A indústria automóvel do Reino Unido conseguiu reunir um dos ingredientes mais importantes que completam o círculo de modelo que os automóveis europeus representam para todo o mundo. Os melhores carros ingleses de sempre representam também o orgulho de uma nação e o prestígio alcançado por cada uma das marcas na terra da sua majestade.
Mais do que modelos que marcaram uma geração, estes foram responsáveis por criar novos padrões na indústria automóvel.
A beleza e o estilo tradicionalmente britânico como a Jaguar e a Aston Martin, o desenvolvimento de novos padrões de luxo por marcas centenárias como a Bentley, a conquista de recordes de velocidade com o mítico Mclaren F1, e polivalência e a robustez sob todo terreno dos Land Rover e claro, a Mini que ofereceu muito mais do que um carro dentro das suas reduzidas dimensões.
Por outra perspetiva, os ingleses foram pioneiros no desporto automóvel. Colin Chapman, um importante designer, inventor e construtor da indústria automóvel inglesa, decidira revolucionar a Fórmula em diversos aspetos que ainda hoje mantém-se bastante presentes, desde o layout dos monolugares passando pela técnica muito acoplada à questão aerodinâmica e no desenvolvimento dos aspetos de segurança neste desporto.
Ao mesmo tempo, assumimos que cada nação aplica a sua herança e os cânones passados de geração em geração em cada construtora automóvel, e nesse aspeto, os ingleses conseguiram catalogar uma diversidade de marcas e modelos, cada qual com diferentes propósitos dentro do mercado e do seu público, mas todos eles com uma certa aristocracia à mistura.
Elegemos os 7 melhores carros ingleses de sempre
1 – Aston Martin DB5 – 1963
Iniciámos a nossa lista dos melhores carros ingleses de sempre com um dos modelos mais populares do mundo: Aston Martin DB5. Ainda que este modelo tenha surgido numa altura em que a marca estava a atravessar uma fase de crise financeira, o DB5 acabara por canalizar o seu nome para uma estratosfera de autêntica popularidade para a Aston Martin.
Este fator deveu-se, sobretudo, por este ter sido o carro elegido para ser conduzido pelo ator Sean Connery, nos filmes da saga 007. Ao mesmo tempo, este foi alvo da introdução de uma série de gadgets adaptados para o filme que potenciaram ainda mais o seu populismo nas salas do cinema e fora delas.
Mas seria um erro assumir que o Aston Martin DB5 foi apenas destacado pela vertente cinematográfica. Na verdade, os genes da beleza intemporal das suas linhas com proporção geométrica e a sua leveza extrema teve graças a um atelier italiano sediado em Milão – Carrozzeria Touring Superleggera – e que dera forma à carroçaria e chassis a este e a outros modelos emblemáticos da indústria automóvel.
Além de belo e refinado, este era um dos modelos mais rápidos da década de 60. Equipado com um bloco de 4,0 litros de 6 cilindros em linha, o DB5 era capaz de alcançar os 282 cv de potência às 5.500 rpm e atingir uma velocidade máxima de 230 km/h.
2 – Jaguar E -Type – 1961
Este sem dúvida é um modelo que não poderia ficar fora da nossa lista dos 7 melhores carros ingleses de sempre. O Jaguar E – Type é sinónimo de uma elegância intemporal, sofisticação e um ícone de estilo na história automóvel.
As suas formas curvilíneas foram objeto de desejo entre muitos condutores na época e ainda hoje resultam sob a inspiração que este modelo continua a prestar para o desenvolvimento dos atuais modelos da marca.
Ao mesmo tempo, o E Type acabara por estar diretamente ligado a celebridades como George Best, Brigitte Bardot, Tony Curtis e Steve McQueen, por se traduzir verdadeiramente como um dos automóveis mais belos e distintos em todo o mundo.
Na verdade, o próprio Enzo Ferrari, aclamou-o como o automóvel mais belo jamais visto. Este foi um testemunho bastante interessante de alguém que tinha um ego impenetrável somente destinado para os modelos da sua marca.
Além da sua estética felina inspirada nos modelos da aviação e nos padrões aerodinâmicos da época, este acabara por ser igualmente o carro mais rápido do mundo – 241 km/h – no seu ano de lançamento, ao mesmo tempo que custava metade que um Ferrari equivalente à sua potência.
Curiosamente, a traseira curta e em estilo coupé não teria ainda convencido o designer que o tivera desenhado. Este chegou mesmo a referir na época que tinha sérias dúvidas relativamente ao seu desenho e na forma como o público iria reagir. Não podia estar mais enganado.
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3 – Mini Cooper – 1959
O Mini foi um automóvel revolucionário, Os alemães deram ao mundo o Volkswagen “Carocha” e os britânicos o Cooper. No final dos anos 50, a Mini tencionava desenvolver um automóvel barato, extremamente compacto com muito espaço a bordo, um motor com baixos consumos mas principalmente, de uma facilidade incrível em conduzi-lo.
De facto – e mais uma vez – Enzo Ferrari, tinha ficado surpreendido pela forma como este pequeno Mini Cooper conseguia acompanhar alguns dos modelos da Ferrari em curvas apertadas em estradas mas sinuosas.
Apesar de a Mini hoje estar sob tutela da BMW e partilhar outros atributos que destoam da simplicidade da receita original, o Cooper vai ser sempre lembrado como um ícone da engenharia e da simplicidade, do populismo britânico e um modelo que apesar de ter sido destinado a condutores de uma classe trabalhadora, ainda hoje, é aclamado como uma das maiores referências na história automóvel.
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4 – Mclaren F1
Após o Mclaren-Honda MP4/4 ter vencido 15 dos 16 grande prémios na temporada de Fórmula 1 de 1988, com Ayrton Senna e Alain Prost, a construtora de Woking tivera a iniciativa de desenvolver o carro mais rápido do mundo para a última década do século XX.
