Muita gente gosta de ler sobre carros potentes, capazes de acelerações vertiginosas e performances extraordinárias. Até podem ser mais excitantes, divertidos e exclusivos, mas a verdade é que não são os carros ideias para a grande maioria dos que trabalham para viver. As linhas que se seguem são dedicadas aos carros pequenos, baratos e que menos consomem. Enfim: aqueles que a maioria pode comprar.
5 carros pequenos ideias para a cidade
Fiat 500e
Porque os tempos são de mudança de paradigma no automóvel, as baterias estão a tomar de assalto os motores térmicos a gasolina e gasóleo para uma condução sem emissões de gases de escape. E nem os ícones como o Fiat 500 ficam de fora da eletrificação.
Na versão mais interessante do elétrico italiano retro está um motor de 95 cv, associado a uma bateria de iões de lítio com 42 kWh de capacidade, arrumada debaixo do piso do habitáculo. Este posicionamento baixa o centro de gravidade e beneficia a repartição do peso entre os eixos, características com impacto muito positivo no desempenho do citadino que acelera de 0 a 100 km/h em 9 segundos.
A marca anuncia uma autonomia até 298 km, o que corresponde a um consumo misto de 13,3 kWh/100 km, o que não é fácil de alcançar. Na consola entre os bancos dianteiros do citadino transalpino é possível selecionar o programa Sherpa de condução (os outros são o Normal e o Range), que limita a velocidade máxima apenas a 80 km/h, além de parar a atuação da climatização e do aquecimento dos bancos e de diminuir a reatividade do acelerador, para aumentar a distância entre carregamentos.
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Hyundai i10
O i10 tem só 3,67 metros de comprimento, medida que, naturalmente, não se traduz numa habitabilidade espantosa, mas a verdade é que cresceu (20 mm em largura e mais 40 mm na distância entre eixos) nas dimensões que realmente importam para um automóvel que se quer ágil na cidade, fácil de estacionar e prático para o dia a dia.
O pequeno Hyundai cumpre com distinção, oferecendo espaço para três ocupantes nos lugares traseiros, diversos locais de arrumação de pequenos objetos e 252 litros de volumetria da bagageira, compartimento que quase quadruplica depois de rebatidos os encostos dos bancos posteriores. O motor 1.0 MPi de 3 cilindros, 67 cv e 96 Nm é honesto e o equipamento de série de um segmento acima: ecrã de 8’’ no topo da consola central, integração com sistemas operativos Android Auto e Apple CarPlay, sistema BlueLink e inúmeras funções de segurança ativa integradas no conjunto Hyundai SmartSense.
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Opel Corsa 1.5 D
O Corsa da nova geração (a 6.ª desde 1982) adotou a arquitetura moderna do Peugeot 208, base que permite a estreia de motores elétricos no utilitário alemão, ao lado das mecânicas a gasolina e Diesel. Na verdade, o Corsa 1.5 D é um dos raros a gasóleo desta categoria no mercado nacional. Com apenas 100 cv, é económico, permitindo fazer mais de 700 km com os 41 litros de gasóleo que atestam o depósito, e cumpre bem na utilização citadina, mostrando apenas algumas limitações em autoestrada. A posição ao volante do Corsa beneficiou com a intervenção na altura do assento do condutor, que baixa 28 mm, o suficiente para encaixar perfeitamente no conceito de condução ligeira do modelo, que se conjuga com um nível elevado de agilidade e precisão. A mala do Opel Corsa oferece uns muito interessantes 309 litros de capacidade, pelo que o sentido prático está também em alta.
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Renault Twingo Electric
O Twingo Electric é divertido de conduzir e tem um feeling quase desportivo, que resulta da combinação da tração traseira com as suspensões durinhas. O motor elétrico oferece 82 cv e 160 Nm (derivado dos motores síncronos de rotor bobinado utilizados no Zoe), alimentado por um pack de baterias de iões de lítio de 22 kWh (com 96 células distribuídas por 8 módulos, pesando 165 kg), que está instalado sob os bancos dianteiros, o que explica que a habitabilidade e a volumetria da mala se mantenham intactas.
O citadino da marca do losango também é um dos carros elétricos mais acessíveis em Portugal e um dos mais poupados em cidade. Na urbe, selecionando-se o modo Eco, que limita o rendimento do motor, o pequeno Renault faz consumos a rondar os 11 kWh/100 km, valor que permite sonhar com os 200 km de autonomia declarados pela marca. Problema: atrás, apenas dois lugares, embora com espaço para pernas e conforto suficientes para uma utilização quotidiana em ambiente urbano.
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Toyota Yaris 1.5 Hybrid
A Toyota melhorou o Yaris em quase tudo. Da plataforma técnica, compatível com as tecnologias mais modernas, à construção revista do interior, culminando com a evolução da motorização híbrida.
O sistema 1.5 Hybrid Dynamic Force dispõe de um novo motor a gasolina 1.5 de três cilindros em ciclo de Atkinson, com 92 cv e 120 Nm, acoplado a uma caixa híbrida (transmissão de engrenagem planetária e velocidade única) redesenhada e mais compacta, a que se junta um motor elétrico de 59 kW e 141 Nm que tem a função de auxiliar a unidade térmica, mas que também pode propulsionar o Yaris por dois ou três quilómetros. Tudo graças a uma nova bateria de iões de lítio, aumentada na tensão/densidade energética (de 144 V para 177 V) e 27% mais leve.
A marca anuncia uma potência total de 116 cv e 144 Nm, o suficiente para chegar de 0 a 100 km/h em 9,7 segundos. O consumo combinado varia entre uns reais 3,8 e 4,3 l/100 km, dependendo do nível de equipamento, e as emissões de CO2 de 87 a 98 g/km, segundo o ciclo WLTP.
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