Subsistem mitos sobre a perigosidade destes veículos, o que talvez explique a pouca oferta no mercado dos carros novos a GPL. Porém, isso não impediu o maior crescimento das suas vendas em 2021: 3524 unidades, um aumento de 94,2% face a 2020 (embora isso represente apenas 2,4% do total de veículos registados).
Há uma ideia muito difundida de que os veículos a GPL (gás de petróleo liquefeito) são bombas sobre rodas. Essa noção nasceu de, em tempos idos, se usarem botijas de gás de cozinha como combustível, através de uma adaptação rudimentar. Isso era muito perigoso e é atualmente proibido. Já os veículos que venham de origem prontos a usar o GPL ou adaptados por oficinas credenciadas, cumprindo a legislação em vigor, são seguríssimos – num veículo a GPL, a parte mais inflamável é o tanque de gasolina.
Mas, apesar do aumento de vendas, várias marcas deixaram de ter viaturas a GPL. Nas que persistem, destaca-se a Dacia, pela variedade da oferta: um hatchback, um mini-SUV, um SUV e uma carrinha de 7 lugares. O motor é comum a todos os modelos: o 1.0 tricilíndrico com 100 cv.
Dacia Sandero Bi-Fuel
O mais barato é o Sandero bi-fuel, um hatchback que, no nível de equipamento básico Essential, inclui cruise control, sensor de luz, rádio com ligação Bluetooth, etc. A velocidade máxima é 183 km/h e o consumo médio 7,0 l/100km.
Pode também optar pela versão Stepway, um mini SUV que pode circular em trilhos de terra com baixa/média dificuldade. Atinge os 177 km/h e consome em média 7,4 l/100km.
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Dacia Duster
O Duster é um SUV a sério, que, na versão GPL, só tem tração 4×2, mas revela boas aptidões fora de estrada, graças a uma primeira curta e potente e a uma excelente suspensão. Com preços acessíveis e bem equipado, vai até aos 168 km/h e consome em média 7,0 l/100km.
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Dacia Jogger
O Jogger é uma carrinha de 5 ou 7 lugares que atinge os 175 km/h e consome em média 7,7 l/100km. É bastante espaçosa, mas, quando com lotação cheia, os 100 cv do motor revelam-se algo curtos nas recuperações e acelerações.
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A Renault utiliza o mesmo motor 1.0 com 100 cv nos seus dois modelos a GPL.
Renault Clio Bi-Fuel
O Renault Clio Bi-Fuel faz médias de 6,8 l/100km de consumo de GPL e atinge os 187 km/h. Se as performances são similares às dos seus “primos” low-cost da Dacia, os materiais e acabamentos usados são superiores, bem como o equipamento, que inclui sistema de navegação de série.
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Renault Captur Bi-Fuel
O Captur é um crossover bem equipado e com bons consumos e prestações: 6,1 l/100km e 173 km/h de velocidade máxima.
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A Fiat tem versões a GPL dos citadinos 500 e Panda. São veículos icónicos, em especial o 500. O motor usado nos dois modelos é o algo desatualizado 1.3 de 69 cv. No entanto, a marca de Turim propõe-se substituir estas variantes por modelos híbridos e elétricos.
Fiat Panda GPL
O Fiat Panda atinge os 164 km/h e tem um consumo médio de 7,5 l/100km.
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Fiat 500 GPL
Já o Fiat 500 Dolcevita a GPL consome 5,5 l/100km e vai até aos 160 km/h.
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As vantagens e desvantagens do GPL
Se considerarmos os preços de aquisição, manutenção e utilização, um veículo a GPL fica mais barato até que um carro elétrico, se este não for carregado em casa (e mesmo assim são necessárias muitas dezenas de milhares de quilómetros para que a viatura elétrica comece a compensar). Um veículo novo a GPL de origem custa mais 1000€ a 1500€ que o mesmo apenas a gasolina (valor rapidamente compensado em poupanças no preço do GPL face ao da gasolina). O mesmo é válido para a adaptação a GPL por instaladores autorizados (custos entre 1000€ e 2500€).
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Uma viatura a GPL nunca corre o risco de ficar parada na estrada por falta de combustível – são híbridas GPL/gasolina, com dois depósitos, um de gasolina e outro de gás (dá-lhe maior autonomia). Se o gás se esgota, o carro começa automaticamente a funcionar a gasolina. Os tempos de enchimento dos depósitos de GPL e gasolina são idênticos.
O consumo de GPL é superior em cerca de 1 l/100km ao da gasolina, mas face ao menor preço do gás por litro (custa cerca de metade), o custo de utilização é cerca de 40% inferior. O GPL é o menos poluente dos combustíveis fósseis e, por ser mais limpo, reduz a ocorrência de problemas mecânicos e aumenta a vida útil do óleo.
Como pontos negativos, para além do consumo superior, o espaço que seria destinado à roda sobresselente é ocupado pelo tanque de gás, para não diminuir o volume da bagageira, tanto nos veículos de origem a GPL como nos adaptados. Isso obriga ao uso de um kit de “reparação” de pneus, com todos os seus inconvenientes.
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