Na indústria automóvel vivem-se tempos de incerteza. À crise resultante da covid-19 soma-se o problema na produção e no fornecimento de diversos componentes, mas mantém-se a exigência de acelerar o processo de transição energética, com a substituição das mecânicas térmicas por motores elétricos. O ano de 2023, independentemente do número de contratempos, não será diferente, com mais e mais elétricos a chegarem aos catálogos de todos os fabricantes. Estes são apenas alguns dos lançamentos já confirmados.
Carros elétricos que serão apresentados em 2023
Aiways U6
Depois do U5, chama-se U6 o novo modelo no programa de lançamentos da Aiways. Mantendo o preço como um dos seus cartões-de-visita, o novo automóvel elétrico da marca chinesa acrescenta emoção pelas linhas desportivas da carroçaria, ao estilo SUV-Coupé.
A chegada ao mercado europeu está calendarizada para o quarto trimestre do corrente ano, mas as primeiras unidades só chegarão a Portugal no início de 2023. Até lá, a empresa acelera o programa de desenvolvimentos, que incluíram bateria com mais 400 mil quilómetros de testes durante 240 dias, em 1,2 milhões de quilómetros percorridos em estrada e em pista, e que incidiram na durabilidade e desempenho do veículo, de acordo com os elevados padrões do setor automóvel internacional.
Hyundai Ioniq 6
O Ioniq 6 é o segundo elemento da submarca Ioniq da Hyundai, dedicada a veículos elétricos. À semelhança do que acontece com o Ioniq 5, esta nova berlina 100% elétrica destaca-se pela estética futurista de forte personalidade, agora para ir à caça do bem sucedido Tesla Model 3.
Criado sobre a plataforma técnica do 5 (E-GMP), com os seus 4,85 m de comprimento, o Ioniq 6 é 22 cm mais comprido e cerca de 16 cm maior que o rival da Tesla, com destaque para a aerodinâmica, com a Hyundai a reclamar um coeficiente de arrasto de apenas 0.21, nas versões equipadas com jantes de 18 polegadas e espelhos retrovisores digitais.
O interior em forma de casulo é marcado pela presença de materiais sustentáveis, com instrumentação e sistema multimédia totalmente digitalizados, com quadrantes de 12 polegadas.
Na gama, duas baterias disponíveis, com 53 kWh, para a versão de motor traseiro, ou com 77,4 kWh, na configuração topo de gama, com dois motores elétricos para 325 cv de potência combinada e autonomia para mais de 610 quilómetros.
Com um consumo inferior a 14 kWh/100 km, o 6 será um dos elétricos mais eficientes do mercado.
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Jeep Avenger
O Avenger será o primeiro de quatro modelos previstos até 2025 e o mais compacto a figurar no portefólio do emblema norte-americano. O “baby-Jeep”, como ficou conhecido devido às dimensões compactas, será fabricado na plataforma e-CMP, a mesma dos Peugeot e-2008 e Opel Mokka-e, com um módulo elétrico a permitir até 400 km entre carregamentos e oferecendo credenciais acima da média para a condução em fora de estrada, altura ao solo e ângulo de entrada “impressionantes” para o seu segmento, caraterísticas que combina com um interior moderno e tecnologicamente avançado.
O Avenger vai estrear-se no Salão Automóvel de Paris, a 17 de outubro, com abertura de reservas para os clientes nesse mesmo dia. As primeiras entregas arrancam no início de 2023. A marca do grupo Stellantis só não revelou ainda pormenores sobre a cadeia cinemática do Avenger, mas espera-se que o Jeep possa incorporar o mesmo conjunto elétrico dos Peugeot e-208 e e-308, constituído por um motor de 156 cv de potência montado no eixo dianteiro e bateria com 50 kWh de capacidade.
Mercedes-Benz EQS SUV
A Mercedes quer capitalizar o nome EQS e lançará a versão SUV do seu topo de gama elétrico. Com 5,125 metros de comprimento e a mesma distância entre eixos (3,210m) da berlina, o SUV estará disponível em três versões: uma com um motor elétrico (450+) e outras duas com dois motores elétricos (450 4Matic e 580 4Matic).
Na primeira, com 360 cv e 568 Nm, o modelo contará com tração traseira. Nas restantes, com 360 cv e 800 Nm e 544 cv e 858 Nm, a tração será às quatro rodas. A bateria tem 107,8 kWh de capacidade, para uma autonomia máxima de 660 km. O sistema admite recarregamentos rápidos até 200 kW de potência, para recuperar 250 km de autonomia em apenas 15 minutos. Irá ainda permitir configurações de 5, 6 ou 7 lugares.
Smart #1 Brabus
Marca exclusivamente elétrica, a Smart reedita a parceria com a Brabus (ligada à Daimler) com o lançamento de uma versão desportiva do #1. O SUV subcompacto (5 portas, 5 lugares, 4,27 m de comprimento e 2,75 m entre eixos), assente numa plataforma nova, para já apenas disponível com tração traseira e motor elétrico com 268 cv e 343 Nm de binário, vai então receber uma versão mais potente. Para esta, a marca aposta na configuração de dois motores (um por cada eixo), para tração integral e potência combinada de 428 cv e binário máximo de 543 Nm. A marca anuncia 0 a 100 km/h em 3,9 segundos. A bateria será a mesma de 66 kWh, permitindo autonomia para até 440 quilómetros.
Toyota bZ4X
O SUV 100% elétrico da gama Toyota, concorrente de Audi Q4 e Mercedes EQA, tem chegada prevista ao mercado português ainda para este ano, mas na variante de tração dianteira com motor elétrico de 204 cv/265 Nm alimentado por uma bateria de 71,4 kWh, o que permite o anúncio de autonomia para até 511 km baseada num consumo médio homologado de 14,3 kWh/100 km.
A versão mais potente, só chegará a partir de janeiro de 2023. Estará disponível com dois motores, um por cada eixo (tração integral), para um rendimento combinado de 218 cv e 366 Nm.
A marca anuncia umagarantia geral de 7 anos ou 160.000 km e uma cobertura de 10 anos ou um milhão de quilómetros sobre 70% da capacidade da bateria.
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Volvo EX90
Apresentado como o Volvo “mais seguro de sempre”, o EX90 é um automóvel 100% elétrico que substituirá o XC90 no topo da gama de SUV da marca escandinava, com a estreia oficial agendada para a primeira quinzena de novembro e lançamento em 2023.
Entre as muitas tecnologias oferecidas, que funcionarão como “uma espécie de escudo invisível de segurança”, disse Jim Rowan, CEO da Volvo, está um sistema de oito câmaras (duas interiores), cinco radares, 16 sensores ultrassónicos e inédito sistema Lidar (na linha do tejadilho), a permitir uma leitura em tempo real a 360° do ambiente rodoviário envolvente, inclusive com deteção de peões até 250 metros.
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