Em resposta enviada à agência Lusa, a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), indicou que já foram iniciados os trabalhos de construção civil para colocar os 50 novos radares que fazem parte do Sistema Nacional de Controlo de Velocidade (SINCRO). Segundo a mesma, prevê-se que os novos radares de controlo de velocidade tenham entrada em funcionamento progressivamente ao longo do primeiro trimestre de 2023.
Apesar de só agora irem ser instalados os novos radares, estes foram anunciados já há algum tempo pelo Ministério da Administração Interna e Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária. A demora foi justificada pela ANSR devido ao “atraso do fornecimento dos equipamentos decorrente da situação excecional nas cadeias de abastecimento resultantes da pandemia da doença Covid-19, da crise global na energia e dos efeitos resultantes da guerra na Ucrânia”.
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Sobre os novos radares:
- 30 vão ser instalados em Locais de Controlo Velocidade Instantânea (LCVI);
- 20 vão ser instalados em Locais de Controlo Velocidade Média (LCVM);
- Prevê-se que 40 radares sejam instalados fora das autoestradas;
- 20 irão permitir detetar a velocidade instantânea;
- 10 irão permitir calcular a velocidade média num determinado trajeto.
Na altura do anúncio do reforço da rede de radares de controlo de velocidade da rede SINCRO há dois anos, a ANSR indicou a localização de alguns dos novos radares. Em 2020, foram escolhidos os seguintes locais:
- EN5 em Palmela
- EN10 em Vila Franca de Xira
- EN101 em Vila Verde
- EN106 em Penafiel
- EN109 em Bom Sucesso
- IC19 em Sintra
- IC8 na Sertã
O que muda?
Segundo a ANSR, o SINCRO realiza atualmente a fiscalização da velocidade dos condutores através “da medida da velocidade instantânea do veículo, ou seja, da sua velocidade no instante em que passa no local de controlo de velocidade”. Com os novos radares vai ser possível “a fiscalização da velocidade praticada pelos condutores através da medida da velocidade média do veículo entre dois pontos predefinidos na estrada”.
Quanto vão custar?
Os contratos de fornecimento e instalação dos novos radares de controlo de velocidade vão custar cerca de 5,6 milhões de euros, avança a ANSR.
Localização dos radares
Os 50 radares foram distribuídos por locais onde o excesso de velocidade revelou ser uma das causas para a sinistralidade. A ANSR assumiu como objetivo principal “a dissuasão dos condutores ao incumprimento dos limites de velocidade, fundamental para combater a sinistralidade e para salvar vidas”, ressalvando ainda que todas as localizações com radares “estão sempre sinalizadas, e são do conhecimento de todos para que os veículos reduzam a velocidade e consequentemente o risco de acidente e a gravidade dos mesmos”.
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“Os locais que são controlados por radares do SINCRO além de, em termos globais, terem um efeito dissuasor sobre o incumprimento dos limites de velocidade e sobre a sinistralidade, têm tido também a nível local, na zona de influência de cada radar, um efeito na diminuição da sinistralidade”, afirmou o porta-voz da Segurança Rodoviária.
Qual o impacto dos radares?
De acordo com a ANSR, durante os seus 6 anos de funcionamento, os dados relativos aos locais onde foram instalados radares “comprovam inequivocamente o papel e o efeito dos mesmos enquanto instrumentos fundamentais para combater a sinistralidade rodoviária” uma vez que “todos os indicadores baixaram”.
A ANSR revelou ainda após a instalação dos radares, comparativamente ao mesmo período anterior à data de funcionamento dos mesmos, os seguintes dados:
- Menos 35% vítimas mortais;
- Menos 74% de acidentes com vítimas;
- Menos 43% feridos graves;
- Menos 36% feridos ligeiros.
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