O sucesso do 308 ditou que o seu substituto não mexesse muito na receita e o 328 é claramente a evolução natural do seu antecessor. Com ligeiros retoques estéticos na frente e um interior melhorado, o 328 surge no mercado em 1985 nos modelos GTB e GTS. Desenhado pelo génio Leonardo Fioravanti - cujo currículo inclui o Dino, Daytona, 308, 288 ou Testarossa - o 328 é a última incarnação do design clássico da marca para modelos de motor central colocado em posição transversal, uma vez que o 348 implementa uma nova filosofia estética à volta de um motor longitudinal.

O aumento da cubicagem de 3.0 para 3.2 litros e da potência de 240 para 270 cavalos trouxe melhores performances ao 328 em relação ao 308, com outras melhorias notórias ao nível dos travões e conforto de rolamento. Com uma reputação de ser um dos mais fiáveis modelos da história da marca, o 328 tem uma manutenção significativamente menos onerosa que os seus sucessores, 348 e F355, nem que seja pelo facto de o motor ficar no sítio enquanto é intervencionado. Considerado por muitos especialistas como a porta de entrada ideal no mundo dos Ferrari clássicos, o 328 é um daqueles raros casos em que a beleza das linhas é unânime e incontestada.

A versão GTB (Gran Turismo Berlinetta) é bastante mais rara que a GTS (Gran Turismo Spider), com apenas 1344 unidades produzidas num total para o modelo de 7412 unidades saídas da fábrica de Maranello.

O 328 GTB na clássica combinação Rosso Corsa com interior preto aqui apresentado foi mantido pela NZN nos últimos dois anos e será entregue pelo proprietário actual após uma intervenção que incluirá a revisão anual, substituição da correia de distribuição e correias auxiliares e quaisquer outras questões mecânicas que possam ser descortinadas durante a mesma. O habitáculo será também alvo de um cuidadoso trabalho de recuperação e tratamento das peles onde necessário e uma hidratação preventiva que as mantenha em perfeito estado por muitos mais anos.