sobre areia, lama, pedras ou terra, mesmo apresentando-se equipado com rodas de 20 polegadas que desaconselham o off-road.
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Dacia Duster Blue dCi 115 4×4
A Dacia só disponibiliza o sistema de tração integral no Duster com a motorização 1.5 Diesel de 115 cv, configurando uma das propostas mais acessíveis para quem procura um SUV para levar por maus caminhos.
Além das boas credenciais enquanto veículo todo-o-terreno, com 21,4 cm de altura livre ao solo e ângulos de ataque, saída e ventral de 30º, 33º e 21º, respetivamente, o Duster 4×4 também difere da variante de tração dianteira por contar com suspensão traseira multibraços e relação de transmissão mais curta, servindo de ajuda para criar mais força ao enfrentar situações complicadas, como subidas íngremes em pisos de fraca aderência.
Os pneus Goodyear Vector 4Seasons de série também fazem a diferença nos trilhos enlameados, mas o maior trunfo é a possibilidade de gerir o sistema de transmissão integral permanente, com conexão do eixo traseiro por meio de dispositivo de embraiagem de discos múltiplos (idêntico ao do Nissan X-Trail da geração passada), através de um comando rotativo colocado perto do travão de mão.
O modo de tração apenas dianteira (2WD) pode ser selecionado para condução urbana, poupando combustível e a transmissão. No modo Auto é o sistema que faz a gestão automática das necessidades de tração, enquanto o modo Lock bloqueia a distribuição equitativa da potência pelos dois eixos.
Quanto à mecânica Diesel, o motor 1.5 dCi de origem Renault tem registo escasso de avarias, embora com possibilidade de falhas na aceleração (por culpa do EGR ou da ECU) ou dificuldades de arranque a frio (velas de pré-aquecimento).
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