De facto, esta ideia tivera acontecido após uma conversa entre o diretor da equipa – Ron Dennis e o designer Gordon Murray, após um jantar no grande prémio de Itália de 1988, sobre criarem não só o automóvel mais rápido do mundo como o mais sofisticado para a época.
Apresentado no grande prémio do Mónaco em 1992, este supercarro era diferente de todos os outros. De facto, este teria sido uma espécie de exercício de reflexão – segundo Murray – sobre a resolução dos aspetos negativos que este não gostava de ver nos restantes automóveis super desportivos na altura.
A estrutura completa em fibra de carbono, a posição de condução central, o motor V10 atmosférico desenvolvido pela BMW, a leveza extrema, as soluções técnicas construtivas e uma condução puramente desportiva dispensando as ajudas eletrónicas, fizeram do F1 um automóvel para todos os condutores que realmente procuravam o lado mais genuíno na condução desportiva, capaz de atingir facilmente os 386,7 km/h.
5 – Land Rover Series – 1948
A fabricante britânica Rover Company iniciou a produção do Land Rover série I em 1948, durante o rescaldo da Segunda Guerra Mundial. Mais tarde, o modelo começou a ser designado como Land Rover Série I, por ter dado início às séries dos modelos Land Rover.
Lançado no Amsterdam Motor Show, este modelo foi o primeiro carro civil de quatro rodas com portas, a ser produzido em massa. Inicialmente, ele fora concebido para uso agrícola e industrial, tendo sido projetado com um chassis reforçado em aço e alumínio.
Por sua vez, o modelo conquistou desde agricultores até à realeza, tendo sido utilizado, entre outras funcionalidades, para alguns Passeios Reais, como – é noticiado no próprio website da Land Rover.
Com boas impressões do Land Rover, o exército britânico estava interessado num utilitário militar 4 x 4, por sua vez, o modelo mostrou-se demasiado pesado, complexo e pouco confiável no campo de batalha.
Pelo fim da década de 1940, foi o Ministério da Defesa a demonstrar interesse na padronização dos seus veículos e equipamentos. Desta forma, reuniu esforços e equipou um lote de Land Rovers da série I com motores da Rolls-Royce – B40.
Ainda não completamente satisfeitos com o modelo em campo de batalha, a Rover utilizou os seus melhores argumentos e, em meados da década de 1950, o exército já comprava Land Rovers aos 200 veículos de cada vez.
Hoje em dia, este modelo continua a ser sinónimo de robustez e considerado pelos amantes do todo terreno como o único e o verdadeiro automóvel estimável e melhor aliado para este tipo de atividades, quer seja sobre a terra, sobre a água ou sobre a montanha.
6 – Rolls-Royce Phantom VI – 1968
A Rolls-Royce é conhecida pelo alto estatuto que os seus modelos conseguiram alcançar no mercado. Em particular, o Rolls-Royce Phantom VI destaca-se na nossa lista dos melhores carros ingleses de sempre como um modelo que se distinguira pelo seu luxo exclusivo, discrição, silêncio e suavidade.
De produção manual, este modelo foi comercializado durante 22 anos. Inicialmente fabricado pela Rolls.Royce Ltd, entre 1968 a 1973 e posteriormente pelo sucessor Rolls-Royce Motors, entre 1973 e 1990. Todo concebido à mão, os produtores construíram 374 unidades deste modelo, durante o seu período de 22 anos de fabrico.
Símbolo de exclusividade, alto estatuto e luxo, entre os proprietários do Phantom VI estão a Sociedade Britânica de Construtores e Comerciantes de Automóveis que o utilizaram para assinalar o Jubileu de Prata da Rainha Isabel II. Um luxo que não se encontra ao alcance de um cidadão comum ao mesmo tempo que a Rolls Royce não se assume, igualmente, como uma construtora comum.
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7 – Bentley Continental GT – 2018
Um pouco de volta ao presente, decidimos apresentar o último elemento da nossa lista dos melhores carros ingleses de sempre com a última atualização do Bentley Continental GT.
Este acaba por ser um mais um automóvel ímpar dentro da nossa seleção, cujos atributos o fazem distinguir das restantes marcas concorrentes. De fato, esta última deixa pela Bentley culmina como uma série de evoluções deste modelo apresentado em 2003. Porém, achamos que este representa aquilo que os “Bentley Boys” da marca sempre defenderam: “Diferentes dos outros, iguais a nós mesmos”.
Apesar de a primeira geração ter sido uma versão mais conservadora em termos estéticos, o refinamento e a pureza de linhas e a qualidade nos detalhes apresentados deste modelo nunca estiveram sob discussão.
Este é um automóvel construído ao pormenor, de forma artesanal e pensado nos condutores que apreciam a alta velocidade desconectada do mundo exterior. Já o requinte e luxo puramente britânico do seu interior estão associados ao clubes ingleses da “velha guarda” frequentados por gentlemans.
Porém, esta última atualização recebera um estilo mais leve, mais elegante e mais agressivo ao mesmo tempo acentuando o código de expressão patenteado para marca com uma frente com óticas de cristal, sempre pronta para conquistar qualquer condutor sobre o seu olhar. A chamada, presença magnética.
Embora pese cerca de duas toneladas, o Continental GT é considerado como um dos GT mais rápidos do mundo graças ao seu motor de 6.0 litros com o formato já característico, W12, capaz de desenvolver 635 cv de potência. Esta obra-prima foi esculpida para chegar aos 333 km/h ao mesmo tempo que cada condutor pode ouvir de forma relaxada a sua música preferida do Leonard Cohen.
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