O Dacia Jogger é o mais acessível veículo de passageiros com lotação para até sete ocupantes à venda em Portugal e, totalmente no lado prático da vida, combina como poucos a vertente familiar de “segunda a sexta” com a versatilidade e espaço que funcionam como convite à evasão ao fim de semana. Bicicletas, pranchas ou parapente, há poucas soluções capazes de engolir tanta tralha como o Dacia Jogger, mérito da sua conceção a meio caminho entre uma carrinha e um SUV, e com mais pinta do que um monovolume.
A base é a plataforma CMF-B do Dacia Sandero, mas o Jogger diferencia-se do utilitário pelos 4,547 m de comprimento (é o modelo mais comprido da gama) e os 20 mm de altura ao solo, que também sugerem algumas capacidades para se movimentar fora do asfalto, independentemente de ser proposto apenas com tração dianteira.
No interior, com quase mais 30 centímetros entre eixos do que o Sandero (2,89 m contra os 2,60 m da berlina), não falta espaço para os ocupantes, independentemente do número de lugares a bordo.
A bagageira tem 708 litros nas versões com 5 lugares. Na variante com mais lotação, a volumetria está dependente do número de bancos em utilização: 565 litros ou só 160 com todos os sete bancos montados.
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O espaço traseiro comporta três lugares rebatíveis (2/3-1/3) na 2.ª fila e dois bancos individuais na 3.ª fila, que podem ser removidos se necessário. A capacidade de carga máxima é de enormes 2094 litros. E há mais soluções de arrumação fora do carro: as barras modulares no tejadilho, sistema patenteado pela Dacia, têm duas posições: na longitudinal acompanham o design do modelo; na posição transversal atuam como um suporte de tejadilho que pode suportar até 80 kg.
Híbrido desde 28.725€
Além de muito espaço para tudo e para todos, há também lugar para progressos tecnológicos. A Dacia é uma marca em transformação e uma das companhias com mais potencial, assente na já referida fórmula de simplicidade e racionalidade, dirigindo o foco para o essencial, procurando manter-se o mais atrativa possível. A performance comercial na Europa (Portugal incluído) é esclarecedora, com números de vendas sensacionais.
O Jogger, com quase 100.000 encomendas efetuadas desde o lançamento, em março, há menos de um ano, é um dos pilares do sucesso. Cabendo-lhe as honras de estreia de uma motorização híbrida na marca.
A partir de março, na gama do modelo, além do motor a gasolina (TCe, 110 cv) e da bicombustível, a gasolina e GPL (ECO-G, 100 cv), há um novo reforço de peso chamado Hybrid 140, a primeira motorização híbrida eletrificada no catálogo do construtor romeno.
O sistema híbrido tem por base o motor a gasolina de quatro cilindros, com 1,6 litros de cilindrada e 90 cavalos, associado a dois motores elétricos (um motor de 50 cv e um motor de arranque/gerador de alta tensão), e uma caixa de velocidades elétrica automática com quatro velocidades, acoplada ao motor de combustão, e de duas velocidades acopladas ao motor elétrico. A ausência de embraiagem permitiu à Dacia integrar esta tecnologia combinada.
No lançamento, o Jogger Hybrid 140 apenas estará disponível na versão SL Extreme de sete lugares, desde 28.725€.
Bateria carrega sozinha
O Dacia Jogger é um “full-hybrid” que funciona graças à conjugação de dois motores elétricos e um motor térmico e não requer qualquer ligação à corrente elétrica. A bateria carrega-se sozinha durante a aceleração e ao travar. Como? O sistema Hybrid 140 apresenta uma caixa de velocidades automática com um “modo B”, que aumenta a travagem regenerativa, enquanto potencia o efeito travão/motor. A utilização deste modo permite uma maior recuperação de energia e, ao mesmo tempo, aumenta o conforto de condução em zonas urbanas. O condutor pode assim reduzir a utilização do pedal do travão.
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Mas é também a travagem regenerativa, combinada com os elevados níveis de recuperação de energia da bateria de 1,2 kWh (230V) e a eficiência da transmissão automática, que permitem anunciar propulsão totalmente elétrica em até 80% das viagens urbanas. Contas feitas, a Dacia anuncia uma economia de combustível superior em cerca de 40% na comparação direta com um motor de combustão interna, nos mesmos trajetos citadinos.
A bateria é instalada sob o piso do automóvel no compartimento da roda sobresselente (precisamente o mesmo local onde pode encontrar o depósito de GPL nas versões equipadas com o motor Eco-G 100), mantendo intacta a volumetria da mala.
Condução nas alturas
A ergonomia do posto de condução é correta, com todos os comandos à mão e com o sistema multimédia colocado em posição cimeira. O conceito e o preço não permitem luxos nos acabamentos. Não há materiais suaves ou revestimentos isolantes, mas ainda assim as aplicações em tecido no tablier e portas ajudam a compor uma boa imagem do interior. Mas a funcionalidade e o sentido prático são prioridades, sejam os locais de arrumo ou a ligação USB e suporte para smartphone à esquerda do monitor tátil do sistema multimédia, com o software a incluir ligações Apple CarPlay e Android Auto, que podem ser sem fios somando o opcional sistema de navegação, por 380€.
O Jogger híbrido apresenta um painel de instrumentos específico de 7″, que mostra vários focos diferentes de acordo com as preferências do condutor, assim como informação essencial como, o nível de carga da bateria, a autonomia restante e fluxo de energia, para citar apenas alguns. E, para maior conforto, o travão de estacionamento é elétrico de série, bem como uma consola elevada com um espaço de armazenamento fechado e um apoio de braços.
Em opção, por 500€, o Jogger pode ser configurado com o sistema Media NAV, associado a um ecrã tátil 8”, com navegação, rádio DAB, replicação de smartphone, Bluetooth e 3 anos de atualização de mapas.
O pack Pack Safety III custa 350€ e acrescenta alerta de ângulo morto e sistema de ajuda ao estacionamento dianteiro.
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