E, de repente, não é o motor que requer a atenção, mas a bateria do seu carro elétrico? Os veículos eletrificados vieram mudar muita coisa, até os componentes que requerem a nossa atenção. E, no caso do estado das baterias, a questão é pertinente. É que nem sempre os computadores de bordo assumem pequenas irregularidades ou necessidade de cuidados nas baterias dos carros elétricos.
Na verdade, por ano, rezam alguns estudos, os veículos elétricos perdem uma média de 2,3% de autonomia. É possível combater a tendência? Sim, com um conjunto de boas práticas. Mas convém também aprender a ler os sinais de uma bateria que precisa de mais atenção.
A importância do tipo de carregamento
As cargas e descargas completas das baterias é uma das práticas que se deve evitar. Mas não só: sempre que possível, é preferível optar por carregadores de carga lenta ou até mesmo a lentíssima ligação doméstica. Já o recurso a um carregador de corrente contínua, conhecidos como de carga rápida, só deve ser equacionado em situações SOS.
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Além disso, convém estacionar longe do sol, devido à acumulação térmica, evitando que o veículo passe longos períodos em sobreaquecimento. E nada como acelerar com tranquilidade se conduz um veículo elétrico. Afinal, a ideia é poupar e ajudar o ambiente.
Agora, o ponto crucial: como saber se estas baterias estão em boas condições? A verdade é que ainda não existem carros elétricos há tempo suficiente para se detetarem alguns problemas-tipo que nos levem a considerar sintomas óbvios de manutenção. Mas temos aspetos incontornáveis, como a perda demasiado rápida de autonomia.
Como prolongar a vida útil das baterias
A durabilidade de uma bateria elétrica é de, em média, dez anos, mesmo sem grandes cuidados. Mas a forma como usamos o veículo ou carregamos a bateria tem um impacto direto na manutenção da mesma e na performance do carro.
Os fabricantes têm instalados sistemas que permitem evitar o sobreaquecimento, usando estruturas de refrigeração de modo a torná-los mais seguros. Mas, claro está, as falhas acontecem e há que estar atento.
No fundo, os problemas de uma bateria elétrica devem-se, quase sempre, à má utilização por parte do proprietário do veículo. Estão preparadas para serem duráveis e seguras e não darem dores de cabeça a quem investe num veículo desta natureza. Até porque a tecnologia de iões de lítio permite um elevado número de cargas e descargas até revelar debilidade nas suas capacidades. De facto, são mesmo muito raras as avarias nas baterias – e do grau de avaria dependerá a substituição completa, de apenas algumas células ou uma simples reparação.
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Mais frequentemente, surgem problemas com software ou produção defeituosa de um componente essencial. Além disso, os módulos que compõem a bateria podem sofrer algum tipo de dano e isso terá impacto em todo o sistema de funcionamento. No entanto, há algo que pode aumentar a confiança de um potencial comprador ou de um já proprietário: os fabricantes oferecem uma alargada garantia em caso de avaria.
Como detetar problemas
É importante nunca esquecer que a bateria elétrica, apesar de bem protegida, tanto das inevitáveis trepidações produzidas pelo próprio piso como para proteger a estrutura de colisões e embates, sofre sempre a possibilidade de produção de gases na transferência de energia.
Por isso, a manutenção regular e as inspeções periódicas do automóvel elétrico, como se realiza em qualquer outro, são essenciais de modo a evitar curto-circuitos ou incêndios em zonas inflamáveis.
Caso tenha dúvidas sobre o estado de saúde da sua bateria, ou porque suspeita de menor eficácia, aquecimento ou possível fissura após colisão ou acidente, só tem de se dirigir ao concessionário ou oficinas certificadas e tirar teimas. Lá, encontrará equipamentos específicos para analisar as baterias e perceber se há algo a resolver ou não. O diagnóstico é rápido e desvendará o problema, caso ele exista.
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