Quer comprar um citadino usado, prático q.b., fiável e com as medidas ideias para arrumar no primeiro lugarzinho vago à porta da escola ou do emprego mas não está disposto a poupar em equipamento, nas sensações ao volante e no estilo?
Fomos ao mercado de usados à procura dos modelos que melhor conjugam esta lista de credenciais aparentemente inconciliáveis e mostramos-lhe cinco opções “fora da caixa” para quem tem até 30 mil euros para gastar.
5 citadinos usados que pode comprar por menos de 30.000€
Abarth 695 Rivale
Só para amantes da condução desportiva. Bem vistas as coisas, a Abarth pede bem mais de 30.000€ por um carro que tem vários falhas: o 695 Rivale é pequeno como o Fiat 500 que lhe serve de base, mas ainda mais limitado e apertado, com os seus bancos dianteiros desportivos tipo bacquet; a posição de condução é difícil de negociar, pelas regulações curtas da coluna de direção e conforto é um conceito estranho, sobretudo em mau piso. Já para não falar na bagageira onde cabe apenas uma mala de viagem. Mas para quem quer fazer de cada trajeto urbano um exercício de afirmação estatutária e usufruir de sensações puras a cada quilómetro de asfalto liso e sem trânsito, este é o citadino ideal.
É, claro, um produto de colecionador, exclusivo e numerado. Cereja no topo do bolo, o 1.4 Turbo com 180 cv, com botão Sport no tablier para alterar a assistência da direção (fica bastante mais pesada e direta), ajusta os controlos de tração e de estabilidade para uma ação menos expressiva, ou seja, atrasa a intervenção, e altera a força do motor a médios regimes, o que se explica com a variação da pressão do turbo.
Quanto custa um Abarth 695 usado?
Audi A1 35 TFSI S tronic
Na geração mais recente, de 2018, o A1 colou-se ao irmão A3. Não apenas na imagem, mas também nos conteúdos. O Audi mais compacto cresceu em comprimento 5,6 cv (4,03 metros no total), ao mesmo tempo que a distância entre eixos foi esticada e a altura baixou. Só disponível na mais prática versão de 5 portas, Sportback, recorre à mesma plataforma do Volkswagen Polo e do Seat Ibiza, o que permitiu também ganhar centímetros no interior.
O ambiente a bordo é premium, personalizável em 30 cores ambiente com difusores LED e sistema de infotainment moderno, com monitor tátil de 8,8’’ (10,1’’, em opção), que pode combinar-se com um painel de instrumentos de 10,25’’ (se se optar pelo Virtual Cockpit, na lista de extras, onde também estão o amortecimento adaptativo e o drive select com modos de condução).
Nas versões mais “recheadas”, o Audi A1 perde, obviamente, competitividade. E com a motorização a gasolina mais interessante, o 35 TFSI de 150 cv, apoiado pela ótima caixa automática S Tronic, os preços upa, upa…
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Mini Cooper S
Tão ou mais complicado do que recriar um clássico, pode ser arriscar na multiplicação da fórmula sem estragar. Na Mini tem corrido bem. Além da carrinha Clubman e do SUV Countryman, eis a reinterpretação moderna do icónico carro de três portas britânico, no ativo desde 2014, que ficou disponível também com cinco, uma variante inédita em mais de seis décadas de história do modelo. E preservando a estética deliciosamente retro e as qualidades dinâmicas que vêm desde o Mini clássico, tão apreciadas por adeptos da condução desportiva.
O que ganha para o original de 3 portas é tamanho e versatilidade, a começar pela inclusão das portas traseiras, com as vantagens óbvias para o acesso aos lugares posteriores, onde há maior desafogo. O 5 Portas é 16 centímetros mais comprido e 11 mm mais alto, com benefícios evidentes também na bagageira, que cresceu para os 278 litros (mais 67 litros).
Os preços arrancam acima dos 20.000€ na versão One com motor a gasolina de 75 cv de potência, mas o motor certo para tirar partido das suas caraterísticas excecionais é mesmo o 2 litros de 178 cv que equipa a versão Cooper S, acima do One e do Cooper. O orçamento de 30.000€ não chega para o comprar novo, mas há no mercado de usados unidades que encaixam no preço desejado, e ainda pouco rodados.
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Renault Zoe Z.E. 40
O Zoe da Renault não é tão despachado quanto o Smart elétrico de apenas dois lugares. Afinal, tem mais lastro para puxar. No entanto, compensa com a possibilidade de transportar cinco ocupantes e muita bagagem (a mala tem 388 litros), por mais quilómetros sem ter de ir ao carregador.
A bateria do Z.E. 40 tem uma capacidade de 41 kWh, que se recarrega nas etapas de desaceleração e travagem. Também por isso o ritmo de recuperação de energia está diretamente relacionado com o tipo de trajeto. Ou seja, ao contrário do que acontece nos convencionais automóveis equipados com motores de combustão, no elétrico ZOE é o para arranca da cidade que é mais amigo da autonomia. A marca francesa anuncia 400 quilómetros com cada carregamento, mas o melhor é contar com cerca de 300 quilómetros.
Quanto custa um Renault Zoe Z.E. 40?
Smart ED fortwo
A não produção, de forma direta, de emissões poluentes, contribuindo para melhor qualidade do ar, faz de qualquer elétrico um carro ideal para a cidade. E a que pode juntar-se (a quem interessar, obviamente…) o lado lúdico dos arranques disparados nos semáforos da urbe, graças à resposta instantânea à pressão no pedal da direita para acelerações de foguete.
No ED da smart, arrumada sob os bancos está a bateria, composta por três módulos com 32 células de iões de lítio, que fornece energia ao motor elétrico que gera 60 kW (82 cv) que dão a este smart genica que envergonha alguns dos seus semelhantes. Não dá mais de 130 km/h, é certo, mas o desembaraço no trânsito compensa.
A smart anuncia 150 quilómetros de autonomia para o fortwo elétrico, distância que é otimista – por isso, é de considerar se e só se houver carregador para utilização diária. Como segundo ou terceiro carro no agregado é caro; procure-o no mercado de usados.
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