Dos carros de corrida construídos nas carroçarias herdadas da Cisitalia ao nascimento dos lendários kits de transformação e aos sucessos internacionais nas pistas e nos ralis, a história da marca Abarth é a história de uma filosofia automóvel focada na eficácia e na exclusividade, que a mudança do paradigma na indústria não irá apagar. E, de olhos postos no passado e no futuro do automóvel, o emblema do escorpião posiciona-se na linha da frente da corrida à eletrificação.
O novo Abarth 500e é autêntica máquina do tempo, ao combinar a tecnologia exclusivamente elétrica da nova era da mobilidade com o espírito e a silhueta icónica do carro original da década de 50.
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A lenda resiste
A marca de culto sob o signo do escorpião descobriu antídoto para resistir à imposição de regras de proteção ambiental cada vez mais restritivas, abandonando definitivamente os motores térmicos a gasolina.
O Abarth 500e é o pioneiro de uma nova geração de modelos que promete perpetuar o “lado negro da Fiat”, como afirma Alejandro Noriega, director do emblema transalpino para o mercado ibérico.
Com base no Fiat com o mesmo nome, o Abarth 500e honra o entusiasmo desportivo tão querido à marca, fruto de um importante trabalho em criar um carro o mais leve possível e privilegiando a “melhor distribuição de pesos”: 57% – 43%.
Rápido no 0 a 100 km/h
O motor elétrico do Abarth 500e é capaz de um máximo de 155 cv e 235 Nm, sendo alimentado por uma bateria de 42 kWh de capacidade. O conjunto permite reclamar uma aceleração de 0 a 100 km/h em sete segundos, registo que fica a meio caminho entre os gasolina 595 e 695, duas referências desportivas. Porém, para o primeiro Abarth a pilhas, anuncia-se uma velocidade máxima de apenas 155 km/h, em vez dos 218 e 225 km/h das mecânicas térmicas.
Outro apontamento para o valor da autonomia anunciada de apenas 250 quilómetros — o carregador de bordo instalado permite carregamentos rápidos até 85 kW (80% de autonomia alcançados em 35 minutos) e um máximo de 11 kW em corrente alternada.
A Abarth compensa todos estes números, porventura, menos entusiasmantes com a promessa de apresentar o perfil mais reativo em condução urbana, capaz de passar dos 40 aos 60 km/h em apenas 1,5 segundos. E não serão apenas as retomas mais musculadas a fazer pela agilidade do pequeno escorpião. Também o aproveitamento da mais recente carroçaria da gama 500, com uma maior distância entre eixos e vias mais largas face aos modelos a gasolina, deixa adivinhar uma superior estabilidade em curvas rápidas.
Um motor, duas sonoridades e três modos de condução
A experiência de condução do Abarth 500e pode ser configurada a preceito, mediante três programas de condução disponíveis: Turismo, indicado para o uso do dia a dia, com potência e binário limitados a 136 cv e 220 Nm; Scorpion Street, com toda a potência disponível, mas que privilegia a travagem regenerativa; e Track, que associa o máximo potencial de aceleração com a mínima intervenção de travagem regenerativa.
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Depois, fiel ao princípio de que a sonoridade é algo sempre marcante nas sensações proporcionadas por um desportivo, o Abarth 500e pode contar com o sistema Sound Generator, que reproduz o som de um motor a gasolina desenvolvido pela Abarth.
Quanto custa e o que traz de equipamento?
Só mais perto do lançamento, programado para junho deste ano, a Abarth deverá revelar todos os preços e gama de equipamentos para o mercado português, mas o 500e já está disponível em fase de pré-reserva, apenas na edição especial Scorpionissima, limitada a 1949 unidades (data da fundação da Abarth), nas variantes berlina, com tejadilho em vidro fixo (desde 43 mil euros), e Cabrio, com tecto em lona retrátil (46 mil euros), proposta nas cores Verde Acid ou Azul Poison.
A Scorpionissima apresentar-se-á com recheio de topo, dispondo de série de jantes em liga leve de 18 polegadas com acabamento brilhante, pintadas na cor cinzento titânio e vidros traseiros escurecidos, pedais desportivos em alumínio com o logótipo gravado no apoio de pé, painel de instrumentos em cinzento titânio (digital, de 7 polegadas), soleiras das portas com a designação Abarth gravada em relevo, sistema de navegação Uconnect com ecrã tátil de 10,22 polegadas, sensores de luz e de chuva, acesso e ignição com a chave no bolso, climatização automática, luzes automáticas de máximos, sensores de parque, câmara traseira com vista a 360º, sistema áudio premium da JBL e o denominado Sound Generator.
Os bancos desportivos, também de série, têm um novo desenho (o escorpião em relevo) e são revestidos em Alcantara, o mesmo material que é usado para cobrir a zona frontal do painel de instrumentos e parte do tablier.
O volante desportivo de três raios é uma inspiração na competição, enquanto as assistências eletrónicas à condução integram o reconhecimento dos sinais de trânsito, travagem de emergência com deteção de peões e ciclistas, assistente de faixa de rodagem, cruise control e monitorização dos ângulos mortos, entre outros elementos.
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