Amem-se ou odeiem-se, os carros elétricos são a aposta da indústria na cruzada para a mudança de paradigma que torne veículos, pessoas e empresas cada vez menos dependentes do petróleo. Provam-no não só o ritmo acelerado a que crescem as vendas de carros novos eletrificados, mas também o aumento exponencial da oferta.
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Mini Cooper SE
Mais do que um automóvel, o Mini do século XXI transformou-se num ícone de estilo. Agora ainda mais na moda com a chegada de versão 100% eletrificada. No Mini Cooper SE, as mecânicas térmicas dão lugar a um motor elétrico com 184 cv (semelhante ao do BMW i3s) e 270 Nm de binário máximo. A bateria de iões de lítio, com 28,9 kWh de capacidade, está alojada sob o habitáculo, em forma de T, não comprometendo as cotas habitáveis nem a capacidade da mala, com 211 litros de volumetria útil e alçapão para guardar os cabos de carregamento.
De acordo com a marca, o Cooper SE acelera até 150 km/h, cumprindo 0 a 100 km/h em 7,3 segundos – prestações interessantes, mas certamente inimigas da autonomia, que em utilização mista rondará os 200 km. Face ao gémeo com motor de combustão, o elétrico está 18 mm mais longe do asfalto para preservar o berço da bateria. Nada que prejudique a dinâmica tipicamente Mini.
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Fiat 500e
No papel, o novo Fiat 500e concorre com Renault Twingo Electric e Volkswagen e-Up no segmento dos citadinos elétricos. Mas o modelo italiano é um automóvel muitíssimo mais elitista, voltado para um público mais preocupado com a imagem, disposto a investir na exclusividade. Qualquer uma das versões está disponível por menos de 40.000€, desde a mais versátil, que tem a particularidade de contar com uma miniporta traseira no lado do passageiro para facilitar o acesso aos lugares posteriores, à mais exclusiva La Prima.
Nesta opção de topo, o motor elétrico tem 87 kW/118 cv e a bateria de iões de lítio chega com 42 kWh de capacidade, permitindo anunciar uma autonomia de até 320 km. O carregamento numa tomada doméstica de 2,3 kW faz-se ao lento ritmo de 14 km por hora, mas o modelo admite carregamentos rápidos na rede pública, à potência máxima de 85 kW. Para melhor gestão da energia, o Fiat dispõe de três programas de condução: Normal, Range e Sherpa, estando o último limitado a uma velocidade máxima de apenas a 80 km/h. A partir de 24 km de carga nas baterias de iões de lítio, o programa Tortuga, que limita a potência e bloqueia o consumo elétrico de todos os componentes, ativa-se automaticamente para poupança máxima.
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Peugeot e-208 GT
A versão mais desportiva no catálogo do 208 elétrico, acima do já muito equipado GT Line, acrescenta-lhe a grelha frontal específica na cor da carroçaria e a parte inferior do para-choques a preto brilhante, além de jantes em liga leve de 17 polegadas, bancos em alcantara e couro, navegação (ecrã 10’’) e acesso mãos-livres, a somar à longa lista de dispositivos de segurança como o alerta de faixa de rodagem com correção automática de trajetória e/ou o aviso de ângulo morto.
O motor elétrico com 136 cv e 260 Nm é alimentado por baterias de iões de lítio com capacidade útil de 50 kWh, suficiente para cumprir até 340 km. Com a wallbox específica de 7,4 kW (monofásico), oferecida pela Peugeot, a operação de recarga demora cerca de 7h30, enquanto num terminal de 11 kW leva 5h15. Numa ficha doméstica normal a recarga completa atingirá 25-30h, baixando para 16h numa tomada reforçada Green Up Legrand.
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Nissan Leaf 62 kWh e+
Na gama do bem-sucedido Leaf, a Nissan tem disponível a versão 62 khW e+, que é a mais potente e com maior autonomia, do modelo elétrico mais vendido na Europa. Com 67 cv de potência adicionais, atingindo 217 cv, as prestações do e+ são bem mais convincentes do que na versão base de 150 cv, e com mais liberdade de movimentos: 115 km de autonomia extra com uma única carga, chegando a uns homologados 385 km.
O modelo permite carregamentos a partir de uma tomada de rede doméstica (a 2,3 kW), sendo o tempo de uma carga completa estimado em 32 horas… Recomenda-se, por isso, a aquisição de um carregador Wallbox (7 kW) da Nissan, para carregamentos de 20 a 80% em 7,5 horas (11,5 horas para a carga total) ou em postos de carga rápida (100 kW), onde em menos de meia hora se recupera pouco menos de 50% ou o equivalente a 157 km. A nova bateria de 62 kWh ocupa o mesmo espaço do pack de 40 kWh, por isso, a habitabilidade e a capacidade da bagageira do veículo nada sofrem, mantendo níveis acima da média do segmento, sobretudo na volumetria de carga, de 435 litros na configuração de cinco lugares.
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